
HISTÓRIA E DIREITOS HUMANOS NA PARAÍBA
*
Maria de Nazaré Tavares Zenaide e
**
Glória Maria Carneiro
1.
Apresentação
A
criação de organizações e estabelecimentos de proteção e
defesa dos direitos humanos - centros, sociedades, associações,
comissões e conselhos - em diversos setores da sociedade e
das esferas de governos em diferentes regiões e nações,
historicamente vai construíndo a formação
de uma rede de órgãos guardiães dos direitos humanos
e da cidadania. Enquanto atores sociais, a criação e a prática
destes órgãos inserem-se no processo histórico das lutas
sociais em cada
conjuntura política.
O
presente texto se propõe a resgatar a contribuição de
distintos atores sociais que a partir dos anos 70 vem
construindo a luta em defesa dos direitos humanos no Estado da
Paraíba.
Situaremos
inicialmente alguns atores sociais que a nível nacional
construíram a luta em defesa dos direitos humanos, de modo a
contextualizar a luta dos atores sociais no âmbito do Estado.
___________
*
Professora da Universidade Federal da Paraíba, membro da
Comissão de
Direitos Humanos e
do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos do Homem e
do Cidadão.
**
Assistente Social
Os
dados apresentados neste trabalho foram coletados através de
um cadastro institucional realizado em 1995 através da
pesquisa “Representações Sociais de Política
Institucional em Direitos Humanos e Educação Popular”.
2.
Constextualizando a Luta
dos Direitos Humanos
Situando
a luta dos Direitos Humanos no bojo das lutas e movimentos
sociais pode-se caracterizar
a atuação das entidades de direitos humanos na década de 64
e 70 como ações de caráter essencialmente reivindicativo e
de denúncia. Foram lutas de resistências coletivas em busca
do resgate dos direitos civis e políticos cassados pelo
regime militar.
Dentre
os atores sociais reconhecidos pelo Movimento Nacional de
Direitos Humanos que exerceram papel significativo nas lutas
de resistência e defesa de presos políticos
e exilados políticos no Brasil durante o regime
militar destacaram-se: a Igreja Católica, a Conferencia
Nacional dos Bispos, as Pastorais, as Comunidades Eclesiais de
Base, a Ordem dos Advogados do Brasil e a Associação
Brasileira de Imprensa.
A
OAB, enquanto associação profissional teve um papel
extremamente importante no que se refere à defesa dos
direitos humanos, na exigência de revogação da legislação
repressiva e no esclarecimento da opinião pública sobre
questões legais e direitos públicos e civis.
Alves
( 1984 ), ressalta sobre a atuação da OAB. Segundo ele, “O
primeiro estágio do trabalho de oposição da OAB
concentrou-se na defesa dos presos políticos e na denúncia
de prisões arbitrárias e/ou da tortura. Com a V Conferência
nacional da OAB, realizada em 1974, ampliou-se o quadro das
prioridades, passando a incluir a defesa global dos direitos
humanos. A OAB
caminhava assim na mesma direção que outros setores de oposição,
para impor o respeito aos direitos políticos, civis, sociais
e econômicos”.
Ainda
segundo Alves,
“uma
das necessidades essenciais de um Estado repressivo é limitar
o fluxo de informação à disposição da população,
ocultar abusos e de impor um silêncio que não só limite a
oposição como aumente o sentimento de isolamento e medo,
necessário ao impacto de uma estratégia de governo pelo
terror”. ( id p. 212 )
A
Associação Brasileira de Imprensa -
ABI por sua vez, fundada em 1931, foi mais um dos
atores sociais que se opôs ao regime ditatorial e lutou pela
liberalização da imprensa em suas diversas modalidades. Além
de defender os profissionais - jornalistas - ameaçados, ela
organizava conferências, reuniões e cursos sobre questões básicas
que interessavam tanto aos jornalistas quanto à sociedade em
geral. Foi de iniciativa da
ABI a impressão e distribuição da Declaração dos
Direitos Humanos das Nações Unidas.
A
Igreja Católica nesse período exerceu um papel político
central. Seu envolvimento deu-se na proteção de presos políticos,
na denúncia da violência do Estado e no abrigo institucional
de lideranças das lutas do movimento popular e sindical, que haviam sido
fortemente reprimidos com o golpe de 64.
Os
centros de defesa, as comissões de justiça e paz e as comissões
pastorais criadas por intermédio e vinculadas à Igreja,
atuaram no sentido de estimular
a população a resistir à repressão violenta.
As
comunidades Eclesiais de base -
CEBs que emergiram no Brasil - especificamente no
Nordeste - em meados da década de 60, multiplicavam-se por
todo o país e funcionavam como “escolas para educar
os exploradores na defesa de seus direitos humanos inalienáveis”.
( Cava, 1988 ; 232 ).
