OLHAR SOBRE A CIDADE
Pau dos Ferros:
banalização da desumanidade
Pelo
Sindicato de Trabalhadores em Educação do RN (SINTE/RN),
regional de Pau dos Ferros
Pau dos Ferros, município de cerca de 25.000 habitantes na região do Alto
Oeste potiguar, naquela área conhecida como “tromba do elefante”,
conta com com uma consistente oferta de serviços públicos
nas áreas de saúde, educação e segurança. Porém, estas se
encontram em condições infra-estruturais insuficientes para
atender às demandas sociais da população. O Hospital Regional
Dr. Cleodon Carlos de Andrade fornece uma assistência absolutamente
precária e desumana.
Como
na maioria dos municípios brasileiros, a dignidade humana
na cidade é agredida pela falta de políticas públicas para
a geração de emprego e renda, o que faz com que uma ampla
fatia da juventude local se envolva com drogas, prostituição
e criminalidade.
Isso tem contribuido a criar um “fisiologismo político”
que coloca a população local em um estado de banalização da
miséria e da violência, contribuindo a uma progressiva desumanização
da existência.
A agressão ambiental no município é muito forte, e a
ela contribui a falta de políticas públicas de saneamento
básico, drenagem e limpeza urbana e de conscientização da
população para a preservação do meio-ambiente.
As ruas esburacadas, quase intransitáveis, fazem parte
do dia a dia dos habitantes da cidade. A incapacidade do reservatório
de água da empresa de abastecimento para atender toda a população
faz com que muitos cidadãos de Pau dos Ferros vejam negado
seu direito básico ao acesso à agua.
Na cidade não existe defensoria pública e o Ministério
Público conta apenas com promotores substitutos, quando a
cidade – pelo seu tamanho - deveria contar com três promotores
titulares. Isto dificulta o acesso à Justiça e o exercício
da cidadania por parte da população.
Veja
também:
- Pau dos Ferros receberá
nos dias 5 e 6 a oitava Caravana de Direitos Humanos do Rio
Grande do Norte