Artigo
Quinto
Ninguém será
torturado ou maltratado com crueldade.

Textos Bíblicos
Não
oprimas a teu irmão. (Lv 25,14)
Também soldados lhe perguntaram: e nós o que faremos? E ele
lhes disse: A ninguém maltrateis, não deis denúncia falsa. |
Se um ladrão ou um salteador é apanhado
e nega aquilode que o acusam, afirmais entre vós que o juiz deve
quebrar-lhe a cabeça a pancadas e atravessar-lhe as ilhargas com pontas
de ferro, até que ele confesse a verdade. Isso não admite nem a lei
divina nem a humana. A confissão não deve ser forçada, mas espontânea.
Não deve ser extorquida, mas voluntária. Se acontece, enfim, que
depois de Ter infligido tais penas, não descobris nada daquilo de que
culpais o acusado, não tereis vergonha ao menos nesse momento e não
reconhecereis quão ímpio foi o vosso juízo? Do mesmo modo, se o
culpado, não podendo suportar tais torturas, confessa crimes que não
cometeu, quem, pergunto eu, fica com a responsabilidade de tal impiedade
senão quem o constrangeu a essa confissão mentirosa? Mais. Todo mundo
sabe que se alguém diz com a boca o que não tem no espírito, não
confessa, fala. Abandonai tal procedimento. Amaldiçoai do fundo do coração
o que tivestes a loucura de praticar até agora. (Nicolau I, Papa,
Responsa ad consulta Bulgarorum, Ano 866).
Dadas a trágicas dimensões da tortura
em nosso mundo, instamos as igrejas a usarem este ano do trigésimo
aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos como ocasião
especial para tornarem públicas a prática, a cumplicidade, e a propensão
à tortura existentes em nossas nações. A tortura é epidêmica, é
gerada no escuro, no silêncio. Conclamamos as igrejas a desmascararem a
sua existência abertamente, a quebrarem o silêncio, a revelarem as
pessoas e as estruturas de nossas sociedades responsáveis por estas
violações dos direitos humanos que são os mais desumanizantes.
(Declaração do Comitê Central do Conselho Mundial de Igrejas,
Genebra, 1997).
SI 119,134 - Pv 3,21: 14,31 - Mt 5,38 - Hb 3,8. |
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