Projeto DHnet
Ponto de Cultura
Podcasts
 
 1935 Mapa Natal
 1935 Mapa RN
 ABC da Insurreição
 ABC Reprimidos
 ABC Personagens
 ABC Pesquisadores
 Jornal A Liberdade
  1935 Livros
 1935 Documentos
 1935 Textos
 1935 Linha Tempo
 1935 em Audios
 1935 em Vídeos
 1935 em Imagens
 Nosso Projeto
 Equipe de Produção
 Memória Potiguar
 Tecido Cultural PC
 Curso Agentes Culturais
 Guia Cidadania Cultural
 Direitos Humanos
 Desejos Humanos
 Educação EDH
 Cibercidadania
 Memória Histórica
 Arte e Cultura
 Central de Denúncias
 Rede DHnet
 Rede Brasil
 Redes Estaduais
 Rede Estadual RN

Insurreição Comunista de 1935

ÀS ARMAS, CAMARADAS!
A Insurreição Comunista e o Governo Popular de 1935 em Natal
Natanael Sarmento


Troia do Potengi

Uma das mais antigas estratégias de combate é o cerco militar. Tem-se o relato bíblico do sítio às muralhas de Jericó, o poema épico do cerco de Troia, o registro histórico do cerco de Pequim, dos sítios medievais aos castelos reais. Reis, czares, mandarins, sultões, generais, escribas, poetas e trovadores deixaram seus registros ad perpetuam rei memoria.42

Porém, cerco algum, bíblico, mítico, histórico, mereceu mais panegírico sem prosa e verso que o sítio ao quartel da Polícia Militar Natal... das inexpugnáveis portas da Troia do Potengi.

As proezas épicas dessa resistência do quartel da Polícia Militar, na revolução comunista de 1935, superam as façanhas de Ulisses, Aníbal, César e Gengis Khan. Superam em desmedidas gabolices e bazófias, depreendidas dos jornais e dos relatos oficias. Timbrada de EPOPEIA DO BATALHÃO DE SEGURANÇA pelo apologista João Medeiros Filho, assombro de página das mais brilhantes da história. 43

O Major Luiz Júlio, Comandante do Quartel da PM, sem modéstia alguma reforça essa mitificação apologética:


Combateu-se durante toda a noite e a aurora do dia 24 veio encontrar-nos nessa lucta onde cada homem parecia agigantar-se empunhando as armas e sem demonstrar cansaço, na defesa do regime [...] Já há muito havia soado as duas badaladas das 14 horas quando vimos que se aproximava o fim: a munição ia se esgotar, e enquanto as praças ainda tiroteiavam, este comando reuniu os officiaes e expoz-lhe sinceramente a situação [...] Ficou resolvido que os combatentes, na impossibilidade de continuar a lucta, deixariam a praça que defendiam sahindo com o auxíliode cordas pelas janelas da rectaguarda [...] e assim não se passaria pela humilhação de alçar uma bandeira branca ante os trahidores da Pátria. Deus-se a última rajada com a última fita carregada da metralhadora e procedeu-se a retirada combinada. Era o fim! Officiaes e praças procuram aproveitar o melhor da natureza do terreno para a fuga, alguns se atirando no rio Potengy como o tenente Bilac de Faria, que foi a nado dar a Redinha e o Sargento Celso Dantas Neto, que, ferido, foi dar ao Porto do Padre. [...] Desguarnecido este Quartel, foi o mesmo invadido pelas tropas rebeldes, que transportaram para o seu Quartel todo o material bellico [...] Roubaram todo instrumental da banda, as cornetas, os tambores [...] No combate foram feridos dentro do Quartel, o 1º Sargento Celso Anselmo Pinheiro, levemente na perna esquerda, 3º Sargento Celso Dantas Netto, que teve seccionada uma parte dos músculos posteriores de perna esquerda, Cabo Severino Mendes, que recebeu ferimento no terço superior do antebraço direito e na região lateral do joelho; Soldado Antonio Josino, atingido na região tibial esquerda; Soldado Joaquim Barboza, atingido na face posterior da região articular humero cubital, havendo lesão de músculos e ossos; Soldado Manoel Inácio da Silva, atingido por estilhaços na vista direita; O Soldado Manoel Soares da Silva, também atingido por estilhaços na vista direita o Soldado Antonio Gervazio de Medeiros, atingido por arma aumática que lhe produziram diversos ferimentos. [...] Após a retirada deste Quartel foi atingido e morto por certeiros tiros do inimigo, o Soldado Luiz Gonzaga, que na metralhadora pesada se salientava como um bravo.44


