.
Definição
dos conceitos jurídicos e políticos fundamentais da
globalização
Objetivo
Análise e definição
dos conceitos-chave relativos aos termos jurídicos e políticos
novos ou antigos cujo sentido foi modificado em razão das
transformações introduzidas pela globalização econômica.
Justificativa
Todos os
pesquisadores da área de ciências sociais estão, em termos
de metodologia, subordinados à existência de paradigmas.
Desde Thomas KUHN, compreende-se por " paradigma "
um feixe de conceitos que, em uma determinada época, permitem
aos pesquisadores da comunidade científica formular hipóteses
de trabalho e problematizar as questões de maneira satisfatória,
de acordo com o contexto da época.
Com as transformações
dos modos de examinar e gerir a reestruturação das organizações
e das instituições, introduzidas pelo processo de globalização
econômica, os juristas e outros pesquisadores na área de ciências
sociais vêem surgir inúmeros novos conceitos mal definidos,
ou até ambíguos. A utilização satisfatória destes
conceitos e dos paradigmas a eles subjacentes pressupõe um
acordo prévio dos pesquisadores sobre o seu significado.
Acresce que, sendo novos e utilizados às vezes de forma anárquica,
estes conceitos apresentam freqüentemente uma forte polisémia.
Deste modo, previamente a qualquer pesquisa séria, é
indispensável definir de modo sistemático os diversos
sentidos das palavras.
Existem
atualmente, no mercado, alguns dicionários sobre a globalização:
Dictionary of Global Climate Change, de W.J. Maunder,
publicado desde 1994 ; The Dictionary of Global Culture, Kwame
Anthony Appiah (ed.), publicado em 1997 ; The Routledge
Critical Dictionary of Global Economics, Robert Beynon (ed.)
que deveria ter sido publicado em 1999.
No entanto,
destinado aos juristas e aos pesquisadores da área das ciências
sociais, de formação não econômica assim como aos
tomadores de decisão, aos administradores e aos governantes,
não existe dicionário algum dando:
- o sentido dos
termos novos introduzidos no discurso e nos trabalhos dos
juristas, dos sociólogos e dos pesquisadores da área de ciência
política, em razão do processo de globalização e do
impacto do mesmo nestas comunidades de cientistas e de
profissionais da prática (por exemplo, as palavras
"globalização", glocalização", "governança",
"transacional");
- o sentido dos
termos que sofreram, pelo mesmo motivo, uma transformação
semântica que criou polisémias freqüentemente ambíguas na
forma como são usadas (por exemplo, as palavras
"comunidade" , " soberania" ).
Os pesquisadores
precisam de definições relativas aos conceitos que foram
renovados pelo processo de globalização. Com efeito, a mudança
das instituições face à globalização tem, como conseqüência,
uma mudança no significado das palavras tradicionalmente
usadas pelos juristas. "Soberania" não tem mais o
sentido jurídico usual; "Global" e
"Local" têm sentidos específicos que não tiveram
até hoje. Fala-se de "Governança" ao invés de
"Governo" etc. etc. Além disso, uma mesma palavra
é usada em vários sentidos por diferentes autores. Para dar
um exemplo, o termo norte-americano "Governance" -
ainda sem tradução em muitas línguas - tem, em diferentes
obras, diferentes significados, ao ponto de certos autores
terem encontrado até trinta e duas variáveis. Não existe
ainda nenhum dicionário útil aos juristas que trabalham no
campo da globalização.
Assim, é
fundamental organizar a constituição de um
"corpus" terminológico levando em conta as
transformações introduzidas pelo contexto da globalização
econômica, na abordagem paradigmática dos juristas e
pesquisadores da área de ciências sociais.
Produto Final da
Pesquisa
O produto da
pesquisa é a constituição e a publicação bilíngüe
(português-inglês) de um Dicionário Enciclopédico Jurídico
e Político da Globalização, contendo a definição e a
apresentação comentada, por especialistas, dos termos jurídicos
e políticos vinculados à globalização econômica.
Metodologia
Primeiramente, será
realizado um Léxico de referência para uso de todos os
participantes do grupo de pesquisa.