Para
Cava essa forma de atuação da igreja só foi possível,
porque naquele momento era a única instituição que possuía
uma ampla rede de comunicação, uma rede de quadros
espalhados por todo o país que funcionava, apesar da censura,
como correia de transmissão, fornecendo informação rápida
e eficiente à população. ( Cava, 1988 ; 237 ).
As
lutas como, a Campanha pela anistia e a campanha contra a Lei de Segurança Nacional, a partir de 1975, foi a
tônica da luta pelos direitos humanos nesse período histórico.
A luta pelos direitos humanos neste momento não se restringiu
à defesa da integridade dos presos políticos, mas também
apoiou o ressurgimento do movimento sindical no
ABC paulista.
A luta pelos
Direitos Humanos
nos anos 80 com o processo de ascensão dos movimentos sociais
ampliou a pauta de reivindicações para a construção
da cidadania dos pobres. Segundo Gohn ( 1995 ), a década
de 80 foi extremamente rica do ponto de vista das experiências
político-sociais, considerando: a volta das eleições
diretas, o processo constitucional, o surgimento das centrais
sindicais, das entidades organizadas do movimento popular e de
inúmeros movimentos sociais.
As
demandas pela redemocratização da sociedade brasileira,
construída pela mobilização de amplos setores da sociedade,
estimularam a emergência de outros setores sociais e políticos,
dentre estes destacam-se as organizações não governamentais
- ONGs - e as
entidades de assessoria - jurídica e técnica - aos
movimentos populares.
É
sobretudo a partir do processo constituinte - 1986/88 - que as
ONGs passaram a ter maior visibilidade política no cenário
público do país.
Segundo
Oliveira neto, as ONGs
“são
associações espontâneas e voluntárias sem fim lucrativos,
não estão subordinadas às autoridades públicas e propõem-se
a melhorar a qualidade de vida dos setores populares
populacionais mais oprimidos”, tendo dois importantes campos
de atuação aquele formado pelas ONGs que se dedicam à
assistência social e as ONGs que se dedicam à defesa de
direitos e à educação popular. “( Oliveira neto, 1991 p.
131 e 135 ).
No
caso específico da Paraíba, as
ONGs relacionadas à luta pela Direitos Humanos
emergiram nos anos 70 nas modalidades de comissões, centros
de defesa e associações. Nesta década destacam-se a criação
do Centro de Defesa dos Direitos Humanos da Arquidiocese da
Paraíba, do Serviço de Paz e Justiça, a Comissão Pastoral
da Terra e a Associação dos Amigos da Natureza.
Na década de 80 por sua vez, aparecem como atores da
luta pelos Direitos Humanos em João Pessoa: O Centro de
Defesa dos Direitos Humanos, Assessoria e Educação Popular,
a Associação Santos Dias, a Sociedade de Assessoria ao
Movimento Popular e Sindical e o Movimento Nacional dos
Meninos e Meninas de Rua. A década de 90 entretanto, marca a
criação dos Conselhos de Cidadania, dentre os quais:
Conselho Estadual de Defesa do Homem e do Cidadão, o Centro
de Defesa da Mulher 8 de Março, o Conselho Estadual de Defesa
da Criança e do Adolescente, o Conselho Municipal de Defesa
da Criança e do Adolescente, o Conselho Estadual de Defesa
dos Direitos da Mulher, o Conselho Municipal de Defesa da
Mulher.
Os
anos 80 do ponto de vista das lutas sociais vivemos a emergência
de novos movimentos sociais centrados em torno do tema
ética e
valorização da vida humana , a exemplo, do Movimento
Nacional de Meninos e Meninas de Rua, o Movimentos dos
Aposentados, Movimento Viva Rio e o crescimento de ONGs, a
ampliação da política de parcerias no âmbito do poder
local.
A
nível nacional o Movimento Nacional de
Direitos Humanos - MNDH surge em 1980 com a necessidade
das entidades de Direitos Humanos
articularem-se na luta em defesa dos presos políticos,
exilados e excluídos sociais.
O MNDH é de âmbito nacional, organiza-se
através de regionais compostas de organizações não-governamentais
com instâncias de direções regionais e nacional.Dentre os
programas básicos do MNDH destacam-se o de formação,
o banco de dados, o
de comunicação entre outros.
3.
ENTIDADE E ÓRGÃOS QUE ATUAM EM DIREITOS HUMANOS
NA PARAÍBA
Segundo
dados de pesquisa do MNDH
realizada em 1991, das 223 entidades e
CDHS vinculadas ao movimento, a região Nordeste
aparece com maior número de filiados - 45. Destes 10 ( dez )
estão em Pernambuco, 09 ( nove )
na Paraíba; 09 ( nove ) no
Piauí; 07 ( sete ) no Rio Grande do Norte, 05 ( cinco
) na Bahia; 04 ( quatro ) no Ceará e 01 ( um ) em Sergipe.
