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O Báb
- A palavra Báb
em árabe significa Porta.
O Báb foi a porta para um novo Reino - o
Reino de Deus na Terra.
O Báb era ainda bem jovem quando revelou aos outros a Mensagem que
Deus lhe dera. Tinha apenas 25 anos de idade. Uma bela cidade no sul
do Irã, chamada Shiraz, foi o lugar de Seu nascimento.
- As pessoas no Irã
eram muçulmanas, e por isso ele recebeu um nome muito comum naquele
país - Ali Muhammad. O Báb descendia do próprio Maomé.
- O pai do Báb faleceu
logo após seu nascimento. Um tio, o irmão de Sua mãe, criou-o.
Quando criança foi enviado para um mestre, que lhe ensinou o
Alcorão e as matérias elementares. Porém, desde a infância o
Báb foi diferente das outras crianças.
- Estava sempre fazendo
perguntas difíceis de serem respondidas, dando Ele mesmo as
respostas, o que deixava boquiabertas as pessoas mais velhas.
Freqüentemente, enquanto as outras crianças brincavam ele se
dedicava às orações, sentado à sombra de uma árvore ou em outro
lugar silencioso.
- Mais tarde, quando o
Báb revelou Sua realidade como um Manifestante de Deus, tanto Seu
tio como Seu mestre n’Ele acreditaram porque tinham-no conhecido
desde a infância e visto a diferença entre Ele e as outras
crianças. Seu tio até faleceu como um mártir da Causa de Deus
revelada através de seu sobrinho, o Báb.
- Antes do Báb declarar
Sua Missão como um Mensageiro de Deus, existiram dois famosos
mestres os quais disseram que, conforme previsto no Alcorão e nas
tradições sagradas, o Prometido do Islã logo iria aparecer. Esses
dois mestres foram Shaikh Ahmad e seu principal discípulo Siyyid
Kasim. Em virtude de terem sido eles dois homens santos e muito
instruídos, muitas pessoas acreditaram no que disseram e se
prepararam para receber o Prometido.
- Quando Siyyid Kasim
faleceu, seus discípulos espalharam-se por diferentes lugares em
busca do Prometido. Alguns deles, dirigidos por um jovem piedoso e
muito culto, chamado Mullá Husayn, ficaram meditando, orando e
jejuando durante quarenta dias, e então partiram para Shiraz.
- Suas preces foram
atendidas. Próximo ao portão de entrada de Shiraz. Mullá Husayn
encontrou um jovem radiante de alegria que tinha vindo recebê-lo.
Esse jovem não era outro senão o próprio Báb.
- Convidou Mullá Husayn
para ir à sua casa e lá, em de 23 de maio de 1844, o Báb declarou
ser o Prometido.
- Mullá Husayn sentira
seu coração atraído para o Báb desde o primeiro minuto em que
seus olhos O viram à entrada da cidade.
- Mas agora, quando Seu
hospedeiro fizera tão grande revelação, Mullá Husayn pediu-lhe
alguma prova pela qual pudesse conhecê-lo como sendo mesmo o
Prometido.
- O Báb disse que
nenhuma prova seria superior aos versos divinos revelados por um
Manifestante de Deus. E então, tomando de Sua pena e papel,
escreveu Seu primeiro texto sagrado. Embora não tivesse
freqüentado escola, exceto por um breve período na infância, o
Báb, como todos os outros Manifestantes de Deus, estava dotado de
um profundo conhecimento inédito, que era uma dádiva do Criador.
- Escreveu com grande
velocidade e enquanto escrevia cantava os versos com voz suave e
celestial. Mullá Husayn não desejou mais nenhuma prova. Com
lágrimas nos olhos, prostrou-se aos pés do Manifestante de Deus.
- Mullá Husayn foi o
primeiro discípulo do Báb, que lhe deu o título de Bábu’l-Báb,
que significa a porta da Porta. Aquela noite marcou o início de uma
nova era.
- O calendário bahá’í
começa naquele ano, 1844.
- Não demorou para que
outras pessoas também acreditassem no Báb. Alguns encontraram-no
pessoalmente, outros leram Seus escritos sagrados, enquanto ainda
outros, reconheceram-no através de sonhos e visões que tiveram
sobre Ele.
- O Manifestante de Deus
é como o sol. Quando o sol se levanta todo o mundo o enxerga, menos
aqueles que estão profundamente adormecidos. Mesmo os que dormem,
mais cedo ou mais tarde, vêm a saber que o sol está brilhando.
- A Mensagem do Báb foi
dada primeiramente ao povo do Irã. Mas os mulçumanos de outros
países não sabiam que o Seu Prometido já viera. Portanto, quando
milhares de mulçumanos, de todos os países, se reuniram em Meca em
peregrinação, o Báb viajou para esse lugar sagrado do Islã, a
fim de dizer a todos que o objeto de sua adoração já se
encontrava entre eles, que Ele, o Báb, era o Prometido.
- Ninguém lhe deu
ouvidos mas o Báb completou Sua declaração, fazendo-a
publicamente naquele centro de Fé muçulmana.
- Quando retornava à
Sua cidade natal, encontrou um grupo de soldados que vinha
prendê-lo, pois os fanáticos mullás (padres muçulmanos) não
queriam que Sua Fé se espalhasse. Esses mullás fizeram de tudo
para extinguir a luz de Deus que ardia no coração do Báb.
