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Militantes Brasileiros dos Direitos Humanos
João Baptista Herkenhoff

O operário e o livro

Advogados, médicos, engenheiros, generais, professores, intelectuais de toda ordem ocuparam a Presidência da República ao longo da História do Brasil. Mas coube a um operário, no exercício do mandato de Presidente, sancionar e fazer publicar a lei que pode dar novo vigor ao livro em nosso país, através do estabelecimento de favores fiscais.

Um dos grandes óbices a que se leia mais no Brasil é o preço do livro. Espera-se que as isenções agora concedidas venham baratear seu custo.

A vizinhança afetiva, quase mística, entre o operário e o livro, revelada pelo que disse o Presidente no momento em que sancionava a Lei, lembra-me a cena que considero a mais bela do filme “O carteiro e o poeta”. Trata-se daquele diálogo em que o poeta (Neruda, representado por Philippe Noiret) diz ao carteiro (Mario Ruoppolo, representado por Massimo Troisi) que, na alma dele, carteiro, já ardia a chama da Poesia. Ele, carteiro, era poeta sem o saber.

Pode haver sensibilidade para as coisas da cultura e da poesia em quem não é, por profissão, um intelectual. Justamente por essa razão, um Presidente que não tem curso superior abre a esperança de maior difusão do livro em nosso país, com esta medida já concretizada e com outras, prometidas.

Qualquer pessoa pode obter informações e aprender muito ouvindo rádio e vendo televisão, desde que assuma uma atitude crítica, em face da mensagem rápida desses veículos.

Também a leitura de jornais e revistas é extremamente importante. Um povo não avança, politicamente, se não cultivar o hábito de ler jornais.

Finalmente, a Internet proporciona amplas possibilidades de fazer pesquisas, colher opiniões, ver o mundo.

Não obstante a relevância desses veículos, nenhum deles substitui o livro.
Só o livro permite o mergulho profundo no conhecimento. O livro dialoga, questiona, provoca, desperta vôos. Não se aprende a pensar sem a mediação do livro.

E já que o tema de hoje é livro, quero recomendar dois títulos.

O primeiro é Transparência Refletida, que acaba de ser publicado. Trata-se de uma obra produzida por militantes da Transparência Capixaba. Reúne reflexões políticas, sociológicas, jurídicas, psicológicas sobre o problema da corrupção e as formas de preveni-la e combatê-la.

O segundo é “Cartas do Pai”, escritas por Alceu Amoroso Lima para Maria Teresa, sua filha freira. Nessa correspondência, Alceu, cujo pseudônimo literário era Tristão de Athayde, examina os fatos do dia, do Brasil e do mundo, com aquele olhar de Fé que o caracterizou sempre.

A publicação das “Cartas do Pai” é o resgate da travessia terrena de uma das mais dignas figuras da história contemporânea brasileira. Coerente, intrépido, comprometido com o bem comum, Alceu personificou durante sua vida esse catálogo de virtudes cívicas por cuja prática, na vida cotidiana, e consolidação, na consciência coletiva, lutam, bravamente, os jovens da Transparência Capixaba.

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