Os
dados revelam também que é nas regiões Sul, Nordeste e
Centro-Oeste que estão localizados os
CDHS com mais de 15 ( quinze ) anos. A pesquisa ainda
apresenta que nos últimos cinco anos foram criados um maior número
de entidade e A CDHS filiados do a MNDH.
O
Movimento Nacional de Direitos Humanos no Estado da Paraíba
está constituído por organizações não-governamentais e órgãos
públicos. Deste participam como filiados: a Sociedade De
Assessoria ao Movimento Popular e Sindical -
SAMOPS; o Centro da Mulher 8 de Março; a
ASDAC; a Comissão de Justiça e Paz de Guarabira; o
Centro de Orientação dos Direitos Humanos de Guarabira; o
Centro de Defesa dos Direitos Humanos/assessoria e Educação
Popular; o Centro de Defesa dos Direitos Humanos João Pedro
Teixeira; o Serviço de Paz e Justiça -
SERPAJ e a Fundação de Defesa dos Direitos Humanos
Margarida Maria Alves e a Comissão dos Direitos do Homem e do
Cidadão - CDHC/UFPB.
Destacamos
em seguida, uma breve trajetória histórica
de estabelecimentos de Direitos Humanos cediados em João
Pessoa.
A)
Centro de Defesa dos Direitos Humanos da Arquidiocese da Paraíba
- CDDH
Primeiro
estabelecimento de defesa dos direitos humanos criado em João
Pessoa em plena vigência da ditadura militar, em 1971.
O
CDDH da Arquidiocese da Paraíba foi o primeiro centro de
Direitos Humanos criado
no estado. Atuou nas questões relativas aos conflitos
de terra - que fervilhavam no Nordeste , assessorando
política e juridicamente aos trabalhadores e posseiros rurais
em suas lutas travadas contra os latifundiários, como também
prestavam assistência jurídica as pessoas que sofriam algum
tipo de violência em seus direitos.
As
articulações com os demais atores sociais se davam
principalmente com: o Movimento Nacional e Regional de
Direitos Humanos, a SAMOPS, o SEAMPO/UFPB, a Cáritas Diocesana e as Pastorais.
O
CDDH financeiramente
manteve-se através de convênios com agências de cooperação
internacional.
Seus
militantes originaram-se dos movimentos de Igreja e do
movimentos populares.
Em
1994 o CDDH foi
extinto dando lugar à Fundação de Defesa do Direitos
Humanos Margarida Maria Alves.
B)
Serviço de Paz e Justiça - SERPAJ
O
núcleo criado em João Pessoa em 1974, constituíu numa
filial do SERPAJ
da América Latina para criação de alternativas de lutas
frente a violência.
Segundo
informações obtida na pesquisa, contribuíram para a criação
do SERPAJ em João
Pessoa, atores intelectuais da Igreja Católica, entre os
quais D. José
Maria Pires, D. Hélder Câmara, D. Antônio Fragoso - e da
Igreja luterana - Pr. Richard Wanger.
Atualmente
o SERPAJ se define como ONG
de assessoria ao movimento popular, cujos eixos de ação são:
a questão ecológica; a educação para os direitos humanos e
a violência policial a nível
nacional e internacional .
O
SERPAJ, em sua trajetória, vem se articulando, a nível
local, com a Comissão Pastoral da Terra, a
SAMOPS, Movimento Sem Terra, a Central dos Movimentos
Populares e a Anistia.
O
SERPAJ financeiramente mantém-se através da venda de
artesanato, serigrafia, subsídios, doações de entidades irmãs,
do SERPAJ da América
Latina e entidades da Europa.
C)
Comissão Pastoral da Terra -
CPT
A
Comissão Pastoral da Terra
- CPT,
criada em 1975 pela Igreja Católica, desenvolve um trabalho
que abrange todo o Estado da Paraíba,
compreendendo pequenos produtores rurais, assalariados da
cana, sindicalistas rurais, trabalhadores rurais sem terra e
os trabalhadores envolvidos nas áreas de conflito de terra.
Constituem-se
áreas de atuação da CPT:
a violência policial, o meio ambiente, o movimento sindical
rural, o movimento popular, a educação, a questão indígena,
tendo como pano de fundo a luta pela conquista e permanência
na terra.
A
CPT vem desenvolvendo atividades de Assessoria jurídica e
organizativa, fóruns, debates, apoio político e financeiro,
nas áreas de conflito de terra, encontros de formação,
reuniões, etc. nesse trabalho conta com a colaboração de
agentes pastorais, advogados e assessores externos (
Universidade, Religiosos e outros ).
As
articulações com os demais atores sociais se dá mais
especificamente com a APAN,
FDDHMMA, Cáritas, Central Única dos Trabalhadores e Partido
dos Trabalhadores.