No abecedário da propaganda nazista, a apologética dos seus e a destruição dos outros através da persuasão, mediante a manipulação e a força, se preciso. Os povos precisam de heróis e mitos, desde tribos nômades de clãs totêmicos. E assim os mitos e heróis surgem e exercem a sua relevante função social. A referência a ser admirada e cultuada, na corrente consensual hegemônica da ideologia dominante. Assim se explica a invenção do herói Soldado Luiz Gonzaga, essa falsificação mistificadora e desqualificada dos bufões da corte responsáveis pelo aparelho repressivo no Rio Grande do Norte.

No Dezoito Brumário de Luís Bonaparte, Marx emendou Hegel, que esqueceu de acrescentar à repetição da história, a primeira vez como tragédia e a segunda como farsa. Para Marx, os homens fazem a própria história, porém, não a fazem, como bem querem. Eles encontram as circunstâncias históricas estabelecidas, o legado do passado, o peso da tradição. A cantata da epopeia da PM não foi original, foi farsa, o mito do Soldado Luiz Gonzaga, está mais para pastelão de quinta categoria do que para comédia da história: o Doidinho transformado em Soldado, nunca foi soldado, e muito menos herói.

Luiz Gonzaga foi oficialmente transformado em soldado e em símbolo da resistência da PM. No mártir e herói do cerco do quartel, em 1935: lutou sua bravura até o último minuto da sua vida em defesa das instituições e da integridade da Pátria. No Panteão dos heróis, recebeu homenagens. Patrono da briosa Polícia Militar do Rio Grande do Norte. Promoção post morte a cabo e a sargento. Nome de escola pública. Nome de rua. Memorial. Na lavagem cerebral do anticomunismo, sob os ecos da doutrina de Segurança Nacional, os “restos mortais” do Soldado Luiz Gonzaga ganharam Mausoléu, no Cemitério do Alecrim. Nas cerimônias oficiais em homenagem às vítimas do terrorismo comunista, os lacaios do Golpe de 1964 repetem a opereta bufa. O Memorial da fraude foi obra do governador Tarcísio Maia, na esteira da ditadura. No epitáfio está escrito: PARA SER HERÓI, NEM SEMPRE É PRECISO MATAR, BASTA QUE ÀS VEZES SE SAIBA MORRER 45. Uma fraude a inspirar outra fraude.

À conquista do Quartel da PM, os revolucionários contavam com a colaboração da Guarda e com a adesão dos comunistas da corporação. Mas elas não corresponderam e os oficiais da PM controlaram o quartel, em prontidão. Dificultados pela resistência oposta, os rebeldes tiveram que gastar pólvora para tomar o quartel.

Os revolucionários contavam com adesões da polícia e com diligências do tenente Mário Cabral. Contudo, o tenente Cabral estava fora do quartel e as células ficaram sem iniciativa, face à prontidão. A oficialidade da força pública manteve totalmente o controle do quartel.

Assim, quando a coluna rebelde marchou do 21º BC para o Quartel da PM, não foi recebida com boas-vindas, mas com balas. Naquelas alturas, o levante do Batalhão e o tiroteio da Rua São Tomé eram do conhecimento da oficialidade da PM. O chefe de polícia avocou para si essa incursão ao quartel da PM, antes de ser preso, no 21º BC.

O quartel da PM ofereceu a resistência possível. Obrigou o comando revolucionário a reforçar as tropas de ataque, a ampliar o cerco. O tenente da PM Mário Cabral atacava o próprio quartel, Maomé que não estava na Montanha na hora do sermão, redimia-se tentando conquistá-la.

Nessa fuzilaria de ataque contra defesa, passou-se a agonizante noite do sábado 23. Os sitiantes decidiram apertar mais o cerco e o quartel, impossibilitado de reabastecimento, após dezessete horas, rendeu-se. Foi a maior resistência e luta armada dos sucessos revolucionários de 1935, no RN e em todo Brasil.

