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Raimundo Ubirajara de Macedo

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... e lá fora se falava em liberdade
Ubirajara Macedo, Sebo Vermelho 2001

Djalma Maranhão, um capítulo especial

Djalma Maranhão tem uma história toda especial neste contexto, não só porque, na época, exercia o cargo de prefeito da cidade, como também pela sua liderança incontestável e honradez tanto pessoal como administrativa. Todas essas características do homem de esquerda que sempre foi, irritava os golpistas porque sabiam que ele jamais de entregaria aos planos antipatrióticos que estavam pondo em prática neste país. Uma das provas disse foi o depoimento prestado perante o delegado especial designado pelo Governo Estado, Carlos Moura de Moraes Veras junto à CPI da 7ª Região Militar.

Naquela oportunidade, Djalma tomou para si toda a responsabilidade de seus atos, tanto na administração municipal como na direção do jornal Folha da Tarde, onde não só se responsabilizou por matérias assinadas, é lógico. Mostrou coerência, coragem e antes de tudo, o espírito de liderança que sempre foi um marco da sua vida pública. Deixo de citar aqui trechos daquele depoimento em razão de já sido inserido, de forma completa, em livros da professora Maria da Conceição de Góes por ocasião da elaboração da tese de Doutorado “Cristãos e Comunistas na Construção da Utopia – a Aposta da Luiz Maranhão Filho”, apresentada à UFRJ, em 1997 e, também, do professor Moacyr de Góes em seu recente trabalho “Da Fidelidade e do Risco- um Estudo de Caso- Djalma Maranhão”.

Lembro-me ainda das discussões saídas que Djalma sempre mantinha, dando verdadeiras lições de vida e bom comportamento político, social e ético àqueles que não tinham a experiência necessária para enfrentar momentos inesperados. Foi provocado, várias vezes, por alguns oficiais despreparados totalmente para a missão militar, mas sempre se saía com galhardia. Em certa madrugada, armaram-lhe uma cilada. Deixaram aberta a porta da cela onde estava e uma voz em surdina aconselhava-o a fugir. Mas ele, com sua sagacidade e experiência, não seguiu o “conselho” misterioso. Sabia que o resultado da “fuga” seria fatal. O que poderia esperar de um regime fascista instalado no país com a cobertura dos mesmos que assassinaram Salvador Allende? Não me cabe aqui falar sobre a vida rica e cheia de bons exemplos do nosso admirável Djalma, vez que este trabalho se constitui em relembrar os dias de chumbo passados na prisão. Outros autores melhor informados já escreveram sobre sua vida, obra e feitos notáveis como administrador e político, inclusive seu filho Marcos e mais os autores aqui citados, Moacyr, Conceição e Mailde.

Um dia talvez venha a fazer um trabalho mais completo do que representou Djalma para a sociedade do Rio Grande do Norte. É muito vasta a biografia do homem que revolucionou a educação em nosso Estado. Esta uma das causas da sua prisão e que culminou com o seu exílio no Uruguai, aonde veio a falecer de saudade, pois amava muito esta cidade que lhe viu nascer. Muito foi dito sobre Djalma, mas acredito que muito ainda tem que se dizer. O futuro dirá.

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