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PAULO, O CARDEAL DAS 
LIBERDADES DEMOCRÁTICAS

Entrevistado por: Frei Betto; Maria Auxiliadora de Almeida Cunha Arantes; Revdo. Jaime Wright .

Depoimentos: Rabino Henry I. Sobel , Dom Helder Camara, Alfredo Bosi. 

Durante seus 25 anos à frente da Arquidiocese de São Paulo, Dom Paulo Evaristo Cardeal Arns revelou coragem e coerência na defesa dos direitos humanos em nosso país. Resistindo a pressões de seus adversários e superiores, ele jamais se deixou intimidar. Em todas as horas manteve-se fiel aos seus princípios, obedecendo unicamente à voz de Deus e à voz de sua própria consciência.

Especula-se muito hoje em dia sobre supostos sinais de intolerancia religiosa em nosso país. Talvez existam em algumas igrejas, mas felizmente não na Igreja Católica do Brasil. Uma Igreja que tem o Cardeal Arns como líder religioso jamais poderia ser intolerante. Dom Paulo sempre atribuiu importancia prioritária à união das principais religiões em torno das grandes questões sociais no Brasil. Graças a Dom Paulo, a palavra "diálogo" ocupa lugar de destaque na plataforma da Arquidiocese de São Paulo. Dom Paulo abriu as portas da Arquidiocese a representantes de todos os credos e sempre incentivou seus correligionários a dialogarem com adeptos de outras religiões. Foi por causa de Dom Paulo que a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil criou a Comissão Nacional de Diálogo Religioso Católico-Judaico.

É por causa de Dom Paulo que as relações inter-religiosas no Brasil têm eco internacional.

Devo muito a Dom Paulo. Se dependesse de mim, ele seria nosso arcebispo para sempre. Como não depende de mim, só posso esperar que seu sucessor seja tão amigo quanto ele sempre foi.

Tive o privilégio e, em conseqüência, a grande felicidade de ter tido uma longa convivência com Dom Paulo, não somente nas inúmeras atividades e encontros da CNBB, como em outras oportunidades.

Partilhamos preocupações e desafios pastorais de toda a Igreja. Não tenho a pretensão de dizer coisas novas a respeito de Dom Paulo. Ele é por demais conhecido e reconhecido. Apenas quero salientar dois aspectos de sua personalidade que sempre admirei:

Em primeiro lugar, a sua simplicidade de franciscano, sempre mantida apesar do cargo exercido, principalmente no trato com as pessoas que dele se aproximavam; em segundo lugar, seu zelo de Pastor de uma das maiores Dioceses do Mundo, sempre atento aos problemas urgentes da complexa realidade urbana, corajoso defensor dos direitos da pessoa humana, incansável incentivador da participação dos cristãos leigos na ação pastoral e evangelizadora da Igreja, promotor de um diálogo permanente e respeitoso com os irmãos de outras igrejas e religiões.

Enfim, nosso querido Dom Paulo é um belíssimo testemunho da bondade do Pai. 

D. Paulo - Lucidez e Generosidade

A presença de D. Paulo Evaristo Arns à frente da Arquidiocese de São Paulo nos anos mais sombrios da ditadura foi uma luz no meio do túnel.

A sua ação pastoral, firme e coerente, pode ser examinada de múltiplos pontos de vista. Lembro apenas dois eixos de iniciativas que me parecem definir exemplarmente o papel histórico que D. Paulo representou na história do Brasil contemporâneo:

O primeiro eixo teve como ponto de partida a reação indignada do homem de bem aos arbítrios praticados pela repressão aos presos políticos. São inúmeros e impressionantes os testemunhos de vítimas da violência policial-militar que D. Paulo não só visitou mas amparou com os dispositivos legais que ainda podiam ser alegados naquela fase negra da vida nacional que se seguiu aos Atos Institucionais e que se estendeu até meados da década de 70.

