AGRESSÃO À DIGNIDADE DOS IDOSOS
Fernanda "Stupid"
Por
Alexander Zimmer
O que vimos sábado passado no Saia-Justa, programa comemorativo
de um ano no ar, foi uma lástima. É lamentável que um programa
dito "cabeça" e "inteligente" tenha
colocado no ar o comentário de uma das participantes: Fernanda
Young, sobre o seu conceito de velhice. Fernanda Young se
destaca no programa por sua prepotência, sua falta de humildade,
sua superficialidade, suas frases feitas supostamente inteligentes,
sua insegurança disfarçada em querer aparecer a qualquer
custo, sua falta de respeito ao ser humano, sua imaturidade,
sua agressividade e seu ódio interior. Querendo mostrar
que é "mulher-cabeça feita" ela não passa de uma
adolescente querendo se auto-afirmar, o que condiz com o
sobrenome que adota, já que no inglês "young"
significa: jovem, pessoa nova. Fernanda é a nota que destoa
no programa. É a peça que não encaixa.
Pois no aniversário de um ano do programa a "jovem"
interrompe Marisa Orth que dizia que o que ela achava mais
lindo era a gargalhada de uma criança e o sorriso de um
velho, e ainda em off (a câmera ainda estava na Marisa)
Fernanda Young diz: "Eu tô cagando pra velho"
e, não satisfeita, completa: "Eu tenho uma teoria que
até já escrevi a respeito: Todo velho é um filho-da-puta
que envelheceu. Sabe aquela história de que "vaso ruim
não quebra"? Pois é, pra mim velho é um vaso ruim,
é por isso que não quebrou; se chegou à velhice é vaso ruim,
é filho-da-puta!"
É lastimável o conceito que essa jovem tem sobre o velho,
o idoso. O grave não é tanto o que ela pensa, que isso é
problema dela, ela que inevitavelmente só terá duas escolhas
no futuro. ou morrerá antes do tempo, ou envelhecerá para
ver como é viver num país com pessoas que pensam como ela
e tratam o velho com total desrespeito. O grave é essa jovem
dizer isso em Rede Nacional, numa posição de formadora de
opinião, que é a posição do artista na sociedade.
A insanidade, desrespeito, falta de educação e generosidade,
prepotência, imaturidade e falta de inteligência levam pessoas
como essa Fernanda Young a esquecer o que idosos morreram
fazendo, ou ainda fazem, em vidas dignas que dão dignidade
ao nosso país. Copiemos o modelo do Oriente, onde a opinião
dos velhos é buscada, respeitada e seguida, em sociedades
onde à experiência se dá o devido valor.
Fonte:
Yasmine Lemos, editora do jornal mensal Natal In Tempo
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