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RELATÓRIO ATUALIZADO DO CASO GILSON/GRUPO DE EXTERMÍNIO

Dia 14.04.97

A MORTE DO ADVOGADO GILSON NOGUEIRA
E SEUS DESDOBRAMENTOS

1. Retomadas das investigações sobre o grupo de extermínio
O assassinato do advogado do Centro de Direitos Humanos e Memória Popular (CDHMP) de Natal, Rio Grande do Norte, Francisco Gilson Nogueira de Carvalho, e que teve como consequência direta o afastamento do Secretário-Adjunto da Secretaria de Segurança Pública do RN, Delegado Maurílio Pinto de Medeiros, principal suspeito de envolvimento com grupos de extermínio, provocou a retomada das investigações sobre os crimes da Polícia Civil potiguar.
A Procuradoria Geral de Justiça, através da Portaria no. 068/97-PrJ, designou a nomeação de Procuradores e Promotores de Justiça para investigar ou proceder quaisquer atos e ofícios que digam respeito à prática de violações dos direitos humanos por Policiais no RN.

2. O assassinato do advogado militante - os fatos
Gilson Nogueira foi brutalmente chacinado na entrada de sua residência, na madrugada do dia 20 de outubro de 1996, aproximadamente às 12:20, no município de Macaíba, região metropolitana de Natal, Rio Grande do Norte, por 03 (três) homens, que detonaram cerca de 17 (dezessete) tiros de fuzil, dos quais 03 (três) o atingiram, sendo um fatal, na região da cabeça da vítima. Segundo a testemunha que o acompanhava, M.V., adolescente com 17 anos de idade, os três assassinos o aguardavam em um automovel Gol, de cor vermelha. Inicialmente, o ofuscaram com luz alta. Quando, numa tentativa desesperada de fuga, o advogado Gilson Nogueira engatou a marcha-ré do seu carro, foi mortalmente atingido na fronte esquerda por um dos varios tiros disparados em sua direção. Nogueira era advogado de diversas vítimas de violência Policial (principalmente da Chacina de Mãe Luiza) e assistente do Ministérior Público nos processos que apontam a existência de um grupo de extermínio no interior da Polícia Civil do Estado do RN, comandado pelo então Secretário-Adjunto da Secretaria de Segurança Pública.
Gilson Nogueira tinha apenas 32 anos, mas sua morte, não obstante tenha chocado a todos pela violência com que foi perpetrada, não se constituiu propriamente em nenhuma surpresa. Todos os que o conheciam sabiam que ele seria assassinado. Ele próprio sabia que teria morte violenta. Todas as autoridades - estaduais e federais - que vieram a ter conhecimento da sua atuação como advogado das familias das vitimas dos "Policiais Meninos de Ouro" tinham consciência da sua morte tão anunciada. Eram tão graves as ameaças que sofria, que chegou a contar, juntamente com Luiz Gonzaga Dantas, também do CDHMP, com segurança promovida por Policiais federais, por um período de 09 (nove) meses. Entretanto, esta segurança foi abruptamente suspensa por ordem do Ministério da Justiça, sem maiores esclarecimentos, no mês de junho de 1996.

3. O envolvimento dos Policiais civis - os Meninos de Ouro
Conhecido como o Fleury potiguar, o Delegado Maurílio Pinto de Medeiros permaneceu firme em seu cargo até outubro de 96, sucedendo a diversos Secretários de Segurança e a vários governos, durante os últimos vinte anos. Credor de favores inconfessáveis a todas as oligarquias políticas do estado, Maurílio ainda conta com a proteção e o favor de deputados, empresários e governantes, enquanto encobre os grandes criminosos e executa os pequenos que se rebelam contra a extorsão institucional patrocinada por ser grupo.
Violento, cruel e impune, o delegado defendeu várias vezes publicamente seus métodos: tortura para extrair confissões e execução sem piedade dos fugitivos. Maurílio tinha sob seu comando um grupo de elite denominado Meninos de Ouro, formado por agentes Policiais civis e também por funcionári permanecido surdo às denúncias das vítimas da violência Policial, o que o levou a afastar o Delegado Maurílio de suas funções.
E o fato mais importante: o Ministério Público Estadual, que havia abandonado as investigações em virtude das constantes ameaças telefônicas, falta de condições de trabalhos e intimidação de testemunhas, está tentando, lentamente retomar o seu trabalho. Maurílio permanece afastado de suas funções, e pelas avaliacões e entendimentos por parte dos que acompanham o caso Gilson Nogueira, inclusive o Governo Estadual, esse afastamento é quase que definitivo.

