O
Porquê da Oficina
Durante o X Encontro
Nacional de Direitos Humanos do MNDH, Dom Heriberto Hermes, Bispo
da Prelazia de Cristalândia(TO), conheceu de forma parcial os
trabalhos da DHnet, onde ficou interessado pelo mesmo. Que logo
após, tomou as providências necessárias de encaminhamentos,
que ficou determinado que o Secretário Articulador do Centro de
Direitos Humanos de Cristalândia, Sebastião Bezerra da Silva,
fosse conhecer os trabalhos da DHnet e ao mesmo tempo fazer um
estágio de aprendizado junto à equipe de Natal.
Quem
Participa?
Equipe da DHnet

Roberto Monte

Henrique José

José Júnior(J.J.)

Maise Monte
Prelazia
de Cristalândia

Sebastião Bezerra da Silva

D.Heriberto Hermes(online)
Quais
os Resultados?
Avaliação
Final
RELATÓRIO FINAL DA I
OFICINA DE CiBERCIDADANIA (PRELAZIA)
PARTICIPANTES:
EQUIPE DA DHnet - NATAL - RN
- Roberto Monte
- José Júnior
- Henrique José
- Maise Monte
CENTRO DE DIREITOS HUMANOS E
PRELAZIA DE CRISTALÂNDIA
- Sebastião Bezerra da Silva
Os trabalhos da referida Oficina,
deram início dia 21.02.98 e foram concluídos dia 25.02.98, onde
podemos destacar os principais pontos que foram executados:
- Estudos e reflexões sobre a
estrutura da DHnet, sua criação, desafios e atualidade;
- Observações do procedimento
de navegação na rede da DHnet;
- Confecção de uma mini Home
Page como forma de estágio e aprendizado dos
procedimentos exigidos para tal objetivo;
- Elaboração de organogramas
do material dispostos pela Prelazia de Cristalândia e,
também, pelo Centro de Direitos Humanos de
Cristalândia, os quais foram de forma seletiva,
elencados às duas Home Page,
- Durante a Oficina, houve,
também o processo de escolha de fotografias que
identificassem aos trabalhos das referidas
organizações: CDH e Prelazia de Cristalândia;
- Após a disponibilidade das
páginas no ar, foi executado o processo de cadastramento
das mesmas junto às FERRAMENTAS DE BUSCA, vez que seu
objetivo é a divulgação do novo trabalho;
- 6.1- Cadastro nas seguintes
ferramentas de busca:
PRELAZIA DE CRISTALÂNDIA
BRASIL - "Achei,
Aonde, Cade?, Iseek BR, Onde Ir, Radar UOL, Surf".
EUA - "Alta Vista,
Excite, Info Seek, Lycos, Wcrauler".
CENTRO DE DIREITOS HUMANOS
DE CRISTALÂNDIA
BRASIL - "Aonde, Book
Marks".
PAÍSES LATINO-AMERICANOS -
"Atajos Auto-Registralo: Maxmaster, Tarantula,
Indica, Encuentrelo, Mexico Web Guide, Latinword, Sbel,
Mexseach, Web Adictos, Internet Of Campus, Entrenuando,
Lycos, La Galeria Latintopcom".
- Também, na preocupação de
poder dar continuidade aos trabalhos iniciados, foi feito
uma avaliação geral da Oficina e elencados alguns
tópicos e relação de equipamentos que devem ser
providenciados logo em seguida, vez que os disponíveis
não condizem com as exigências para efetuar tal
programação;
De acordo aos trabalhos executados,
de uma forma geral, houve dificuldades por minha parte, pois
ainda não conhecia o funcionamento de uma Home Page, como
também, desconhecia a sua confecção desde o seu planejamento.
Sebastião Bezerra da Silva
RELATÓRIO FINAL DA
I OFICINA DE CIBERCIDADANIA (DHnet)
Recomendações
- Entrar imediatamente na
Internet:
Adquirir a curtíssimo prazo
Hardware
- Pentium 200, com a
seguinte configuração:
- 32 de RAM;
- Nobreak;
- Impressora de Jato de
Tinta;
- Kit Multimídia -
Velocidade 8X;
- Fax Modem - 33.000 bps;
Software
- Windows 97;
- Office 97;
- Frontpage 97;
- Browses (Netscape,
I.E. Explorer);
- Photoshop 4.0,
Photoshop 3.0;
Novos Equipamentos
- 01 Scanner de mesa
marca Genius;
- 01 uma máquina
fotográfica digital (Cásio, Cannon ou similar)
02)Fazer uma ampla e
sistemática reflexão sobre a vinda de Sebastião Bezerra e os
resultados oriundos dela, partindo daí para a Construção do
Plano de Informação da Prelazia e do CDHCTO;
03)Baseado no item
anterior, articular uma Segunda Oficina de Cibercidadania nos
próximos noventa dias no qual a Equipe da Dhnet iria até o
Tocantins ministrar para o grupo gestor de informática. Esse