No
que se refere a estrutura financeira, a
CPT se mantém através de convênios com agências de
cooperação internacional, de doações de religiosos e de
recursos da Arquidiocese da Paraíba.
Os
militantes da CPT
Têm origem nos movimentos de igreja, nos partidos políticos
no movimento sindical e popular.
D)
Associação Paraibana dos Amigos da Natureza -
APAN
A
APAN foi criada em 1978 por militantes de partidos políticos,
de movimentos sindical e popular. É um estabelecimento que
atua especificamente na defesa do direito à vida humana e
ambiental.
Sua
principais demandas são o uso indevido de solo urbano -
especulação imobiliária - nas áreas públicas e litorâneas,
poluição de manguezais - com conseqüente diminuição da
produtividade, desmatamento de áreas de preservação - mata
atlântica, restinga zona costeira, corte de árvores em
logradouros públicos.
Definido-se
como entidade do movimento popular a
APAN desenvolve atividades educativas junto associações de moradores, sindicatos rurais e urbanos,
estudantes de 10 , 20 e 30
graus; atividades de fiscalização em conjunto com os órgãos
fiscalizadores, IBAMA,
SUDEMA e a Curadoria do Meio Ambiente.
Os
principais atores sociais com quem a
APAN se articula são: Rede Nacional em Defesa da Mata
Atlântica, Fórum Nacional de
ONGs, Comissão Pastoral da Terra, União em Defesa da
Baleia, SAMOPS,
ASPAN ( Pernambuco ), Sociedade Nordestina de Ecologia,
CENTRAC, PATAC e o Conselho Estadual de Defesa dos Direitos
Humanos, a quem a APAN
é membro desde sua fundação.
A
APAN se mantém financeiramente com renda própria vinda de
doações de sindicatos, dos membros componentes, dos
consultores - professores de universidade, empresários de
biologia, arquitetos, advogados.
E)
Centro de Defesa dos Direitos Humanos/Assesoria e
Educação Popular -
CDDH/AEP
Constituído
oficialmente em 1980, o CDDH/AEP
surge em decorrência de um desdobramento do Centro de Defesa
dos Direitos Humanos da Arquidiocese da Paraíba.
Segundo
relatório do CDDH/AEP
( 1984 ), a entidade, “reproduziu-se num contexto de
forças política e social brotado das lutas do capesinato,
das manifestações do operário urbano, pretendendo ser um
serviço de apoio e estímulo à classe trabalhadora, às
organizações populares, aos grupos de base e aos setores
interessados na democracia pela justiça social, e na sua
base, pelos direitos humanos,
pela independência social, econômica e política do país, e
da efetiva participação dos trabalhadores e de outros
setores que se conjugam nesse interesse imediato”.
O
público atendido pelo CDDH/AEP
constituía-se de trabalhadores rurais e urbanos, índios,
mulheres, crianças e adolescente e presidiários, sindicatos
rurais e urbanos, não só do estado da Paraíba como de
estado vizinhos como Pernambuco e Rio Grande do Norte.
Dando
ênfase à questão agrária, principalmente às áreas de
conflito de terra, as ações realizadas pelo
CDDH/AEP foram essencialmente de assesssoria jurídica,
educativa e em alguns casos financeiro aos seus usuários.
O
Centro desenvolveu, também, pesquisas,
confeccionou dossiês sobre a violência no campo,
publicou revistas e boletins sobre as temáticas com que
trabalhava.
Priorizando
a defesa aos seus usuários o
CDDH/AEP articulava-se com : a tribo Potiguara, o
Sindicato da Construção Civil, Sindicato dos Têxteis,
Sindicato dos Camareiro, Federação dos Trabalhadores da
Agricultura, Delegacia Regional do
INCRA e FUNAI.
A
contribuição do CDDH/AEP
pela luta dos direitos humanos na Paraíba se encerrou em
1994, com a extinção do órgão.
F)
Associação Santo Dias -
ASD
Tendo
sido criada em 1982 por pessoas do Movimento Popular, da
Pastoral Operária e do Movimento Sindical, a Associação
Santos Dias vem atuando nas áreas de gênero, meio ambiente,
movimento popular, criança e adolescente e
educação para a cidadania.
Através
de seus programas de formação dos trabalhadores, o Coletivo
Feminista Santo Dias - desenvolve atividades essencialmente
educativas junto às mulheres do meio popular, às crianças e
adolescentes e aos pequenos produtores rurais do litoral sul
do estado.
As
principais temáticas com que
trabalha são saúde, alimentações, doenças
sexualmente transmissíveis, sexualidade, prostituição, políticas
públicas e ecologia. Esta última com crianças urbanas e da
zona rural - município de Alhandra -. as quais fazem parte da
“escola natureza”.