4. A lista dos marcados para morrer e a saida de Maurílio Pinto
O advogado, no entanto, foi apenas o primeiro nome de uma lista de pessoas marcadas para morrer. A informação foi recolhida na colônia penal João Chaves pelo deputado federal Hélio Bicudo, presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Federal e coordenador da comitiva de parlamentares que acompanha as investigações iniciadas pela Polícia Federal. A lista, segundo o deputado, seria formada pelos principais denunciantes da existência de um grupo de extermínio no interior da polícia civil potiguar, incluindo, além de outros militantes locais dos direitos humanos, os seis integrantes do Ministério Público Estadual: Emanuel Cristovão de Oliveira Cavalcanti (Procurador Geral de Justiça), José Maria Alves (Procurador de Justiça), Fernando Batista Vasconcelos (promotor), Anísio Marinho Neto (Promotor), Paulo Leão Dantas (Promotor), Luís Lopes de Oliveira Filho (Promotor) e José Augusto Perez (Promotor).
Além dos promotores e procuradores envolvidos, na lista dos "marcados para morrer" constam os nomes do delegado Plácido de Medeiros e dos militantes Roberto de Oliveira Monte (Coordenador do Centro de Direitos Humanos de Memória Popular - CDHMP) e Luiz Gonzaga Dantas (ativista dos Direitos Humanos, também integrante do CDHMP). Essas denúncias de ameaças de morte desencadeou um movimento internacional coordenado pela Anistia Internacional, que enviou mensagens de apoio e solidariedade aos ameaçados, por mais de 70 países, inclusive Embaixadas , organizações governamentais e ativistas de direitos humanos de todo o mundo.
O deputado Hélio Bicudo disse ainda que o próprio Procurador Geral de Justiça, Emanuel Cristovão Cavalcanti, confirmou a denúncia do detento, uma vez que reconheceu que as investigações do Ministério Público Estadual foram paralisadas através de ameaças telefônicas anônimas, e que a permanência do Delegado-Adjunto da Secretaria de Segurança Pública no cargo, intimida tanto às testemunhas, como aos procuradores. O detento denunciante, que permanece no anonimato por motivo de segurança, afirma que já sabia que Gilson Nogueira seria morto desde a quinta-feira retrasada anterior ao crime. Ele já prestou depoimento para a PF e está sob a proteção do delegado federal Gilson Campos.
Natal não recebeu bem o afastamento de Maurílio Pinto. Grande parte da imprensa local, os deputados estaduais e setores significativos das elites potiguares se sentiram ameaçados pela pressão desencadeada pela morte de Gilson Nogueira. Esses setores da imprensa potiguar debitam as denúncias dos direitos humanos como uma desavença pessoal, se negando a ver o assunto do ponto de vista institucional, como uma investigação do Ministério Público sobre a Polícia Civil. Na Assembléia Legislativa, houveram vários desagravos favoráveis a Maurílio Pinto, festejado como "o melhor Policial do Rio Grande do Norte". De uma forma geral, espera-se que o assunto caia novamente no esquecimento, quando novas ameaças e agressões tentaram calar as denúncias contra a violência Policial. Vários substitutos de Maurílio Pinto no cargo, sempre declararam na imprensa que "não vão mudar nada. Ficam até a volta de Maurílio". O Diário Oficial do dia 04 de março de 1997 publicou o afastamento definitivo do Delegado Maurílio Pinto de Medeiros, como também , para seu lugar, a indicação do Delegado de carreira e ex-presidente da Associação dos Delegados, Dr. Manoel Alves.