Tratado dos ferimentos, o Cabo Dias, reuniu os camaradas da parte frontal da entrada, que estavam em “ângulo morto”, e foi para o lado do rio Potengi. Dias e o cabo Valverde reforçaram o cerco da retaguarda do quartel. Sem munição e sem saída, os sitiados se rendem às 14 horas, do domingo, dia 24. Foram dezessete horas de fuzilaria, de fogo cruzado. Há registros de sitiados que tentavam fugir, através do rio Potengi e eram presos, e um caso de exímio nadador que escapou à outra margem.

Na rendição, dos aquartelados, eles saíam com as mãos para cima e eram presos. Eram separados oficiais e soldados. Mas, vários praças da PM fraternizam com os sitiantes e aderem à revolução. Os oficiais foram conduzidos ao “cassino” do 21º BC onde estavam os graduados. O Coronel comandante José Otaviano Pinto Soares, tentava fugir, mas foi reconhecido e preso pela patrulha revolucionária do sargento Sizenando Filgueiras, da PM.

Mas o brejeiro diz que quem conta um conto aumenta o ponto. Maneira popular de descrever que a cena no palco da história pode ser vista e ampliada em várias perspectivas. O texto polissêmico, a visão policênica. Que o diga Neco Timbu, antigo pescador da praia da Redinha. O tipo gabava-se do tempo de praça da Polícia Militar, de suposta participação, na refrega de 1935. Em depoimento informal ou conversa do pescador, Neco Timbu, sitiado no quartel, garante que


[...] os atacantes não tinham a intenção de matar ninguém e vice-versa. Apesar da fuzilaria toda, a coisa toda era para inglês ver. Os sitiantes atiravam na fachada do quartel. Os sitiados resistiam somente para não entregar a rapadura de bandeja, mas não atiram com intenção de matar os sitiantes.46


Neco diz que a munição gasta de lado a lado dava para fazer uma fila de defunto de Natal a Fortaleza. No entanto, não morreu ninguém. Não teria explicação militar razoável, por pior que fosse o treinamento militar do exército e da força pública estadual. Tamanha falta de pontaria, mais de dezessete horas de fogo cruzado com armas pesadas, inclusive, metralhadoras, submetralhadoras, fuzis, revólveres, milhares de cartuchos disparados, ninguém morreu, no Quartel, ou fora dele. Meia dúzia de praças feridos, ocorre até em manobras de treinamento com pólvora seca. Ferimentos leves, em pernas, braços, coisa besta.

Na conversa do pescador, os atiradores apontavam ao alto, sem intento de atingir. Atiravam com intenção de provocar pânico, assustar, a tropa “inimiga”, à espera da rendição. Do lado de fora, contava com muitos amigos das farras no Beco da Quarentena e das pelejas do ABC e América. É mais fácil acertar um elefante no chão que sabiá no ar, aduz. A metáfora do Neco Timbu é a propósito da destruição da abóbada central da fachada do Quartel. Do arco da parte superior do prédio, destruído pelos rebeldes. Seguindo a tese, tratava-se o arco superior de alvo mais difícil de acertar, pois mais distante do solo como a “sabiá”. O elefante fácil de acertar o portão central do edifício, no solo. Pois a destruição da abóbada superior tão mais difícil de acertar, não representava ameaça à vida dos sitiados, ali não havia viva alma. O objetivo dos rebeldes era atingir o moral da tropa, sustenta o pescador.

Seja como for, a fotografia do arco do teto da PM e da fachada crivada de balas ganharia o mundo, a comprovar a grandeza da resistência do quartel. Provar a fúria assassinados comunistas. O Neco Timbu assegura que os atiradores de morteiros e metralhas pesados do 21º BC quisessem chacinar os aquartelados, chacinavam . E que o rio Potengi ficaria coalhado de defunto boiando, se o tiroteio fosse mesmo a valer. Neco é velho e já dava sinais de senilidade, na longa conversa molhada com aguardente e regada a ginga com tapioca. Ademais, pescadores, estereotipados, não possuem a melhor reputação, nas histórias contadas. Mas, não se pode desconsiderar a razoabilidade da narrativa do velho. Talvez, dessas verdades que a ninguém interessa .

De fato, mesmo, os rebeldes apossar do Quartel da PM no domingo e encontrar lá dentro trezentos fuzis , quatro metralhadoras e dezenas de revólveres e pistolas. Nada de munição. O armamento encontrado é classificado e incorporado ao exército revolucionário.