A
Associação Santos Dias articula-se com outras entidades
dentre as quais: Coletiva
Feminista, SAMOPS,
AASD, Fraternidade Cristã de Doentes e Deficientes,
Movimento de Promoção da Mulher, Colibris Grupo de
Mulheres de Mangabeira, Grupo de Mulheres do Jardim Veneza,
MNDH - a quem é filiada -, Central Única dos
Trabalhadores e Central
dos Movimentos Populares.
Os
recursos financeiros da ASD
são provenientes de cooperação internacional e de contribuição
dos associados.
G)
Sociedade de Assessoria ao Movimento Popular e sindical -
SAMOPS
Criada
em 1985, a Sociedade de Assesoria ao Movimento Popular e
Sindical - SAMOPS
- ONG filiada ao
Movimento Nacional de Direitos Humanos,
vem desde então, prestando serviços nas áreas de
violência policial, gênero, crianças e adolescente, educação,
índio, movimento popular e sindical, tendo como principais
demandas as de assessoria jurídica, organizacional e
educativo-pedagógica.
Os
atores profissionais da SAMOPS
são originários dos movimento de igreja, partidos políticos,
movimento popular e sindical, os quais têm contribuído para
a operacionalização dos programas do estabelecimento.
O
banco de dados sobre a violência, criminalizada tendo sido
uma das importantes atividades desenvolvidas pela
SAMOPS em parceria com o
MNDH.
No
âmbito do Estado
a SAMOPS tem se articulado com
O Centro da Mulher 8 de Março, a Associação Santo
Dias, a Fundação de D.D.H.
Margarida Maria Alves com as demais ONGs e movimento locais e com o Conselho Estadual de Defesa
dos Direitos do Homem e do Cidadão. No plano regional e
nacional a SAMOPS vincula-se as entidades de Direitos Humanos
e ao Movimento Nacional de Direitos Humanos
A
estrutura financeira da SAMOPS
é proveniente de convênios estabelecidos com agências de
cooperação internacional.
H)
Movimento Nacional de Meninos e Meninas de Rua - MNMMR.
Em
1985 foi criado em João Pessoa o Movimento Nacional de
Meninos e Meninas de Rua - como em várias outras cidades e
estados do país - a partir da articulação de diversas
experiências de educadores de rua, técnicos de
instituições oficiais e agentes sociais engajados em
projetos alternativos de atendimento a meninos e meninas de
rua. Seus principais objetivos são: a defesa dos direitos da
criança e do adolescente, a luta pela implementação do
estatuto da criança e do adolescente, a denuncia de violência
e maus tratos
praticados contra a criança e o adolescente, e organização
política de meninos e meninas, trabalhando dentro desta
organização a convivência familiar e comunitária e o
desenvolvimento da consciência crítica frente a realidade.
Através
dos seus educadores atende os meninos e meninas de rua e
comunidades, desenvolvendo atividades nas áreas de educação,
saúde e violência policial, prioritariamente.
Há,
entre os organizadores e militantes do movimento, uma certa
polêmica quanto à sua natureza. Para uns é um movimento
popular, para outros é uma organização não-governamental.
Do ponto de vista legal é reconhecido com
ONG.
A
nível local o MNMMR
se articula com o Centro da Mulher 8 de Março, a
SAMOPS, o SEAMPO/UFPB,
associações comunitárias, Escola Piolin, Movimento de Promoção
da Mulher, Projeto Beira da Linha, Clube do Menor Trabalhador
e o Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Criança e do
Adolescente.
A
estrutura financeira do movimento provém de convênios que é
repassado pela Coordenação Nacional, de doações, apoio e
articulações.
Seus
militantes são oriundos de movimento de igreja, Movimento
Sindical, Movimento Popular, Movimento Estudantil e Associação
Comunitárias.
I)
Comissão de Direitos Humanos da UFPB
A
Comissão de Direitos Humanos da Universidade Federal da Paraíba,
criada em 1990 pelo Conselho Universitário, tem por
finalidade a realização de estudos e atividades de extensão
na área de promoção e defesa do homem e do cidadão.
São
membros da CDH/UFPB
professores, funcionários e estudantes da Universidade
Federal da Paraíba.
A
CDH/UFPB atua essencialmente na área de educação
desenvolvendo atividades na maioria das vezes, em parceria com
o Conselho Estadual de Defesa dos Direitos do Homem e do Cidadão.
Atualmente, o trabalho realizado pela
CDH/UFPB concentra-se no Campus I - João Pessoa -
Campus II - Campina Grande e Campus VI Sousa. O Público
atendido por esta entidade constitui-se de estudantes de 10
e 20 graus e universitários, policiais
militares e civis e moradores de bairros populares, junto aos
quais tem promovido cursos de extensão sobre direitos
humanos.