5. Os fatos mais recentes
5.1. Dia 21/10/96 - É nomeado o Delegado Federal Gilson José Ribeiro Campos, diretor da Divisão de Crimes contra os Direitos Humanos, para investigar o assassinato do advogado Gilson Nogueira.
5.2. Dia 27/10/96 - O Programa de televisão Fantástico da Rede Globo de Televisão faz ampla reportagem sobre o caso Gilson Nogueira.
5.3. Dia 28/10/96 - Chega a Natal a Comissão Externa da Câmara Federal, coordenada pelo Deputado Federal Hélio Bicudo, com objetivo de acompanhar os casos de violação contra os direitos humanos no RN.
5.4. Dia 29/10/96 - O Policial Jorge Luiz Fernandes, o Jorge Abafador, um dos principais acusados na Chacina de Mãe Luiza e em outros processos, é acusado de estar fora da prisão nos dias que antecederam a morte de Gilson. A Comissão Externa da Câmara Federal realiza audiencia publica sobre a situação dos direitos humanos no RN.
5.5. Dia 31.10.96 - Ministro da Justiça, Nelson Jobim, chega a Natal e recebe dossier do CDHMP/MNDH com mais de 300 páginas sobre o caso Gilson Nogueira.
5.6. Dia 01.11.96 - O Delegado Maurílio Pinto de Medeiros, acusado de comandar um grupo de extermínio no RN, é afastado do cargo. É autorizada a volta da segurança de vida para o membro do CDHMP, Luiz Gonzaga Dantas, pela Polícia Federal.
5.7. Dia 05.11.96 - Movimento Nacional de Direitos Humanos e Câmara Federal entregam à Polícia Federal denúncias contra a Polícia Civil. 5.8. Dia 08.11.96 - Polícia dissolve a equipe dos Meninos de Ouro.
5.9. Dia 11.11.96 - Comandante do Corpo de Bombeiros (local onde esta preso Jorge Abafador) admite: "guarda pode ter sido burlada e Jorge Abafador ter saído no dia da morte de Gilson Nogueira".
5.10. Dia 14.11.96 - Saída de Jorge Abafador está sendo investigada pela Polícia Federal.
5.11. Dia 09.11.96 - O Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana, vinculado ao Ministerio da Justica, cria Comissão Especial para "proceder um levantamento da situação de violência no Estado do RN".
5.12. Dia 18.12.96 - Jorge Abafador é transferido da prisão sem ordem judicial. O Comandante da Polícia Militar do RN, Cel. Arthur Mesquita Neto, determinou a transferência sem ouvir o Juiz.
5.13. Dia 19.12.96 - Comissão da OEA solicita do governo brasileiro medidas cautelares para proteção de vida e integridade física de sete promotores, um delegado e dois ativistas dos Direitos Humanos que acompanham os casos Chacina de Mãe Luiza e Gilson Nogueira.
5.14. Dia 29.01.97 - Presidiária acusa irmão de ter planejado o assassinato de Gilson Nogueira. A detenta Cleonice Rodrigues Nunes disse à Polícia que seu irmão, José Cleginaldo Rodrigues Nunes, pode ter planejado a morte do advogado para evitar que ele revelasse seu envolvimento nos crimes da irmã. Segundo Cleonice, Cleginaldo tem um protetor na Polícia Civil, o agente Eugenio Luis do Vale. "Eles falsificam documentos", acusa a detenta.
5.15. Dia 06.02.97 - Delegado Federal e Comissão da Câmara Federal recebem carta anônima relatando os prováveis assassinos de Gilson Nogueira.
5.16. Dia 27.02.97 - Comissão Especial do CDDPH/Ministério da Justiça chega a Natal e fará acompanhamento dos casos de violações dos direitos humanos no RN, inclusive das investigações sobre o assassinato do advogado Gilson Nogueira.
5.17. Dia 28.02.97 - Comissão Especial se reúne com o Delegado Federal Gilson Campos, encarregado do caso Gilson Nogueira. O representante do Movimento Nacioanl de Direitos Humanos, Oscar Gatica, fez declarações à imprensa, informando sobre atuação da Comissão, que tem como objetivo principal cobrar mais agilidade das autoridades envolvidas na apuração do caso.
5.18. Dia 04.03.97. - Diário Oficial do Estado do RN publica hoje, demissão do então Secretário-Adjunto da Secretaria de Segurança Pública do RN, Maurílio Pinto de Medeiros. Na mesma edição está sendo publicada a nomeação do Delegado Manoel Alves da Silva para a ocupação do mesmo cargo.
5.19. Dia 06.03.97 - Tribunal de Justiça anuncia a convocação do Tribunal do Juri para o ano de 1997. Na pauta, apenas o julgamento dos policiais civis envolvidos com o grupo de extermínio. Será o julgamento da chamada Chacina de Nova Natal, que tem data marcada para o dia 08 de maio deste ano.
5.20. Dia 01.04.97 - Delegado Maurílio Pinto de Medeiros volta para reassumir função Policial. Delegado afastado pelo governador, se apresenta no dia 02 de abril de 1997, para assumir nova função Policial. Cúpula da Secretaria de Segurança do Estado do RN reúne-se para definir qual será o novo cargo.
5.21. Dia 03.04.97 - O Delegado Maurílio Pinto de Medeiros é nomeado como Chefe da POLINTER (Delegacia de Capturas) no RN.

