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Militar de 1964 no Rio Grande do Norte
Glênio
Fernandes de Sá
Repressão no RN
Áudios
Glênio Sá
Músicas
sobre a Guerrilha do Araguaia
“...
Os hinos da guerrilha, elaborados lá
mesmo, eram cantados pela massa. Nas sessões
de terecô (candomblé) se faziam
cantorias de elogio à guerrilha.
“ Relatório de Angelo Arroyo
Canção
do Guerrilheiro
Os guerrilheiros do Araguaia
compuseram um hino depois que os militares
chegaram à região. Nenhum
dos sobreviventes conhece a música.
A letra, encontrei no Diário do Velho
Mário. A melodia, contudo, consegui
reconstituir em ago 2009, através
de um camponês que era dado como desaparecido,
José Wilson Brito -- que viveu com
os guerrilheiros quando tinha apenas 14
anos.Pesquisador Hugo Studart
Canção
do Guerrilheiro
Companheiro
Xambioá
Desaparecido
Araguaia
Pesadelo
Banzeiros
Canção
do Guerrilheiro
Os guerrilheiros do Araguaia
compuseram um hino depois que os militares
chegaram à região. Nenhum
dos sobreviventes conhece a música.
A letra, encontrei no Diário do Velho
Mário. A melodia, contudo, consegui
reconstituir em ago 2009, através
de um camponês que era dado como desaparecido,
José Wilson Brito -- que viveu com
os guerrilheiros quando tinha apenas 14
anos.(Pesquisador Hugo Studart).
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Companheiro,
de Naire Siqueira e Tibério Gaspar
Gravada por Naire Siqueira
em 1970, composta em parceria com Tibério
Gaspar. Recentemente a música foi
gravada por Maria Eugênia e foi tema
de abertura da novela "Araguaia".
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Xambioá,
de Itamar Corrreia
Itamar Correia é um artista goiano
engajado nas lutas sociais e vinculado ao
glorioso PCdoB. Essa canção
é a mais bela de tantas outras que
compôs, para esse excelente trabalho
intitulado "Araguaia Meu Brasil",
em homenagens aos heróis do povo
brasileiro que tombaram nas selvas da região
do Araguaia.
Xambioá
Mata virgem e escura, foi lá
Que no meio da mata
Um amigo de infância
Tentou começar
Ah
foi por lá
Onde o povo sofreu pra contar
Como um jovem sozinho
Valia por trinta
Em qualquer lugar
Ei
Araguaia
Rio manso pra se navegar
Quando o braço da gente
Abraça a nascente
O novo raiar
Eh
Marabá,
Altamira, Estreito, olhe lá
Ainda brilha até hoje
A vida do povo
Que morreu por lá
Ei
meu irmão
Você fez renascer o sertão
E o maior contingente
Não viu o tamanho do seu coração
Pedra
não para o caminho
Fogo não queima o luar
Eu já não canto sozinho
Canto em Xambioá
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Desaparecido,
de Itamar Corrreia
Tá faltando alguém na nossa
vida…
E não é numa cadeira!
Tá faltando alguém na nossa
vida…,
E não é de brincadeira!
Tá faltando alguém na nossa
rua…
Não sumiu por culpa sua.
Tá faltando alguém na nossa
escola
E não é pra bater bola!
Tá faltando alguém na nossa
mesa
Isso é uma tristeza
Tá faltando alguém que sumiu
criança (…)
A nossa luta se renova, em cada sangue de
um irmão,
Tá faltando alguém que ainda
é vida,
Tá faltando alguém que jamais
partiu,
Tá faltando alguém que hoje
é cada um de nós de nós
Tá faltando alguém que hoje
uniu…
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Araguaia, de Ednardo
Quando eu me banho no meu Araguaia
E bebo da sua água sangue fria
Bichos caçados na noite e no dia
Bebem e se banham eles são comigo
Triste guerrilha companheiro morto
Suor e sangue, brilho do corpo
Medo só
Mas se o corpo desse pó é
pó
Um círio da luz dessa dor
Violento amor há de voar
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Pesadelo,
de Paulo Cesar Pinheiro e Maurício
Tapajós
“...Contaram que durante a Guerrilha
do Araguaia, na selva, eles cantavam Pesadelo.
Dizem ter sido a música que mais
ajudou, nessa fase de luta armada, a todos
eles, a mais forte politicamente que a gente
fez, e a única direta, sem subterfúgios,
sem metáforas, que passou.”(Paulo
César Pinheiro em http://www.anovademocracia.com.br/no-16/904-paulo-cesar-pinheiro-qvoce-corta-um-verso-eu-escrevo-outroq)
Quando
o muro separa uma ponte une
Se a vingança encara o remorso pune
Você vem me agarra, alguém
vem me solta
Você vai na marra, ela um dia volta
E se a força é tua ela um
dia é nossa
Olha o muro, olha a ponte, olhe o dia de
ontem chegando
Que medo você tem de nós, olha
aí
Você
corta um verso, eu escrevo outro
Você me prende vivo, eu escapo morto
De repente olha eu de novo
Perturbando a paz, exigindo troco
Vamos por aí eu e meu cachorro
Olha um verso, olha o outro
Olha o velho, olha o moço chegando
Que medo você tem de nós, olha
aí
O
muro caiu, olha a ponte
Da liberdade guardiã
O braço do Cristo, horizonte
Abraça o dia de amanhã, olha
aí
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Banzeiros
“canção
que ouvi num dos Festivais da Canção
em Marabá. Resolvi procurar a letra
pra publicar neste espaço. A canção
se chama “Banzeiros” e está
num CD intitulado “Um canto pela paz”,
2002.”
Ainda existe maresia
Os banzeiros da floresta
Não espante galhos secos
Senão a morte desperta
São tantas suposições
Formando um grito de alerta.
Não existe dor maior
Onde a angústia se espalha
Só o bem-te-vi que viu o silêncio
e a batalha
Só o bem-te-vi que viu
Os meninos do Araguaia
Os meninos do Araguaia
Os meninos do Araguaia
Ainda existe maresia
Os banzeiros da floresta
Não espante galhos secos
Senão a morte desperta
São tantas suposições
Formando um grito de alerta.
Não existe dor maior
Onde a angústia se espalha
Só o bem-te-vi que viu o silêncio
e a batalha
Só o bem-te-vi que viu
Os meninos do Araguaia
Os meninos do Araguaia
Os meninos do Araguaia
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