Como
membro do CEDDHC,
a CDH/UFPB tem
participado de atividades de acompanhamento e encaminhamento
dos casos de violação dos direitos humanos; levantamento de
problemas sócio-políticos emergentes levantando possíveis
alternativas; campanha pela tipificação da tortura como
crime. A vistorias
em prostíbulos, penitenciárias e manicômios, seminários e
cursos. Além disso a CDH/UFPB
abriu espaço para campo de estágio curricular e de extensão.
Os
estabelecimentos com quem a
CDH/UFPB tem se articulado são: o
CEDDHC, o
Centro da Mulher 8 de Março, a
SAMOPS, o Núcleo de Estudo Sobre Saúde Coletiva/UFPB,
a fundação de DDH
Margarida Maria Alves e o GAJOP/PE. A nível de redes, a
CDH/UFPB está filiada ao MNDH e a Rede Nacional de
Educação em Direitos Humanos.
J)
Centro da Mulher 8 de Março -
CM8M
O
Centro de Mulher 8 de março -
CM8M - nasceu em João Pessoa no ano de 1990 por
iniciativa de ex-integrantes do grupo feminista “Maria
Mulher”. Um dos acontecimentos que impulsionou a criação
deste centro, até, de outros inúmeros casos, foi o
assassinato da estudante universitária Maria Cristina Batista
da Silva - “Cris”.
O
Público atendido pelo a CM8M tem sido mulheres vítimas da
violência domestica e sexual,
como também seus familiares - a quem o Centro presta
serviços de atendimento jurídico no sentido de dar orientação,
informação e acompanhamento dos casos; alunos secundaristas
com os quais desenvolve atividades tais como oficinas,
palestras e cursos sobre as temáticas sexualidade, doenças
sexualmente transmissíveis, relações de gênero, dentre
outros.
Definindo-se
como ONG de defesa dos direitos humanos e de assessoria ao
movimento popular, o CM8M
atua nas áreas de violência policial, saúde, educação,
criança e adolescente - campanha contra o turismo sexual - e
gênero que perpassa todas as prioridades. Tem também
prestado importante serviço no que se refere à denuncias da
impunidade dos suspeitos e acusados de crimes contra a mulher,
divulgando na imprensa o desenrolar dos processos.
O
CM8M tem se articulado com outras entidades como:
SAMOPS, CDH/UFPB, Cunhã, Coletivo Feminista, Movimento
de Promoção da Mulher, sindicatos filiados à Central Única
dos Trabalhadores e o CEDDHC. Movimento de Mulheres
Trabalhadoras Rurais, Rede Latino Americana e do Caribe contra
a Violência Doméstica e Sexual e MNDH - integra-se ainda a
Rede Feminista de Saúde e Direitos Reprodutivos e o Coletivo
Feminista da Associação Santo Dias.
O
Centro tem recebido apoio financeiro de órgãos do Estado - através das Secretarias de Justiça e de Educação
e entidades internacionais.
L)
Conselho Estadual de Defesa dos Diretos do Homem e do Cidadão
- CEDDHC
O
Conselho Estadual de Defesa dos Direitos do Homem e do Cidadão
- CEDDHC foi
criado através da Lei n0 5.551 de 14 de
janeiro de 1992, cuja proposta de criação foi formulada e
enviada à Assembléia Estadual.
Propondo-se
a contribuir com um trabalho fiscalizador e de conscientização
sobre os direitos do homem e do cidadão, o
CEDDHC tem como objetivos:
“promover o respeito aos direitos do homem e do cidadão;
empreender esforços através do ensino, da pesquisa, da educação
e da orientação na formação de políticas públicas, para
assegurar o reconhecimento e a observância efetiva a esses
direitos e garantias, adotando medidas administrativas ou
judiciais que conduzam à sua defesa e proteção”( Lei no
5.551 de 14.01.92, que dispõe sobre a criação do CEDDHC ).
O
CEDDHC é composto por órgãos Públicos Federais -
UFPB, Conselho Regional de Medicina, Conselho Regional
de Economia, Ordem dos advogados do Brasil, Procuradoria da
República da Paraíba; Órgãos Públicos Estaduais - Ministério
Público, Procuradoria da Defensória Pública, Secretaria de
Segurança Pública, Corregedoria Geral do Tribunal de Justiça,
Assembléia Legislativa do Estado, Universidade Estadual da
Paraíba e entidades da sociedade civil - Fundação de DDH
Margarida Alves, Centro de Defesa dos Direitos Humanos João
Pedro Teixeira, Sociedade de Assessoria
ao Movimento Popular e Sindical, Associação Paraibana
de Imprensa e Associação Paraibana dos Amigos da Natureza.
A
forma de atuação do CEDDHC
tem sido permanente, desenvolvendo atividades nas áreas jurídicas,
segurança e
educação junto aos presídios, academias de polícia,
escolas, bairros populares e movimentos sociais, dispondo também
de um serviço de plantão para atendimento de denúncias de
violações dos direitos humanos. Muitas dessas atividades são
desenvolvidas em estreita parceria com os órgãos membros.