6. Outra informações - A Chacina de Mãe Luiza
No dia cinco de março de 1995, no bairro popular de Mãe Luiza, em Natal (Rio Grande do Norte, região nordeste do Brasil), foram assassinados friamente, por uma pessoa que se identificou como Policial, Roberto Nascimento Ferreira e Lucimar Alves da Silva Souza, esta grávida de três meses. Foram feridos gravemente Maria Lúcia da Costa, Marlon Silva Costa, Ana Carla Melo da Costa e Magaly Helena Pinheiro do Nascimento, sendo que alguns destes sobreviventes encontram-se ainda com balas alojadas no corpo. Uma das sobreviventes da chacina reconheceu o Policial civil Jorge Luiz Fernandes, conhecido popularmente pela alcunha de Jorge Abafador, como o responsável pelos disparos criminosos.
A Chacina de Mãe Luiza, como ficou conhecido o triste episódio, no entanto, foi apenas a ponta de um iceberg, pois trouxe a tona diversas denúncias de outros crimes semelhantes, sempre relacionados à extorsão Policial nas regiões mais pobres e afastadas da cidade - envolvendo, além de Jorge Abafador, outros Policiais civis sob o comando do próprio Secretário-Adjunto de Segurança Pública, Delegado Maurílio Pinto de Medeiros. Ao todo, são mais de 50 (cinquenta mortes) imputadas a este grupo de extermínio - além de inúmeras denúncias de arbitrariedades.
Diante da total omissão e falta de providências do aparelho de segurança do Estado, o Centro de Direitos Humanos e Memória Popular (CDHMP) e o Movimento Nacional de Direitos Humanos (MNDH) solicitaram a interferência do Ministério Público na apuração de todos os casos. E, em resposta, o Procurador-Geral de Justiça, na portaria 077 de 12.05.95, instituiu uma Comissão de Promotores, encarregada de apurar e investigar todas as notícias crimes alencadas na representação das entidades de Direitos Humanos. Devido a ameaças de morte e outras formas de intimidação, as investigações foram suspensas; sendo reiniciadas recentemente em função do afastamento de Maurílío Pinto de Medeiros do exercício das funções de chefia da Polícia Civil.

7. OS CRIMES PRATICADOS PELA POLÍCIA CIVIL, CONFORME RELATÓRIO DA COMISSÃO ESPECIAL DE PROMOTORES PÚBLICOS:

1) CHACINA DE MÃE LUÍZA - ROBERTO NASCIMENTO FERREIRA, LUCIMAR ALVES DA SILVA SOUZA (grávida de três meses) - Vítimas fatais e MARIA LÚCIA DAS COSTA, MARLON SILVA COSTA, ANA CARLA MELO DA COSTA e MAGALY HELENA PINHEIRO DO NASCIMENTO - Feridos gravemente - 05.03.95 - Acusado: Policial civil Jorge Luiz Fernandes, o Jorge Abafador. Denúncia apresentada pelo Ministério Público em 16.07.95

2) JÚLIO ANGELO DOS SANTOS (Vítima fatal) - 05.06.83 - Acusados: Policial civil Jorge Abafador e outros.

3) FLÁVIO HENRIQUE CAVALCANTE (Vítima fatal) - 23.10.88 - Acusados: Policiais civis sob o comando do Delegado Maurílio Pinto de Medeiros.

4) MAURÍLIO FERREIRA DA SILVA (Vítima fatal) - 22.05.89 - Acusados: funcionário Maurílio Pinto de Medeiros Júnior e Policiais civis.