Convencido de que a sua ação precisava de uma equipe de juristas e de militantes em Direitos humanos para ganhar em eficácia, D. Paulo fundou em 1972 a Comissão de lustiça e Paz. Começaram então a propagar-se, no Brasil e no exterior, as suas denúncias de todo tipo de violações dos direitos civis, incluindo as que se cometiam contrá refugiados políticos latino-americanos.

D. Paulo atuou decisivamente na campanha pela Anistia; contra a Lei de Segurança Nacional; por eleições diretas em todos os niveis; pela Reforma Agrária (uma luta que está ainda entre os seus ideais mais caros); enfim, por tudo quanto possa representar a conquista da cidadania.

O outro eixo partiu da sua experiência direta da pobreza urbana, marca funda do nosso subdesenvolvimento e de todos os desequilibrios do capitalismo selvagem. Desde os anos em que trabalhou junto aos favelados do Estado do Rio de Janeiro, D. Paulo adquiriu plena consciência de que não há saida para o pobre e o marginalizado que não passe pela sua participação ativa na luta comum pela superação do seu estado de carência. Participação quer dizer organização em torno de valores e projetos que interessam a todo o grupo. Esse foi o germe que frutificou nas Comunidades Eclesiais de Base que D. Paulo apoiou calorosamente desde a primeira hora.

O Arcebispo de São Paulo foi sempre o pastor dessa imensa e desnorteante periferia que se chama Grande São Paulo, uma das mais desoladas e caóticas metrópoles do mundo. Mas no meio da desordem esquálida criada por um sistema iniquo, o olhar lúcido e generoso de D. Paulo (nota-se que o nome do homem é o nome da sua cidade) soube discernir núcleos vivos em que... fé e militancia se alimentavam mutuamente.

As CEBs são hoje o sinal de que o povo encontra motivos e formas de resistência que escapam aos burocratas da economia darwiniana.

Somos gratos a D. Paulo por tantas lições de inteligência solidária. 

De esperança em esperança

Dom Frei Paulo Evaristo Arns, ofm, quinto Arcebispo e terceiro Cardeal de São Paulo; nasceu em Forquilhinha, Criciúma (SC), em 14 de setembro de 1921. Ingressou na ordem franciscana em 1939. Ordenou-se presbítero a 30 de novembro de 1945 em Petrópolis (RJ). Freqüentou a Sorbonne onde se laureou em Patrística e Línguas Clássicas. Foi professor e mestre dos clérigos. Diretor de revistas e jornalista profissional. Trabalhava como vigário nos subúrbios de Petrópolis, onde era amigo das crianças e dos pobres, quando foi indicado bispo -auxiliar de Dom Agne lo Ross i, no dia 2 de ma io de I966 e sagrado em 3 de julho de 1966. Nomeado arcebispo de São Paulo no dia 22 de outubro de 1970, tomou posse dia 1°de novembro de 1970. Perante o núncio apostólico, 28 bispos e arcebispos, diante do governador e do prefeito e cerca de cinco mil fiéis, diante de sua mãe, Sra Helena Steiner Arns, com 76 anos, e seus 14 irmãos, Dom Paulo fez uma comovente exortação, da qual extraímos:

Venho do meio do povo desta Arquidiocese a que já pertencia, do clero a quem amo e de quem sou irmão, dos religiosos que comigo se esforçam para serem sinal e esperança dos bens que estão para chegar, dos leigos que entendem o serviço aos irmãos como tarefa essencial de sua existência.

Feito cardeal por Paulo Vl no consistório de 5 de março de 1973, com o título de Santo Antonio na Via Tuscolana. Assim que assume a diocese incrementafortemente a participação dos leigos nos passos do Concílio Vaticano 11. Realiza a Operação Periferia, vendendo seu Palácio Episcopal, e assume a destemida defesa dos direitos humanos constantemente violados pela ditadura militar. Torna-se a voz dos sem voz e arouto da justiça social em nossa pátria. Cria novas Regiões Episcopais, realiza amplo plano de pastoral urbana e lança as bases para a ação colegiada na grande metrópole de São Paulo. Nestes 25 anos, D. Paulo cria 43 paróquias e incentiva e apóia o surgimento de mais de 2000 comunidades de base nas periferias da metrópole paulistana, particularmente nas atuais dioceses sufragâneas de São Miguel, Osasco, Campo Limpo e SantoAmaro, além das regiões de Belém e de Brasilândia. É a resposta eficaz e efetiva ao crescimento desordenado, à miséria e à migração constante para a capital de São Paulo. A Arquidiocese fxa planos de pastoral, nos moldes da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), definindo a cada dois anos, e depois a cada quatro anos, objetivos e prioridades pastorais para garantir eficácia e unidade pastoral evangelizadora. Hoje estamos no sétimo plano, válido para os anos de 1995 a 1998. Sempre motivados pelo lema:

De esperança em esperança.

O atual Cardeal escreveu 48 livros e recebeu 61 títulos nacionais e internacionais. 

O que o senhor pretende fazer ao deixar a Arquidiocese de São Paulo? (Frei Betto)

Se Deus me conceder saúde, gostaria de dedicar-me às pessoas idosas, particularmente se forem doentes ou deficientes. Trabalhar por nova legislação e por nova atitude do povo e dos dirigentes com relação à terceira idade.

Hoje o senhor daria seu voto a Presidente da República para Fernando Henrique Cardoso? Por quê? (Frei Betto)

Nunca revelel a quem dei o voto. Mas sempre procurei saber quais os futuros responsáveis pelo Brasil juntamente com o Presidente. Será esta a minha atitude para o futuro.

No decorrer da ditadura militar, com qual dos generais presidentes o senhor teve o pior relacionamento e o melhor? Por quê? (Frei Betto)

O pior, sem dúvida, com o General Médici. E o melhor, com o Presidente Castello Branco. Os motivos são óbvios.

Em termos pastorais, o que considera avanço e dom de Deus nesses anos em que o senhor esteve à frente da Arquidiocese de São Paulo? (Frei Betto)

Considero dom especial de Deus o trabalho dos ministros leigos nos diversos campos, e os duzentos e setenta (270) sacerdotes que tive a graça de ordenar.

Como é a sua oração pessoal? A que horas? Que métodos prefere? (Frei Betto)

Rezo, diariamente e muitas vezes, ao Divino Espirito Santo, sobretudo nas horas de decisões ou de consultas. Para maior e melhor inspiração, prefiro rezar pela Biblia. O ponto alto da oração no entanto é a celebração encaristica diária, inspiração divina e alimento para todas as inicitivas

Durante o Regime Militar (19641979) o senhor ofereceu apoio incondicional aos perseguidos políticos brasileiros. Muitas vidas provavelmente foram preservadas a partir de sua intervenção junto aos governantes. Esta decisão Ihe trouxe "Problemas Políticos" dentro da hierarquia da Igreja Católica Apostólica Romana? (Maria Auxiliadora de Almeida Cunha Arantes)

Da parte de Roma, nenhum problema. Da parte de colegas Bispos e Padres, algumas demonstrações de insatisfação.

O Vaticano exerceu algum tipo de restrição às suas atividades como Protetor e Defensor dos refugiados políticos vindos de inúmeros países latino-americanos - especialmente da Argentina, do Uruguai e do Chile? (Maria Auxiliadora)

Da parte do Papa Paulo Vl recebi incentivos, diversas vezes, em entrevista pessoal e até em público, na Praça de São Pedro, nos anos de 1975 e 1976. Da parte da hierarquia da Argentina recebi reclamações, algumas até insistentes.

O senhor recebeu, por parte dos militantes políticos que ajudou durante o regime militar, manifestações de agradecimento, após a saída da prisão ou retorno do exílio? (Maria Auxiliadora)

Da parte de muito poucos. Mas, foi exatamente o que eu esperava. Eles haviam sofrido demais!