O
publico do CEDDHC
é, em potencial, toda e qualquer pessoa do Estado da Paraíba
que tenha seus direitos violados. O conselho funciona através
do Serviço de Atendimento de Denúncias de Violações de
Direitos Humanos, das
comissões permanentes ( prevenção e combate à violência,
acompanhamento ao sistema penitenciário, assuntos econômicos
e sociais e de cidadania),
comissões especiais e a diretoria.
Os
recursos financeiros do CEDDHC
provém de dotação orçamentária do Governo do Estado através
da Secretaria de Segurança Pública e convênios com o Ministério
da Justiça/ Secretaria de Estado dos Direitos
Humanos/Departamento Nacional de Direitos Humanos.
O
CEDDHC tem-se mantido como
um órgão com autonomia política, distinto de outros
conselhos, uma vez que tem
sua direção eleita pelos órgãos membros.
M)
Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Criança e do
Adolescente - CEDCA
Constituído
em 1992 como órgão normativo, deliberativo, controlador e
fiscalizador das ações e políticas de atendimento à infância
e a adolescência, o CEDCA através de suas comissões temáticas,
na gestão 92-94, atuam nas áreas de saúde, educação e jurídico-social.
São
membros componentes do CEDCA
representantes de entidades públicas e privadas como: Clube
do Menor Trabalhador, Associação União da Beira Rio, Federação
Espírita, Centro de Apoio Popular Novo Quilombo, Movimento
Nacional de Meninos e Meninas de Rua, Creche Pequeno Príncipe,
OAB/PB, AMEM, Secretaria de educação, Secretaria do
Trabalho e Ação Social,
FUNDAC, Ministério Público, Defensória Pública
(Curadoria da Infância e da Juventude ), Secretaria da
Cidadania e Justiça, Tribunal de Justiça.
O
CEDCA se articula com os conselhos municipais, Frente e Fórum
das ONGs SANOPS,
CM8M, UNICEF, redes de TV e Radio e MNMNR.
Os
recursos financeiros do CEDCA
são provenientes do Unicef,
CBIA e esporadicamente do Governo do Estado, através
do Fundo Estadual da Criança e do Adolescente.
N)
Anistia Internacional - Grupo 43 - João Pessoa
O
Grupo 43 da Anistia Internacional em João Pessoa foi fundado
em 1993, por um grupo de professores e estudantes universitários
e militante dos direitos humanos, Define-se como entidade de
apoio e de educação para a cidadania.
Sua
atuação é de âmbito estadual, priorizando atividades de
assessoria jurídica e educativa nas áreas de violência
institucional, saúde, gênero, movimento popular, negros,
criança e adolescente, índios. Tem realizado também lobby
parlamentar implementado
campanha pela tipificação da tortura como crime.
Dentre
seus usuários destaca-se presidiários, meninos e meninas de
rua, estudantes de 10 Grau, refugiados de
guerra, estes últimos a nível nacional e internacional.
O
grupo 43 estabelece relações com o MNDH, Fundação de
D.D.H. Margarida Maria Alves,
CEDDHC, CDHC/UFPB, SAMOPS, CDDH João Pedro Teixeira,
Ameríca Watch (
E.U. A ).
O
grupo tem se mantido financeiramente com renda própria,
advinda de contribuições dos sócios e de arrecadações
através de eventos e vendas de material informativo.
O)
Fundação de Defesa dos Direitos Humanos Margarida Maria
Alves
Como
sucessora do CDDH
da arquidiocese da Paraíba a
FDDHMMA foi instituída em 1994 com a finalidade
continuar prestando assessoria jurídica e educativa e pessoas
empobrecidas envolvidas nas questões de conflito de terra
urbana e rural, às vítimas de violência policial aos grupos
e pastoral, que trabalharam com os presidiários ou seus
familiares, ao movimento de moradia, este último em parceria
com a Cáritas Diocesana. Para isto a Fundação vem mantendo
num sistema de plantão visando ao atendimento geral dos
pedidos de informação, com o devido esclarecimento e
acompanhamento quando lhe diz respeito.
A
Fundação é membro integrante do
CEDDHC e como tal vem participando ativa e efetivamente
de suas atividades.
As
articulações que a Fundação tem estabelecidos são com; o
MNDH - a quem é filiada; a
SAMOPS, as pastorais, o SEAMPO,
o Fórum de apoio aos portadores de HIV, o Movimento Pela
Moradia, Movimento de Educação Popular e demais
estabelecimento de Direitos Humanos.
4.
CONSIDERAÇÕES GERAIS
A
Paraíba através das entidades órgãos de direitos humanos
vem acompanhando e até em determinados aspectos, inovando
formas e modalidades de instrumentos de defesa dos direitos
humanos.