- Daquele dia em diante
o Báb passou por incontáveis dificuldades: Sua vida, após a
Declaração, curta mas brilhantes, foi vivida em sua maior parte
nas prisões. O Báb esteve encarcerado em terríveis prisões,
construídas nas montanhas onde fazia frio e em cuja região viviam
poucas pessoas. Mas as correntes ou as prisões não puderam impedir
que o Chamado de Deus se espalhasse.
- Enquanto o Báb
encontrava-se preso, Seus fiéis seguidores levaram Sua mensagem
para todos os cantos do país e durante um curto período de tempo
milhares de pessoas deram suas vidas por Sua Sagrada Causa.
- O Báb era ainda
jovem, com apenas 31 anos de idade, quando decidiram matá-lo.
- Ele sabia que seria
martirizado no caminho de Deus. Mas sentia-se feliz em sacrificar
Sua vida para que se voltassem para Deus e buscassem seu reino de
eternidade.
- O dia do martírio do
Báb foi 9 de julho de 1850.
- Na manhã daquele dia,
o guarda encarregado de levá-lo para ser executado foi falar com
Ele na prisão. O Báb estava conversando com um de Seus
discípulos, que escrevia Suas últimas instruções. O guarda lhe
disse que chegara a hora e que os soldados estavam prontos, na
praça central da cidade, aguardando ordens para a execução.
- O Báb lhe disse que
tinha de concluir Sua conversa com Seu discípulo antes de ser
fuzilado. O guarda riu e disse que um prisioneiro não podia fazer o
que bem entendesse. Disse-lhe o Báb que poder nenhum na Terra podia
impedir que Ele terminasse Sua missão neste mundo e que iria
terminar o que tinha de dizer ao Seu discípulo.
- O guarda levou-O para
a praça de execução. No caminho, um de seus discípulos, de nome
Muhammad Alí Zunuzi, avançou da multidão jogando-se aos pés de
seu amado mestre, implorando para ser executado com Ele. O guarda
tentou afastá-lo, mas Muhammad Alí Zunuzi tanto implorou que lhe
foi permitido morrer em companhia do Báb.
- Na praça onde os
soldados estavam esperando para desfecharem a carga fatal, uma
grande multidão se reunira para assistir ao fuzilamento do Báb.
Todos olhavam enquanto o Báb e Seu discípulo eram amarrados de tal
maneira que a cabeça do discípulo repousava no peito do Bem-Amado.
- Chegou o grande
momento. Os tambores ecoaram, soaram os clarins, e quando estes sons
diminuíram ouviu-se a voz do comando dizer "Fogo!"
- Centenas de soldados
puxaram os gatilhos. Espessa nuvem de fumaça cobriu toda a praça.
O cheiro de pólvora era bem forte no ar. Assim que a fumaça foi
desaparecendo, uma grande surpresa tomou contas de todos.
- Não havia sequer um
traço do Báb. E seu discípulo estava de pé, desamarrado e ileso.
Ninguém sabia o que pensar. Muitos disseram ter ocorrido um milagre
e que o Báb desaparecera par o céu, o pelotão de fuzilamento
jamais presenciara coisa igual. Guardas foram enviados em várias
direções, em busca do Báb. O mesmo guarda que trouxera o Báb da
prisão voltou para lá e O encontrou sentado calmamente, concluindo
Sua palestra com Seu discípulo, a qual havia sido tão rudemente
interrompida, o Báb voltou-se para o guarda e, sorrindo, lhe disse
que a Sua Missão na terra agora havia terminado e que estava pronto
para sacrificar Sua vida para provar a veracidade de Sua missão.
- Mais uma vez foi
levado para a praça, onde o comandante do pelotão de fuzilamento
recusou-se a executá-lo novamente. Retirou seus soldados e jurou
que nada faria tentar tirar outra vez a vida daquele inocente e
santo jovem. Outro regimento foi solicitado para levar a cabo
execução e desta vez centenas de balas retalharam os corpos do
Báb e de Seu devotado discípulo.
- Sua divina face,
porém, ficou intacta, sem ser atingida por nenhum tiro, e mostrava
um leve sorriso de paz e felicidade, de alguém que havia dado Sua
vida para proclamar o início de uma nova era para a humanidade.
- O Báb foi um grande
Manifestante de Deus. Em todos os Seus escritos disse que a
finalidade de Sua vinda fora trazer as boas-novas de que em breve o
Prometido de todos os tempos iria aparecer.
- Advertiu aos Seus
seguidores para ficarem atentos, a fim de reconhecerem "Aquele
que Deus tornaria, manifesto".
- Disse que deviam
deixar todas as coisas de lado e seguir o Prometido, tão logo
ouvissem Sua Mensagem. O Báb escreveu inúmeras orações
implorando a Deus para que a Sua própria vida pudesse ser aceita
como um sacrifício ao Bem-Amado de Seu coração, "Aquele a
quem Deus tornaria manifesto".
- Ele próprio
referiu-se em Suas Escrituras à Ordem de Bahá’u’lláh e disse
"feliz daquele que seguir a Bahá’u’lláh."
- As preces do Báb
foram atendidas e Sua promessa foi cumprida. Dezenove anos mais
tarde Bahá’u’lláh declarou publicamente ser Ele o Prometido
cuja vinda tinha sido anunciada por todos os Manifestantes de Deus
em eras passadas.
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