O senhor em algum momento se sentiu ameaçado fisicamente em função das suas posições de crítica à violência militar e policial? (Maria Auxiliadora)

Sim. Por telefonemas que poderiam amedrontar e sobretudo por cartas que estabeleciam datas para minha execução. Uma vez só, ouvi terem preparado "acidente", no Rio deJaneiro. Quem m'o confidenciou foi um coronel do Exército, hoje falecido. Também fui avisado, por um emissário que se dizia porta-voz do governo, que não seria nomeado Cardeal (1973), caso continuasse a preocupar-me com os desmandos do governo militar. Respondi, até com satisfação, que tal advertência me agradava, porque de fato eu nãi aspirava a tal honraria...

O senhor já escreveu ou pensa em escrever um livro de memórias, o que seria muitíssimo bem-vindo para os que acompanham sua vida? Se o fez ou está realizando, poderia adiantar alguns trechos para esta entrevista homenagem? (Maria Auxiliadora)

Possuo bom arquivo e um certo número de anotações pessoais sobre os acontecimentos da era militar em São Paulo e no Pais. Não penso em publicá-las. Por isso também agora não gostaria de adiantar coisa alguma.

Em relação às leis que regem a vida sacerdotal - qual sua opinião sobre os votos de obediência, de castidade e de pobreza, ainda vigentes? (Maria Auxiliadora)

Penso que o essencial seja seguir os conselhos todos do Evangelho e não apenas alguns, por mais importantes que sejam.

Em relação ao celibato dos padres e das freiras - o senhor considera que há possibilidade de revisão desta exigência, a curto prazo? (Maria Auxiliadora)

Não penso que haja mudança radical em legislação que vem de tão longa data. Entretanto gostaria que jamais alguém ingressasse constrangido na vida religiosa.

Em relação à campanha de prevenção da AIDS proposta pelo Ministério da Saúde, por que os padres têm realizado criticas? O senhor partilha da opinião de que a AIDS é um problema de saúde e por isso mesmo é uma matéria para médicos e não para a Igreja ou padres se manifestarem, contra? (Maria Auxiliadora)

O corpo e o espirito formam unidade. Gostaria, pois, que os médicos e os padres se entendessem para assim evitar grandes sofrimentos e aliviar, depois de prevenir, doenças traiçoeiras como esta.

Uma das primeiras atividades em conjunto que tivemos foi o lançamento público da edição ecumênica da Declaração Universal dos Direitos Humanos, em 1973, na antiga Cúria, em plena ditadura. Estamos às vésperas da celebração do cinqüentenário da Declaração. Qual a prioridade que os "direitos humanos" tiveram na missão da Igreja em São Paulo e quais seriam os direitos ausentes em 1948 que precisariam ser acrescentados hoje? (Revd. Jaime Wright)

A prioridade para os direitos humanos foi absoluta a partir do momento em que sua violação se tornou cotidiana e desumana. Podemos verificá-lo a partir de novembro de 1969.

Direitos ausentes: os sociais, os- politicos, os universais mas também alguns direitos ernergentes, como o direito à privacidade, a imagem e outros.

A Declaração Universal dos Direitos Humanos, edição ecumênica, foi o primeiro projeto concreto da recém-criada Coordenadoria Ecumênica de Serviço (CESE), formada em 1973 pela CNBB e as Igrejas-membro do Conselho Mundial de Igrejas (Episcopal, Luterana, Metodista e Presbiteriana). Esta foi a primeira vez em que a Igreja Católica se uniu a Igrejas Evangélicas tradicionais para a formação de uma entidade ecumênica a nível nacional. A Igreja Católica ousou, mais tarde, participar também na organização do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (CONIC). Qual o valor prático das Igrejas se envolverem interconfessionalmente? O que faz a Igreja de São Paulo nesse sentido? (Revdo. Jaime Wright)

O valor prático da união interconfessional me parece incalculável e benéfico a todos os cristãos, só que ela deve avançar com dinamismo sempre novo e aceitável também ao povo, e não só aos dirigentes.

A Igreja de São Paulo procura participar nos três nlveis aceitos pelo ecumenismo:

a) ter em alto conceito os nossos irmãos na fé; b) criar sempre novas oportunidades para trabalhos comuns, como aconteceu no lançamento ousado do livro "Brasil Nunca Mais"; c) promover com mais insistência e eficácia orações, festas e outras iniciativas religiosas e sociais.

