PERSPECTIVAS DO MNDH 

Os participantes do Encontro começaram a debater no dia 29 as perspectivas políticas, metodológi­cas e organizacionais do MNDH para os próximos anos. Inicialmente os integrantes da Secretaria Execu­tiva (Augustino Veit, Dermi Azevedo, Marisa Formolo e José Heder Benatti) apresentaram um balanço crítico de suas áreas e programas de atuação a partir de quatro parâme­tros: lutas, organização, articulação e perspectivas.

Augustino Veit apresentou a estru­tura organizativa do Movimento e relembrou as bandeiras de luta em vigor até este Encontro: democra­cia, cidadania, dignidade humana e violência. Citou também bandeiras históricas, tais como: terra, traba­lho, violência, Constituinte e Reforma Agrária. Defendeu também a proposta de colocar a luta contra a violência como o eixo cen­tral de todo o trabalho do MNDH.

José Heder Benatti lembrou as de­cisões do último encontro nacional sobre a questão da violência na perspectiva do fortalecimento da cidadania e da democracia. Desta­cou as dificuldades organizacionais enfrentadas pela Secretaria de Violência/Cidadania para realizar o plano de trabalho aprovado pelo Movimento.

Avaliação de dois anos de Secretaria

Secretaria de Violência e Cidadania do MNDH

A intenção deste texto é fazer uma avaliação da Secretaria, as minhas im­pressões, etc. Tentarei primeiro colo­car a problemática numa visão geral, na relação entre o movimento e o Es­tado, pois esta relação influencia dire­tamente a ação não só da Secretaria como também das entidades de base. Num segundo momento farei a análise da Secretaria nesses dois anos (1990 e 1991), quais foram seus anseios e angústias, dentro do quadro de articu­lação do MNDH e, por último, se possível, indicar algumas perspectivas para o próximo biênio.