Este Léxico será,
em seguida, transformado em Dicionário, segundo o processo
adotado para a elaboração do Dictionnaire encyclopédique de
Théorie et de Sociologie du droit (LGDJ, Paris, 2a. éd.,
1993 ; trad. portuguesa, Dicionário Enciclopédico de Teoria
e de Sociologia do Direito, Edit RENOVAR, Rio de Janeiro,
1999), cuja elaboração e publicação foram dirigidas pelo
Prof. Dr. André Jean Arnaud, coordenador da presente
pesquisa.
A metodologia e as
suas fases de desenvolvimento são indicadas no quadro a
seguir:
Comissões
Especializadas
1. Reestruturação
Paradigmática em Ciências Jurídicas, Sociais e Políticas:
André-Jean Arnaud, Tércio Sampaio Ferras Jr., Selma Ferraz
2. A Produção
e Implementação do Direito e das Políticas Públicas:
Celso Campilongo, José Eduardo Faria
3. Os Atores
Sociais no Estado e na Sociedade Civil: José Geraldo de
Sousa Jr, Alan Bradshaw
4. Relações
Internacionais e Direito Público: Carlos Milani, Oscar
Vilhena Vieira (?)
5. Globalização
Econômica, Direito Empresiarial; Integração Regional:
José Gabriel Assis de Almeida, Dan Kraft, Oscar Vilhena
Vieira
6. Campo Penal,
Controle Transnacional. Vitimização: Wanda Capeller,
Ester Kosowski
7. Espaço
Judiciário: Eliane Junqueira, José Ribas Vieira
8. Relações
Privadas: Gustavo Tepedino, Maria Celina Bodin de Moraes
9. Direito
Fiscal. Tributação Intenacional: Roberto Ferraz, Eros
Roberto Grau
10. Direitos
Humanos e Minorias: Ester Kosowski, Luciano Mariz Maia,
Laura Gil
11. Direito
Social e Relações de Trabalho: Pierre Guibentif
Critérios de
seleção das definições;
Alguns verebetes
presentes no rascunho de léxico (em anexo) foram definidos
sem relação com a globalização. Em último caso, isso
poderia ser útil para a compreensão da definição do
conceito no contexto da globalização. Deve ser justificado e
aparecer sómente como um apoio à definição do verbete no
contexto da globalização.
Lembramos a
especificidade do Dicionário como foi apresentado no projeto
inicial:
Existem
atualmente, no mercado, alguns dicionários sobre a globalização:
Dictionary of Global Climate Change, de W.J. Maunder,
publicado desde 1994 ; The Dictionary of Global Culture, Kwame
Anthony Appiah (ed.), publicado em 1997 ; The Routledge
Critical Dictionary of Global Economics, Robert Beynon (ed.)
que deveria ter sido publicado em 1999.
No entanto,
destinado aos juristas e aos pesquisadores da área das ciências
sociais, de formação não econômica assim como aos
tomadores de decisão, aos administradores e aos governantes,
não existe dicionário algum dando:
- o sentido dos
termos novos introduzidos no discurso e nos trabalhos dos
juristas, dos sociólogos e dos pesquisadores da área de ciência
política, em razão do processo de globalização e do
impacto do mesmo nestas comunidades de cientistas e de
profissionais da prática...;
- o sentido dos
termos que sofreram, pelo mesmo motivo, uma transformação
semântica que criou polisémias freqüentemente ambíguas na
forma como são usadas...
... Com efeito, a
mudança das instituições face à globalização tem, como
conseqüência, uma mudança no significado das palavras
tradicionalmente usadas pelos juristas...
Além disso, uma
mesma palavra é usada em vários sentidos por diferentes
autores. Para dar um exemplo, o termo norte-americano "Governance"
- ainda sem tradução em muitas línguas - tem, em diferentes
obras, diferentes significados, ao ponto de certos autores
terem encontrado até trinta e duas variáveis. Não existe
ainda nenhum dicionário útil aos juristas que trabalham no
campo da globalização.
Assim, é
fundamental organizar a constituição de um
"corpus" terminológico levando em conta as
transformações introduzidas pelo contexto da globalização
econômica, na abordagem paradigmática dos juristas e
pesquisadores da área de ciências sociais.
