
RESOLUÇÃO
DE LISBOA
SOBRE A
PARTICIPAÇÃO DE MÉDICOS NA PENA DE MORTE
(Adotada
pela 34ª Assembléia Geral da Associação Médica
Mundial em Lisboa,
Portugal, setembro/outubro de 1981)
FICOU
RESOLVIDO que a Assembléia Geral da Associação
Médica Mundial endossa a ação da Secretaria Geral que
emitiu documento à imprensa em nome da Associação
Médica Mundial condenando a participação de médicos
em pena de morte.
FICOU RESOLVIDO também que é antiético médicos
participarem em pena de morte, embora isto não impeça
que médicos certifiquem a morte.
FICOU RESOLVIDO também que o Comitê de Ética Médica
manterá esse assunto sob permanente consideração.
COMUNICADO DA SECRETARIA GERAL À IMPRENSA .
Ferney-Voltaire, França,
11 de setembro de 1981
A primeira execução de pena de morte por
injeção intravenosa de uma dose mortal de medicamento
deve efetuar-se na próxima semana por decisão do
Tribunal do Estado de Oklahoma, Estados Unidos.
Qualquer que seja o tipo de pena capital imposta
por um Estado, não se pode exigir que o médico
participe dela. Ao médico está dedicado a
preservação da vida.
Agir como um verdugo não faz parte da prática
médica e não se pode pedir os serviços de médico
para executar uma pena capital ainda quando o método
use produtos farmacológicos ou equipamentos que, em
outras circunstâncias, possam ser utilizadas no
exercício médico.
O só pode certificar a morte uma vez o Estado
tenha decidido executar a pena capital.
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