Estivemos juntos em Fortaleza para a posse do novo Arcebispo, D. Aloísio Lorscheider, em 1976, e jantamos na casa dele, na companhia de outros Cardeais e Arcebispos. Perguntado, dei meu testemunho sobre o milagre que estava acontecendo ainda durante o espaço da nossa vida: a transformação da Igreja Católica, lembrando o boicote ordenado pelo Bispo de Lajes contra o meu pai, no Vale do Rio do Peixe, na minha infancia nenhum negociante de Joaçaba/Herval d'Oeste poderia vender coisa alguma para o Pastor protestante e sua família. Isso nos idos dos anos trinta. Os tempos de antagonismos religiosos parecem estar retornando, com o advento de grupos neopentecostais. Como é que a Igreja Católica encara movimentos como a Igreja Universal do Reino de Deus, que fazem do anticatolicismo um ponto-de-partida para o proselitismo? (Revdo. Jaime)

As lutas religiosas me parecem inevitáveis para os fanáticos. Mas, para as pessoas de bom senso, devem ser consideradas manchas horrorosas de nossa história comum. Ter convicções é sinal de personalidade e caráter. Combater as convicções dos outros me parece alienação e falta grave contra os direitos humanos, e por isso contra a consciência da humanidade toda. A única ocasião em que se deve esperar alguma medida externa é na ocorrência de violações à integridade das pessoas ou de grupos humanos.

Ainda hoje (27/09/95) recebi uma carta do exterior que havia sido enviada aos seus cuidados, no endereço da Avenida Higienópolis. O inverso também já aconteceu, várias vezes. A carta foi enviada por pessoa que não conheço mas que conhece lá fora o trabalho que realizamos juntos na Arquidiocese de São Paulo, pois juntos estivemos em Santiago, em Genebra, em Dubuque, e Ihe representei em vários lugares, inclusive em Lisboa, num encontro mundial sobre a paz na América Central. O anos de trabalho dentro da Igreja Católica foram preciosissimos para mim. Daí sonhar: Com tantos desafios ao redor de nós, no limiar do 3º milênio, e o escandalo contínuo que as nossas divisões produzem na sociedade, que esperanças existem para que as Igrejas unam suas forças, criando novas formas de ministérios que ajudem a eliminar as diferenças sectárias? (Revdo. Jaime)

O ecumenismo bem entendido me parece dinamico e irreversivel. Os progressos dependem, em grande parte, dos dirigentes como o Revdo. laime Wright e o ex-Secretário do Conselho Mundial de Igrejas Phillip Poter, mas também de um João XXIII e Paulo Vl. Espero, confio, rezo e peço que todos orem para que este tempo de união afaste o perigo de seitas e de novas divisões.

Na semana passada eu Ihe enviei as páginas 1039, 1040, 1041 e 1042 de recortes dos principais jornais e revistas que publicaram alguma coisa referente ao projeto "Brasil: Nunca Mais", desde 1985. Quase não passa semana sem que não apareça algum item a esse respeito. Dado o fato de que o projeto "Brasil: Nunca Mais" é, inegavelmente, um dos destaques durante o seu Arcebispado, cujo sucesso deveu-se em grande parte à tranqulidade do "guarda-chuva" que nos foi proporcionado pelo seu nome, vale a pena registrar o seu testemunho sobre aspectos ecumêmicos do projeto, e o que resta fazer para que aquelas barbaridades não aconteçam nunca mais no Brasil. (Revdo. Jaime)

Meu testemunho sobre a ação conjunta do Secretário do Conselho Mundial de Igrejas e de personalidades de grande destaque na Igreja Presbiteriana foi absolutamente imprescindivel para a confecção do gigantesco trabalho que resultou para o público no livro "Nunca Mais".

Não recebi de nenhum lugar tanto incentivo quanto da pessoa do Revdo. Jaime Wright e dos seus amigos e protetores em Genebra. O conteúdo do "Brasil Nunca Mais" quis ser evangélico, ecumênico, justo e solidário. 

 

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