Verbetes
selecionados
Community;
Complexidade; Constructuvisme; Deregulation; Direito;
Epistemologies constitutives; Governance; Government; Grass
Roots; Negociation; Nomos (Hayek); Norme; Ordre; Planétaire;
Pluralism; Polycentricity; Postmodernisme; Pragmatisme; Régulation/Re-régulation;
Strategie; Sustainable Development; Transnational;
Universalism
Affaires ; Agences
indépendantes; Agência (reguladora); Autorité; Barreiras
comerciais; BIRD; Bloc économique régional; Bretton Woods;
Commerce; Concorrência; Conflits (solution des); Consumidor;
Dualismo (Teoria Dualista do Direito Internacional);
e-business; Economia; Empresa (Direito); Empresa
Multinacional; Empresa Transnacional; Entrepreneur; ;
Financial Markets; Flexibilité; FMI; GATT; Harmonisation;
Incentivo fiscal; Insolvência; Integração; Intérêt
Public; Internationalisation; Lex Mercatoria; Marché commun;
Market; Meios de pagamento; Mercosul ; NAFTA/ALENA; Negócios
(Direito); OMC; Paraíso fiscal; Planejamento Tributário; Région;
Régulation; Soberania; Subsídio à exportação;
Transnational; Treaty Shopping
Atores Não-Estatais;
Capitalismo; Centro; Cidade Global; Competição; Convergência
espaço-temporal; Crime de Colarinho branco; Crime organizado;
Crime sem vitimas; Crimes poderosos; Democracia; Direitos
sociais; Economia informal; Empresas transnacionais; Globalização;
Integração vertical; Organização carcarária; Redes de
crime; Soberania multiple; Sociedade; Tecnologias de Informação
Abertura
cognitiva; ação civil pública; acesso à justiça; Acordo;
(acordo coletivo de trabalho); adm.pública; advogado;
Affaires; Agences indépendantes; Agência (reguladora); ato
multilateral; Áreas de competências; Associação
Internacional do Comercio; aplicação do direito; auto resolução
de conflitos; Autorité; bargaining process; Barreiras
comerciais; Bem comum; BIRD; Bloc économique régional;
Bottom-up/Top-down; Bretton Woods; Capital Market;
Capitalismo; Capitalista; Catallaxie; Certeza jurídica;
cidadania; Civil Society; class action; Coercibilidade;
Coercive enforcement; Commerce; Communication; Community;
Competência (conflito de); Complexité; Conciliação (comissão
de conciliação) prévia; Concorrência; Conflits (solution
des); Consenso; Constituição; Constructivisme; Consumidor;
corporativismo; convenção coletiva de trabalho; Corte
Interamericana de Dir.Humanos; Corte Internacional de Haia;
Corte Internacional de Justiça (CIJ); Corte Permanente de
Arbitragem (CPA); Corte Permanente de Justiça Internacional (CPJI);
Court adjudication; Cultura; Deal; Decisão; Democracia;
Derrogação; Descentralização; Desconstitucionalização;
Desformalização; Desjudiciarização; Deslegalizacao e
ensino jurídico.; Demanda; Desregulamentação; devido
processo legal; Direito; Direito administrativo; Direito
Comunitário; Direito Internacional; Direito Penal; Direito
Positivo; Direito público; Direito responsivo; Direitos
Sociais; diretiva comunitária; Diretrizes; dispute (prevention,
creation and; settlement); Domestic Adjudicatory Processus;
Doutrina; Dualismo (Teoria Dualista do Direito;
Internacional); Early Warning; e-business; Echange; Economia;
Efetividade (jurídica); Eficácia; Empresa (Direito); Empresa
Multinacional; Empresa Transnacional; Ensino do direito;
Entrepreneur; Epistémologies constitutives; Equité, Equity;
Espace "global"; espaço jurídico transnacional;
Estado; Estado-juiz; Estado nação; Estado neoliberal;
Famille; fechamento operativo; Fim social; Financial Markets;
Flexibilité; Flou (Fuziness); FMI; fontes do direito;
Formalismo jurídico; Foro; Funções do direito; Garantia do
processo; GATT; Global; Global Village; Governability;
Governance; Government; Grass Roots; Harmonisation; Harmonização
legislativa; Human Rights; IFIs (international financial
institutions); Imprecisão; Incentivo fiscal; Information;
Insolvência; instância jurídica; inter-relações;
Instituto Hispano-luso-Americano de Direito; Internacional (IHLADI);
Integração (jurídica); Interesses gerais e universais; Intérêt
Public; International; Internationalisation; Interpretação;