Não há registros históricos, até o presente, do cerco da PM ter sido uma luta simulada, um teatro de faz de conta. A fonte Neco Timbu afigura-se duvidosa, memórias de velho pescador, com demência e confusão. Porém, o fato, em si é curioso: dezessete horas de fogo cruzado entre militares treinados pela força pública e praças do exército, num quartel sitiado, disparados milhares de projéteis de arma de fogo, ninguém morrer, no local. Vá lá, Deus é brasileiro.

A única vítima da Troia do Potengi foi o Doidinho, fuzilado no mangue. Depois, apresentado como o Soldado Luiz Gonzaga, tombado em luta. Mas a falsificação desse caso é comprovada e não se trata de conversa de pescador ou interpretação da história. Trata-se de fraude comprovada documentalmente. E confessada pelo fraudador, décadas depois. Coube ao desembargador João Maria Furtado o grande mérito de denunciar a farsa do Soldado Luiz Gonzaga e o simulacro da morte em combate do herói.47

A única vítima fatal do cerco passava ao largo dos combates. Tratava-se de pobre débil que perambulava nas redondezas do quartel, o tipo popular Doidinho. Estava no local errado, o manguezal do rio Potengi atrás do quartel, na hora errada, quando foi atingido, mortalmente.

O Doidinho foi assassinado pelo sargento Sizenando Filgueira da Silva. Ele mesmo confessa:


Eu matei o falso soldado durante a revolução de 35 [...] Ele não era herói nem militar na época. Ele era apenas um rapaz débil mental, menor de idade, e deram-lhe um fuzil para acompanhar os que fugiam do quartel em busca da base Naval. Depois que fiz a prisão do Major Luiz Júlio (Comandante do Batalhão da PM) e de um coronel do Exército, eu olhava para a direita e vi quando ele estava procurando fazer pontaria para atirar. Antes que ele atirasse, eu atirei, só dei um tiro e ele caiu. Ele estava por trás de uma moita, no mangue [...].


O confesso diz que o responsável pela história do soldado herói Luiz Gonzaga foi o Dr. João Medeiros Filho.48

Um pobre débil mental, morto a tiros de fuzil, nos mangues do rio. Uma “legítima defesa” da sanidade ou da insanidade? Um chefe de polícia falsário de inquérito policial. Um Major que “alista” um débil mental na força pública e ajuda a montar a farsa do herói. Uma corporação militar que acolhe e conserva essa fraude de herói e patrono. O governador do Estado que construir o Mausoléu em homenagem à fraude. As romarias anuais aos mortos de 35 da propaganda anticomunista. A insensatez dos revolucionários. O escriba começa a achar que é o maluco da história. Registros da Revolução de 1935 não estão isentos das tendências ideológicas. Mas a objetividade fatual, obriga a separar o fato da ficção, o original da farsa, o verdadeiro do falso. Por mais que a história seja sujeita a múltiplas interpretações.

Nossa história pátria tem registros de fraudes memoráveis. Essa farsa do Soldado Luiz Gonzaga, Patrono da PM/RN, do Doidinho nascido no povoado de Sacramento – Ipanguaçu, no RN – merece lugar nessa galeria. O Doidinho nunca foi da PM. Muito menos, herói, enquanto vivo. Mas, depois de morto, foi alistado e sentou praça na Polícia,virou herói. Tem sido lembrado e reverenciado, todos os anos. Foi até defunto provido a sargento. O Doidinho, certamente, ficaria mais agradecido com tanta atenção, em vida. Defunto alistado na PM da mesma concepção que movia e promovia as fraudes eleitorais dos alistamentos e resultados adulterados pelos votos de fantasmas e defuntos, computados.

Doidinho morava nas calçadas das ruas próximas ao quartel da PM. Costumava filar a “boia” e as roupas inservíveis dos praças, calças, jaquetas, botinas. O “ardiloso” alistamento post mortem, depois da revolução, passou pelas mãos do Major Luiz Júlio, forjando e antedatando o alistamento, e pelo chefe de Polícia João Medeiros Filho, com a inclusão e adulteração do inquérito. O mais ficou pela difusão da fraude, pela construção do mito do Soldado herói Luiz Gonzaga.