5) JURANDIR DO NASCIMENTO TEIXEIRA (Vítima fatal) - 24.05.93 - Acusados: Policiais civis Ricardo Maia Cavalcanti e Ailton de Lima Brown. Denúncia apresentada pelo MP em 02.04.96.

6) LUIZ CARLOS DE LIMA NASCIMENTO (Vítima fatal) - 29.12.92 - Acusados: Policial civil Jorge Abafador. Denúncia apresentada pelo MP em 18.09.95

7) CHACINA DE NOVA NATAL - MAURÍCIO FERREIRA DA SILVA, MÁRIO CÉSAR SILVA DE LIMA, FLÁVIO ROBERTO DE ASSIS e JEANE SOUZA DE LIMA (menor) Vítimas fatais - 29.01.93 - Acusados : Policiais Civis Ranulfo Alves, Jorge Luiz Fernandes, João Gilvan e o funcionário Admilson Fernandes. Denúncia apresentada pelo MP em 10.12.93

8) CARLOS LINDON JOHNSON SOARES DA SILVA (Vítima fatal) - 17.03.93 - Acusados: Policiais civis Ranulfo Alves e Jorge Abafador.

9) JOSÉ RICARDO CARDOSO HERMIDA (Vítima fatal) - 21.08.93 - Acusados: Policiais civis.

10) WALDERLEY DANTAS MARQUES e JEFERSON DO NASCIMENTO (Vítimas fatais) - 18.12.93 - Acusados: Policiais civis Ranulfo Alves e Jorge Abafador. Denúncia apresentada pelo MP em 07.08.95

11) WANGERLY FELIX DA SILVA (Vítima fatal) - 10.03.94 - Acusado: Policial civil Jorge Fernandes.

12) EMANOEL PEDRO DO NASCIMENTO (Vítima fatal) - 29.09.94 - Acusado: Pessoa de outro Estado, com participação de Policiais civis do RN.

13) VALDEMIR TAVARES DE SOUZA (Vítima fatal) - 15.10.94 - Acusados: Não-Policiais Admilson Fernandes de Melo, Luiz Pedro de Souza, Carlos Patricio Macedo de Melo e o Policial civil José Nunes da Silva. Execução cometida no vizinho Estado da Paraíba. Os acusados já foram denunciados.

14) MAGNUS KELLY SOUZA DA SILVA (Desaparecido desde 23.02.95) - Acusados: Policial Militar Pinheiro com ajuda de Policiais civis.

15) MARCONI BARROCA PAIXÃO (Vítima fatal) - 03.03.95 - Acusados: Policiais civis Ranulfo Alves e Jorge Fernandes. Os acusados já foram denunciados.

16) RIVELINO FAUSTINO DE OLIVEIRA (Vítima fatal) - 01.04.95 - Acusados: Suspeitas de Policiais civis.

17) REINALDO DA FONSECA LIMA (Vítima de lesão corporal grave) - 28.12.93 - Acusados: Policial civil Jorge Fernandes e os não-Policiais Maurílio Pinto de Medeiros Júnior e Admilson Fernandes.

18) EDSON DA SILVA (Vítima de lesão corporal) - 01.02.94 - Acusados: Policiais civis Jorge Fernandes e Péricles de Lira Pinto. Denúncia apresentada pelo MP em 16.10.95

19) JOSÉ FIRMINO GONÇALVES e RAIMUNDA CIRINO BARBOSA (torturas com objetivos de obter confissões) - 20.05.94 - Acusados: Policial civil Jorge Fernandes e outros.

20) ELINALDO SIMEÃO PEREIRA (Vítima de lesão corporal grave) - 27.01.95 - Acusados: Policial civil Jorge Fernandes.

21) MARCONE AUGUSTO SEVERO ( Vítima de denunciação caluniosa - plantar prova para forjar flagrante de maconha) - 01.03.85 - Acusados: Francisco de Assis Cunha, Coordenador de Polícia Civil e os Policiais civis Osemar Sales Cardoso e Geysa Barbosa da Costa. Denúncia apresentada pelo MP em 02.04.96

22) FRANCISCO GILSON NOGUEIRA DE CARVALHO (Vítima de ameaças de morte) - 09.10.95 - Acusado: Policial Civil Jorge Fernandes Abafador.

23) ISALTINA CAVALCANTI CORDEIRO ( Vítima de invasão de residência e lesões corporais) - 05.06.94 - Acusados: Policiais Civis Jorge Abafador, Ranulfo Alves Filho, Maurílio Pinto e auxiliares de polícia (alcaguetes).