judicial organ; judicial time; Juiz; juizados especiais(cíveis,criminais,;
federais); Juridical power; Jurisdição; Jurisdicidade; Jus
Commune; justiça intra organizacional; Justiça do Trabalho
(localismo; globalizado?); Justiça Especial; justiça
privada; Justice; justiciability; Lavagem de dinheiro;
Leditimidade; Legality; legislação internacional; Lex
Mercatoria; Liceidade; Local (localismo); mandado de injunção;
Marché commun; Market; Mecanismos infra-estatais de; resolução
de conflitos; Mecanismos supra-estatais; Mediation
(arbitragem; internacional ); Meio Ambiante; Meios de
pagamento; Mercosul; Metodologia jurídica; Micro sistemas
normativos; ministério público; Modernity; Mondialisation;
NAFTA/ALENA; Nation; National; Nazisme; Negociation (negociação;
coletiva); Negócios (Direito); Nomos (Hayek); Normat; norma
procedimental; Normatividades paralelas; Norme (jurídica);
OMC; ONGs; Ordre; organismos multilaterais; organizações
complexas; (ONU); Paraíso fiscal; paraestatais; Parlement
Europeu; Particularismes; Pasargada law; Peace; Planejamento
Tributário; Planétaire; Pluralism; Polycentricity;
Postmodernisme; Pouvoir executif; Pouvoir judiciaire; Pouvoir
législatif; Pouvoir public; Pragmatisme; Précaution (principe
de); Presunção; Prévention; procedimento jurídico/judicial;
processo; Processo decisório judicial; Public Policy; Région;
Régulation; Relativisme; Reprivatizacao do direito; Rule of
law; Security; Segurança do direito; sistema jurídico;
sistemas parcialmente autônomos; Soberania; Social; sociedade
de organizações; Société civile; Sociologe; soft laws;
Start-up; Strategy; Subsidiarité (principe de); Subsídio à
exportação; TANGOs (transnational advocacy; NGOs); Taxis (Hayek);
Technologies (New); Tolerance; Tradição; Transaction (penal
); transformative advocacy; Transnational; Transnational
Litigation; Tratados; Treaty Shopping; Tribunal Penal
Internacional; Tribunal Internacional de Justiça;
Universalism; Universaljurisprudenz; World Court; world law
Consumidor;
Contrato; Contratualização; Dano à Pessoa; Direito do
Autor; Família; Multipropriedade; Precaução.; Privacidade;
Responsabilidade
Genocídio/Genocide;
Racismo e Xenofobia/Racism and Xenophobia; Pobreza
extrema/extreme poverty; Segurança alimentar/food security;
Direitos econômicos, sociais e culturais/economic, social and
cultural rights; Discriminação/discrimination; Jurisdição
internacional/international jurisdiction; Sistema de
monitoramento/monitoring system; Minorias/minorities;
Multuculturalismo/multiculturalism; Desenvolvimento/development;
Migrações/migrations; Limpeza étnica/ethnic cleasing;
Mulher/women (empowerment/violence against)
Titre du projet :
Concepts
juridiques et politiques de la globalisation: établissement
d'un lexique.
Responsable du
projet en France
Monsieur ARNAUD
André-Jean, Directeur de Recherche au CNRS, Paris
Mailto: ajamsh@aol.com
Laboratoire
: UMR 7074, CENTRE DE THEORIE DU DROIT, Université de Paris
10/Nanterre
Departement
scientifique : DEPARTEMENT SCIENCES DE L'HOMME ET DE LA
SOCIETE
Section du comité
national dont relève le responsable de projet : SYSTEMES
SOCIAUX - NORMES ET REGLES
Laboratoire
partenaire : IDEIA (UniRio) Centre de Recherche sur le
droit, économique et l'intégration américaine
Uni-Rio - Univ. de
Rio de Janeiro, RIO DE JANEIRO, Brasil
Organisme
partenaire : Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientifico e
Technologico, Brasilia
Directeur du
laboratoire partenaire et Responsable du projet : Monsieur
ASSIS DE ALMEIDA José Gabriel,
Professeur à l'Université
de Rio de Janeiro (Uni-Rio)
Mailto: assisdealmeida@openlink.com.br
Identification du
projet :
OBJECTIF
Analyse et définition
des concepts-clé relatifs aux termes juridiques et politiques
nouveaux, ou anciens dont le sens s'est trouvé modifié par
suite des transformations introduites par la mondialisation
des échanges. Le travail étant destiné à déboucher sur un
produit multilingue (français, portugais et anglais), on
parlera désormais plutôt de "globalisation" que de
"mondialisation" (cf. là-dessus, A.J.