De fato, o Soldado Luiz Gonzaga não consta no Relatório original do Delegado de Ordem Social (sobre a insurreição) do Dr. Enock Garcia, em 1936. Tampouco ele aparece nos depoimentos e artigos do Coronel Otaviano Pinto, Comandante do 21º BC. Inexiste qualquer referência ao “herói”. Nos jornais da cidade de Natal, as extensas matérias da revolução, nos dias seguintes, não dão notícia do soldado morto. Nada constava, de fonte alguma. Nenhuma linha sobre o suposto herói. O delegado responsável pelo inquérito, esqueceu o maior herói, na revolução da relação dos mortos? O maior herói não merecer uma única linha? Os jornalistas daquele tempo registravam detalhes como o charuto do professor Torres e cabeleira assentada na brilhantina, do motorista Epifânio. O bravo que morreu de metralha na mão, tombou em luta, o único, não ser notícia?

A lenda do herói funcionou, eficazmente. Com o propósito ideológico da valorização da vitória da situação e do combate ao comunismo. Décadas e décadas, depois, em plena ditadura do Golpe Militar de 1964, esse fantasma herói assassinado pelos comunistas, ganharia vida.

João Medeiros Filho, escreveu, décadas depois, em Carta ao Jornal Poti, de Natal, confirmava a adulteração dos relatórios, confessando uma alteração de boa-fé.

No entanto, esse episódio da fraude do Soldado Luiz Gonzaga está longe da boa-fé. Fraude é fraude. No caso, mais grave pela qualidade e condição funcional do defraudador. Ademais, essa fraude foi dolosa e articulada, planejada. Integrou e serviu o plano de poder, pesado e medido. Utilizou dos preceitos básicos dos métodos nazistas lecionados pela Gestapo à Polícia Política de Getúlio Vargas, so Sr. Filinto Müller et caterva. Com o mesmo modus operandi, técnica e métodos. Os propósitos da falsificação de documento, da satanização do comunismo, da cortina de fumaça para ocultar políticas autoritárias e abrir caminhos ao “consenso sem oposição” do poder absoluto e ditatorial. Do Grande ditador, Vargas, no plano nacional, dos pequenos ditadores estaduais, os interventores – Rafael Fernandes entre eles. No fim dessa cadeia alimentar da política do vale tudo, o serviço sujo das polícias, defraudar, torturar, prender, assassinar, em nome da defesa da “ordem pública”.

Getúlio Vargas usou a transmissão radiofônica alarmando o Brasil com o falso Plano Cohen. Assim, criou o clima de medo e interrompeu a campanha presidencial. Decretou o Estado de Guerra. Suspendeu liberdades. Finalmente, o golpe do Estado Novo. Sem oposição ele reinou absoluto, mais oito anos, com poderes ditatoriais. O caudilho dos pampas das armas em 30 esticava para quinze anos, o reinado absoluto.49

 

 

 

 

 

 

 

 

Nosso Projeto | Mapa Natal 1935 | Mapa RN 1935 | ABC Insurreição | ABC dos Indiciados | Personagens 1935 | Jornal A Liberdade | Livros | Textos e Reflexões | Bibliografia | Linha do Tempo 1935 | Imagens 1935 | Audios 1935 | Vídeos 1935 | ABC Pesquisadores | Equipe de Produção

Memória Histórica Potiguar
Combatentes Sociais RN
História dos Direitos Humanos RN Rio Grande do Norte
 
Desde 1995 © www.dhnet.org.br Copyleft - Telefones: 055 84 3211.5428 e 9977.8702 WhatsApp
Skype:direitoshumanos Email: dhnet@dhnet.org.br Facebook: DHnetDh
Busca DHnet Google
Tecido Cultural Ponto de Cultura Rio Grande do Norte
Linha do Tempo RN Rio Grande do Norte
Memória Histórica Potiguar
Combatentes Sociais RN
História dos Direitos Humanos RN Rio Grande do Norte
Guia da Cidadania Cultural RN
Rede Estadual de Direitos Humanos Rio Grande do Norte
Redes Estaduais de Direitos Humanos
Rede Brasil de Direitos Humanos
História dos Direitos Humanos no Brasil - Projeto DHnet
Direito a Memória e a Verdade
Projeto Brasil Nunca Mais
Comitês de Educação em Direitos Humanos Estaduais
Djalma Maranhão
Othoniel Menezes Memória Histórica Potiguar
Luiz Gonzaga Cortez Memória Histórica Potiguar
Homero Costa Memória Histórica Potiguar
Brasília Carlos Memória Histórica Potiguar
Leonardo Barata Memória Histórica Potiguar
Centro de Direitos Humanos e Memória Popular CDHMP RN
Centro de Estudos Pesquisa e Ação Cultural CENARTE