24) BANN SCOVSCK CAVALCANTI DOS SANTOS ( Vítima de tentativa de homicídio) - Agosto/94 - Acusados: Não identificados.Suspeita-se de Policiais civis dando cobertura.

25) LUCIANO TRINDADE ( Vítima de incêndio de seu automóvel) - Novembro/92 - Acusados: Policiais civis Jorge Abafador, Ranulfo Alves e o não-Policial Maurílio Pinto de Medeiros Júnior.

26) BELCHIOR DA SILVA ANACLETO e GASPAR ANACLETO ( Vítima de lesões corporais) - 01.08.94 - Acusados: Policiais civis Nunes e Moisés e mais Maurílio Pinto de Medeiros Júnior.

27) ARIVONE GONÇALVES DA SILVA (Vítima de tortura com o objetivo de obter confissão) - 30.03.93 - Acusados: Policiais civis Jorge Abafador, Maurílio Pinto de Medeiros, Ranulfo Alves e os não-policiais Admilson Fernandes de Melo Filho e Maurílio Júnior.

28) JOÃO WALDER FONSECA DE MEDEIROS ( Vítima de lesões corporais de natureza grave) - 14.05.95 - Acusado: Policial civil Guilherme.

29) CARLOS FERREIRA DA SILVA ( Vítima de lesão corporal de natureza grave) - 27.12.94 - Acusado: Ranulfo Alves de Melo Filho.

30) JOÃO MARIA TARGINO DA SILVA ( Vítima de prisão ilegal e lesão corporal de natureza grave) - 23.07.95 - Acusados: Policiais civis Maurílio Pinto de Medeiros, Júlio Cézar Rodrigues Furtado, José Delfino de Souza, o Policial militar Claudécio Gomes de Medeiros (hoje Delegado de Polícia) e o não-policial Maurílio Pinto de Medeiros Júnior. Denúncia apresentada pelo MP em 13.11.95

8. OUTRAS DENÚNCIAS APRESENTADAS PELO MINISTÉRIO PÚBLICO ENVOLVENDO POLICIAIS CIVIS DO ESTADO DO RN

1) Acusado: FRANCISCO DE ASSIS CUNHA, Coordenador de Polícia Civil

Infração: Liberação irregular de preso, com o objetivo de obter prova alterando o estado de Ação Penal que apura a Chacina de Mãe Luíza.
Data/Local: Março/95 - Natal(RN) Denúncia apresentada pelo MP em 27.10.95

2) Acusado: MAURÍLIO PINTO DE MEDEIROS, Secretário Adjunto de Seg. Pública do RN
Infração: Falsidade ideológica.
Data: 14 de outubro de 1994 - Local: Natal (RN) Denúncia apresentada pelo MP em 22.11.95

9. MENSAGENS DE SOLIDARIEDADE E INFORMAÇÕES SOBRE O CASO:

* CENTRO DE DIREITOS HUMANOS E MEMÓRIA POPULAR
Telefone: (084) 221-5932 Fax: (084) 221-2497
E-Mail: cdhmp@eol.br

* COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS DA CÂMARA FEDERAL
Telefone: (061) 318-8284 Fax: (061) 318-2170

* HUMAN RIGHTS WATCH AMERICAS
Telefone: (021) 220-3233/ 987-6541 Fax: (021) 533-1660
E-Mail: hrwatchrj@ax.apc.org

MENSAGENS DE COBRANÇA PARA APURAÇÃO E PUNIÇÃO DOS CRIMINOSOS:

* PROCURADOR GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RN
Dr. Emmanuel C. de Oliveira Cavalcanti
Fax: (084) 222-1041

* GOVERNADOR DO ESTADO DO RN
Dr. Garibaldi Alves Filho
Fax: (084) 206-4661

* MINISTÉRIO DA JUSTIÇA
Ministro Dr. Nelson Jobim
Fax: (061) 321-1565

* SECRETARIA DE SEGURANÇA PÚBLICA DO RN
Cel. Sebastião Américo de Souza
Fax: (084) 221-9538/ 211-5921/ 221-2779

* TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO RN
Desembargador Dr. Meira Lima Fax: (084) 211-5711

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