ARNAUD,"Entre modernité et mondialisation", LGDJ,
Paris, 1998, Leçon 1 (Entre modernidade e Globalização,
Renovar, Rio de Janeiro, 1999). JUSTIFICATIF: Il existe
actuellement quelques dictionnaires de la globalisation, mais
pour les juristes et les chercheurs en sciences sociales et
politiques non économistes, les décideurs, administrateurs,
gouvernants, il n'existe rien de simple et utilitaire qui
donne soit le sens des termes nouveaux introduits dans les
discours et travaux des juristes, sociologues, politologues du
fait du processus de globalisation économique (ex. "globalisation",
"glocalisation", gouvernance", "transnational"...);
soit le sens de termes plus anciens qui ont subi, pour la même
raison, des altérations ou une transformation sémantique créant
des polysémies ex. "gouvernement", "communauté",
"souveraineté", "région",
"local"...). Il est donc fondamental d'entreprendre
un travail théorique de collecte de termes et de leur définition,
en vue de la constitution d'un corpus terminologique aisément
maniable tenant compte de ces transformations. Il s'agit d'une
étape inéluctable en vue de la constitution ultérieure d'un
Dictionnaire Juridique et Politique de la Globalisation.
METHODOLOGIE: Comme cela fut le cas pour la préparation du
"Dictionnaire Encyclopédique de Théorie et de
Sociologie du Droit" (2e éd. LGDJ, 1993 - Trad.
portugaise, Rio de Janeiro, 1999), sous la direction de André-Jean
ARNAUD, coordinateur français du présent Projet de Coopération,
on relèvera d'abord les termes de droit et de science
politique les plus courants utilisés par les auteurs de
travaux sur la globalisation et son impact dans le champ
juridico-politique. Il s'agit donc d'établir un corpus
bibliographique de référence dont le dépouillement sera
partagé entre les chercheurs de l'équipe, qui relèveront en
même temps les diverses définitions proposées ou supposées
par les auteurs de ces travaux. Le travail de comparaison des
diverses définitions suppose des échanges de chercheurs pour
des périodes de plusieurs semaines en continuité,
aboutissant à l'établissement de listes de définitions-clés.
Les Centres de Recherche étant également rattachés à des
institutions universitaires, ces mêmes chercheurs pourront en
outre participer à des programmmes de formation pour y
contribuer par des conférences et des débats. AGENDA: Cette
méthodologie dicte les étapes suivantes: 1/ Composition de
la liste de base des termes du lexique (travail en commun); 2/
Définitions lexicales (travail individuel); 3/ Première
synthèse et choix de la liste complémentaire des concepts à
définir (travail commun); 4/ Définitions lexicales de ces
termes (travail individuel); 5/ Nouvelle synthèse, échanges,
travail de montage du lexique (travail commun); 6/ Conclusions.
Etude d'un passage au stade de Dictionnaire Encyclopédique.
Les chercheurs des équipes française et brésilienne ont
donc besoin de rencontres ponctuelles (phases 1, 3, 5 et 6
ci-dessus), tous les six mois, pour une bonne synthèse du
travail effectué et pour une préparation efficace de la
phase suivante. Cette préparation du lexique sera conçue
comme phase initiale de constitution d'un Dictionnaire
Encyclopédique des termes juridiques et politiques de la
globalisation.
Mots-clés
scientifiques
n°1:
Mondialisation/Globalisation
n°2: Droit
n°3: Politologie
n°4: Lexique
Résultats
attendus de cette coopération internationale
1/ Publication
dans la revue "Droit et Société" (Paris) et dans
la série "Anuário do GEDIM" (Globalização Econômica
et Direitos no MERCOSUL) de travaux préparatoires après Séminaires,
Conférences ou articles des chercheurs impliqués dans la
recherche.
2/ Publication
d'un Lexique des termes juridiques et politiques de la
globalisation (en français, en portugais et si possible en
anglais).
3/ Actions d'échange
et de recherche comparative; actions de formation. Transfert
d'information, de savoir, d'expériences, de méthodes de
recherche.
4/ Préparation,
puis publication projetée d'un Dictionnaire Encyclopédique
des termes juridiques et politiques de la Globalisation (en
français, en portugais et en anglais).
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