A
igreja, a OAB, os
partidos políticos, o movimento popular e sindical e a
Universidade estiveram e estão presentes em todo o processo
histórico da luta dos direitos humanos no Estado, na região
e a nível nacional.
Quanto
ao cadastro institucional, reconhecemos a incompletude deste
trabalho, uma vez que a totalidade das entidades e órgãos de
direitos humanos não foram contemplados, a exemplo da: Comissão
de Direitos Humanos da OAB,
Assembléia Legislativa e a da Câmara Municipal de João
Pessoa, o Conselho Estadual e Municipal de Defesa da Mulher, o
Conselho Municipal de Defesa da Criança e do Adolescente e as
ONGs localizadas no interior do Estado, filiadas ao
MNDM, como: a ASDAC de Patos, a Comissão de Justiça e
Paz de Guarabira, o Centro de Orientação dos Direitos
Humanos de Guarabira, o Centro de Defesa dos Direitos Humanos
João Pedro Teixeira de Campina Grande.
No
bojo geral das entidades pesquisadas, é possível apresentar
um quadro geral sobre a atuação destas na luta em defesa dos
direitos humanos no Estado.
Os
estabelecimentos apresentam um leque de áreas de atuação. São
elas: educação, movimento popular, movimento sindical rural
e urbano, as/de, gênero, meio ambiente, segurança, questão
indígena, crianças e adolescentes, solo urbano, questão agrária
e outras.
Verifica-se
que há uma interrelação entre os estabelecimentos, tendo em
vista que a prática jurídica, política e educativa-cultural
requer uma articulação de forças políticas, sociais,
institucionais e de poderes e práticas populares e
institucionais.
A nível local a
SAMOPS enquanto ONG e o Conselho Estadual de Defesa dos
Direitos do Homem e do Cidadão enquanto órgão público,
constituem-se como articuladores de âmbito local, estadual e
regional. a SAMOPS atua como coordenação de núcleo regional
do MNDH,
articulando entidades nos níveis estadual, regional e
nacional, nas atividades de encontros, campanhas, banco de
dados sobre a violência criminalizada e comissões temáticas
- Reforço Institucional e Terra. Em relação aos conselhos
de defesa criados a partir dos anos 90, ressalte-se a atuação
do Conselho Estadual de Defesa do Homem e do Cidadão que vem
exercendo relevante papel como órgão articulador das ações
de proteção e defesa dos direitos humanos no Estado.
No
que concerne a prática desenvolvida pelas entidades e órgãos
de direitos humanos, ressalta-se a atuação das ONGs com suas
áreas de prioridade e os conselhos de defesa.
Se
na história da luta dos movimentos sociais as
ONGs ocuparam posição de destaque, na luta dos
direitos humanos na Paraíba é preciso reconhecer a atuação
destas, o exemplo, do Centro de Defesa
dos Direitos Humanos da Arquidiocese, o Centro de
Defesa dos Direitos Humanos, Assessoria ao Movimento Popular e
Sindical, a Associação Paraibana de Amigos da Natureza e o
Centro da Mulher 8 de Março.
A demanda de assistência
jurídica e de apoio político caminham juntas com as
necessidades de formação política. Numa sociedade marcada
pela exclusão social, pela negação do direito à educação
e pela cultura clientelística, são demandos aos órgãos de
proteção e defesa, ações
jurídicas e políticas permanentes assim como
ações educativas.
A
ação em direitos humanos ao se situar na proximidade do
limite da relação sociedade civil e Estado, afirma, de modo
marcante, sua dimensão política. São ações que ocupam
distintos espaços institucionais, convivendo com conflitos e
contradições emergentes
e visíveis em
todas as redes sociais. Nesta dinâmica, a correlação de forças
é um dado cotidiano da ação em direitos humanos, demandando
dos profissionais conhecimento e habilidade no exercício do
poder, não havendo, desse
modo, espaço para o artifício da neutralidade.
Por
outro lado, a dimensão interdiscciplinar e a relação entre
a educação informal e informal apresentam-se uma característica
marcante para o processo de formação política e de construção
de uma cultura dos direitos humanos.
De
modo geral, as organizações de direitos humanos acompanham
as histórias das
lutas sociais, com suas conquistas,
avanços e retrocessos. A luta pela promoção e defesa dos
direitos humanos no Estado foi sendo construída historicamente, ora com momentos
exemplares de exercício de democracia, ora com
embates políticos críticos, ora com retrocessos de práticas
de violência e outras. Entretanto é na prática cotidiana
voltada para os problemas concretos
de indivíduos, grupos
sociais e instituições, que a prática
dos atores sociais vai se consolidando, na busca de
construir instituições sociais democráticas em que
os princípios dos direitos humanos sobreponham a
injustiça, a exclusão, o autoritarismo e a violência.
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