segundo momento teria uma semana, em média.
04)Divulgação
maciça dos sites construídos na I Oficina de Cibercidadania
ministrad pela Dhnet. A nível de regional Centro-Oeste, na CNBB,
no MNDH, CIMI, CPT, MST, meios de comunicação social de uma
forma geral, parceiros e simpatizantes.
05)Pensar e refletir
a criação de uma Rede Virtual de Direitos Humanos no
Centro-Oeste, que de saída já poderia constar de
pessoas/entidades/organizações com preocupações semelhantes a
Prelazia, bem como a inserção de um Banco de Dados sobre a
violência criminalizada, que vocês já trabalham no CDHCTO.
06)Eleger uma pessoa
que coordene todas as atividades ligadas à informática, em
tempo integral.
O7)Através de contatos
com o prof. Marcelo Bolshaw Gomes-URFN, discutimos a
possibilidade da vinda do Dom Heriberto (passagens e hospedagem
cedidas pela UFRN) para o Encontro Nacional de Pesquisadores do
Ciberespaço(13,14 e 15 de julho) e para SBPC(17 à 22 de julho),
ocasião no qual seria relatado a comunidade acadêmica de todo o
país a experiência da Prelazia de Cristalândia.
08)Dar continuidade aos
nossos contatos e projetos futuros, através de um profícuo
contato,principalmentealém trocando e-mails, telefonemas e
utilizando o correio normal .
Reflexoes
Cibercidadania
e Democratização da Informação
O trabalho dentro da Dhnet, me surpreende a cada
dia. A discussão da cibercidadania e do ciberespaço é algo
fundamental nos dias em que vivemos, como cidadãos do terceiro
mundo devemos romper o isolamento tecnológico e propor a
democratização da informação, possibilitando a continuidade
de nossas lutas dentro dos novos desafios impostos pela
globalização.
Minha expectativa nesta oficina foi superada em muito,
constituindo-se em uma experiência fundamental, tanto nos
aspectos teóricos e filosóficos, como no ponto de vista
técnico e operacional, estamos realmente produzindo informação
nova, mesmo sabendo que esta não é uma experiência inédita,
tenho a certeza da importância desta oficina para a
consolidação do trabalho da DHnet como um grande site
brasileiro, abrimos este caminho ao caminhar...
Como passo inicial, estou convencido que cumprimos as
metas, espero agora que a Prelazia e o CDHCTO de Cristalândia,
iniciem uma nova fase de capacitação técnica e organizacional,
realizem uma discussão interna e possam amadurecer para a
criação de uma equipe capaz de iniciar a informatização das
comunidades e aperfeiçoar os sites construídos.
Daremos continuidade a esta oficina, realizando uma
visita à região, onde acompanharemos e ajudaremos na
capacitação da equipe e realizaremos um aprofundamento e
enriquecimento do conteúdo das páginas produzidas.
Gostaria de ressaltar ainda, a força de vontade do
Sebastião e de Dom Heriberto ao buscarem este desafio e
acreditarem em nosso trabalho, tenho certeza que este caminho é
irreversível para eles que buscam a construção de uma
ciberpastoral.
Henrique
José
Considerações
entre Realidades Reais, Virtuais e Pastorais...
Leonardo Boff já tratou em um de
seus textos as contradições entre as realidades reais e
virtuais, tomando como parâmetro a questão da EXCLUSÃO SOCIAL,
que em nossos dias cada acentua-se com a questão das novas
tecnologias, que aumenta o fosso tecnológico(gap) entre os povos
do Norte e do Sul, através da EXCLUSÃO TECNOLÓGICA, que gera a
EXCLUSÃO VIRTUAL.
Em um mundo em os que denominamos
Sem-Tela tendem a maior profunda falta de participação e acesso
aos novos meios, como deixar do ímpeto inicial de só ficar
falando mal de termos como globalização, mundialização,
INTERNET, etc.?
A idéia inicial é pelo menos
começar a conhecer a lógica, o âmago de em tudo isso enseja e
que pode ajudar na nossa luta de construir o NOVO, NOVAS FORMAS
DE AGITO.
A experiência da DHnet é mais ou
menos isso. O desdobrar disso tudo foi um encontro, entre
militantes/ativistas de Direitos Humanos com um Bispo de uma
Igreja Popular, que mora em um dos confins excluídos de nosso
