Direitos
dos Humanóides
Promotor
pede habeas corpus para tirar chimpanzé
da jaula
Morre chimpanzé que seria
libertada com habeas corpus
Promotor
pede habeas corpus para tirar chimpanzé
da jaula
Salvador - A Promotoria do Meio Ambiente da Bahia
entrou nesta segunda-feira com um pedido de habeas
corpus em favor da chimpanzé "Suiça"
que há dez anos está "presa"
numa jaula do Jardim Zoológico da capital
baiana.
Assinado pelo promotor Eron Santana e subscrito
por cinco professores de Direito de quatro universidades
da cidade, além de representantes de ONGs
ambientalistas, o pedido tem o objetivo de libertar
"Suiça" para que ela possa ser
transferida para o santuário de primatas
da cidade paulista de Sorocaba. Os biólogos
de lá já se comprometeram em receber
o macaco.
Santana
argumenta que a ciência mostrou ter o chimpanzé
99,6% de genes do homem. "É um parente
próximo do ser humano, tem capacidade de
raciocínio e sensibilidade semelhante,
então é uma pessoa que não
pode permanecer presa", disse o promotor.
Ele
lembra que a ação tem semelhança
com a estratégia do advogado do comunista
Luiz Carlos Prestes na ditadura Getúlio
Vargas que avocou a Lei de Proteção
dos Animais para pedir tratamento idêntico
ao seu cliente que sofria torturas na prisão.
"Nós estamos usando a defesa dos Direitos
Humanos para defender a chimpanzé",
observou.
Depressão
Conforme Santana, o macho do casal de chimpanzés
do zôo de Salvador morreu de câncer
causado, segundo ele, pela depressão. "A
fêmea também está sofrendo
psicologicamente pela sua condição
de prisioneira e é por isso que precisamos
libertá-la", disse.
O promotor
não teme que o caso seja comparado com
o do ex-ministro do Trabalho do governo Collor
de Mello, Rogério Magri, que ao ser flagrado
usando carro oficial para transportar sua cadela
ao veterinário declarou que o "cachorro
era uma ser humano". Para Santana, Magri
estava certo ao dar socorro ao animal. "O
único erro foi ter usado um carro oficial",
disse.
Biaggio
Talento
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Morre
chimpanzé que seria libertada com habeas
corpus
Salvador - A chimpanzé Suíça
que poderia ser "libertada" esta semana
da sua jaula do zoológico da capital baiana
através de habeas corpus, morreu no final
da manhã de hoje de causas desconhecidas.
A morte revoltou o promotor Heron Santana, da
Procuradoria do Meio Ambiente de Salvador, que
assinou o pedido de habeas corpus na semana passada,
alegando que o animal estava deprimido e não
deveria ficar preso numa jaula minúscula.
"Isso é o resultado do descaso e da
incompetência dos que dirigem o zoológico",
declarou logo depois de ser comunicado da morte.
Ele
exigiu que a necropsia da chimpanzé fosse
feita na Faculdade de Veterinária da Universidade
Federal da Bahia (UFBA) e, dependendo da causa
da morte, pretende processar o zoológico
caso sejam constatados maus tratos ou negligência.
"Quero apurar as responsabilidades, pois
não se pode admitir um absurdo desses,
inclusive porque a chimpanzé poderia ser
libertada esta semana", disse.
A
idéia do promotor era transferir Suíça
para o santuário de primatas em Sorocaba
onde ela poderia interagir com outros macacos
da sua espécie. A chimpanzé estava
deprimida há cinco meses, desde a morte
do macho Geron, de câncer. "Quando
ele morreu, os tratadores do zôo não
souberam do que, só descobriram a doença
após a necropsia" disse Santana. A
macaca teria se sentido mal após receber
comida por volta das 11 horas, morrendo em seguida,
o que leva o promotor a suspeitar de que ela tenha
sido envenenada.
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