país. Engraçado que esses encontros sempre aconteçam onde a
contradição e a miséria é sempre mais reinante, quase que
chaga aberta...
Tal encontro gerou uma grande
empatia, o sonho de almejar formas mais rápidas, mais baratas,
mais globais, mais "plugadas" no tempo presente,
gerando novos termos como cibercidadania, democracia digital.
Como trabalhar os caminhos da
virtualidade sem perder os pés nos chão? Como decodificar
nossas práticas inserindo nelas termos tão estranhos e
complicados como downloads, modens,pentium, etc?
Como incluir o excluídos, como
passar para eles que tais meios não são apenas daqueles que nos
oprimem, mas um acervo tecnológico que concentra o trabalho de
mentes humanas e não bits?
Como romper o cerco do medo da
questão tecnológica, que sempre esteve a serviço das
oligarquias, daqueles que trabalham com o P pequeno?
Esse é o nosso desafio. Essa
poderá ser parte daquilo que almejamos, que é a construção de
um mundo mais fraterno, menos violento e menos excludente.
A idéia, que por meio diferente,
é colocar aos despossuídos muitos gigas e muitos bits,
colocando em prática a velha /sempre nova contradição da
teoria e da prática, gerando uma práxis em que as lutas e
nossos anseios sejam novos mecanismos de uma CAMINHADA já longa,
orgânica, expressão virtual de um mundo REAL.
Roberto Monte
Microfísica
do Poder: Construções Políticas do Desejo
Não é verdade que o
mundo mudou.
Ele muda constantemente.
Também não é verdade
que vivemos uma revolução.
Pois há uma construção
diária daquilo que transforma as relações humanas, para
podermos apontar um momento decisivo na história, a ponto de
elegermos que ele seja determinante.
A técnica, em toda
história do pensamento ocidental, foi vista como algo
artificial, distanciado, separado das atividades consideradas
humanas. Outra inverdade, que pena.
Milhares de anos ruminando
sons incompreensíveis, nos conduziriam inevitavelmente à uma
autonomia para trabalhar em rede - em tribo.
Trabalhar dentro do
ciberespaço é compreender a estrutura dialética não só da
sociabilidade humana, mas, entender como se processam os
fenômenos, filosoficamente falando.
A experiência da I Oficina Para Construção da
Cibercidadania,
é o resultado das trocas que começam a ser estabelecidas dentro
do Ciberespaço.
O advento das novas
tecnologias exigem uma nova práxis. Organizações
governamentais, partidos políticos de esquerda, minorias de uma
forma geral, que não entenderem isso, continuarão no limbo,
afastados de uma maneira geral das decisões deliberativas.
Essas minorias, vamos
dizer assim, devem começar a agir da mesma maneira que o
ciberespaço age: como um organismo vivo, um corpo com artérias,
fluxos sangüíneos, que de maneira caótica, tem suas leis
próprias.
Reestruturar a
organização dessas entidades, dos eixos deliberativos e muito
mais do que isso: reconceber o mundo, paradigmaticamente.
Dom Heriberto, Bispo da
Prelazia de Cristalândia é o exemplo daquelas pessoas que
reencantaram as formas de atuação dessas ditas minorias.
A Dhnet - Rede de
Telemática Direitos Humanos & Cultura e a Prelazia de
Cristalândia, entenderam, há muito, que com os adventos dos
novos meios de comunicação, com a nova sociabilidade que se
estabelece, não teria sentido agir como se estivéssemos
perdidos em algum país de língua portuguesa escondido na
América Latina.
Traçar alianças,
estabelecer relações cada vez mais profundas entre
organizações. O mundo do consenso não existe mais, a conexão
de interesses é que deve ser ampliada e entendida.
A palavra correta é
retribalizar.
Informatizar e inserir
toda a história de uma estância tão longígua e ao mesmo tempo
habilitá-la para que comecem a produzir os seus documentos, sua
cultura, de maneira virtual e com público bem mais ampliado,
emocionou-me.
Estamos saindo cada vez
mais rápido do interregno, vazio de poder, no qual as nações
pobres foram submetidas.
José Júnior
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