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Primeiro Relatório Nacional sobre os Direitos Humanos no Brasil


INTRODUÇÃO

Este Primeiro Relatório Nacional de Direitos Humanos, realizado sob a inteira responsabilidade do Núcleo de Estudos de Violência da Universidade de São Paulo. NEV/USP, atende a determinação incluída no PNDH, da elaboração de relatórios sobre a implementação do Programa e a situação dos direitos humanos no Brasil.

O Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH), lançado pelo Presidente Fernando Henrique Cardoso em 13 de maio de 1996, foi elaborado em conjunto pelo governo federal e pela sociedade civil. Desde o lançamento do PNDH ficou claro que a implementação e o monitoramento do Programa deveriam ser realizados em parceria pelo governo federal, pelos governos estaduais e pela sociedade civil. Para fortalecer esta parceria, o governo federal criou no Ministério da Justiça, em 1997, a Secretaria Nacional dos Direitos Humanos (SNDH) e o Núcleo de Acompanhamento da Implantação do Programa Nacional de Direitos Humanos.

O atendimento dessa exigência justifica-se porque, ainda que caibam á esfera federal inúmeras responsabilidades, cabe aos estados as atribuições do poder judiciário. do ministério público e das polícias, instituições fundamentais para consolidar o estado de direito e as garantias dos direitos humanos e para lutar contra a impunidade das violações.
Cada vez está mais evidente que os direitos humanos somente poderão ser apropriados por todos, especialmente os grupos mais vulneráveis, se o executivo, o judiciário e o legislativo assumirem, nas esferas federal, estadual e, quando for caso, municipal, o dever de implementar políticas que inibam e punam graves violações e promovam a implementação desses direitos.

A decisão de preparar e apresentar o Primeiro Relatório Nacional de Direitos Humanos quer demonstrar que a responsabilidade de promover e fazer respeitar os direitos humanos deve ser compartilhada por todos: governo federal, os governos dos estados, legislativo, judiciário e sociedade civil.

O Relatório quer incorporar os estados da federação no aprofundamento da política afirmativa dos direitos humanos do governo federal. Essa política defende a transparência em relação às graves violações de direitos humanos e aceita o monitoramento consequente destas violações por órgãos internacionais multilaterais e organizações não-governamentais de direitos humanos nacionais ou estrangeiras.

O lançamento do Relatório, que coincide com o terceiro aniversário do Programa Nacional de Direitos Humanos, é a oportunidade para reafirmar que a garantia dos direitos humanos e o controle da violência arbitrária do Estado não são questões restritas aos limites da jurisdição nacional. Os agentes das instituições das unidades da federação que violam as normas internacionais
Muito embora o relatório faça menção a casos graves ocorridos fora desse período mas que aguardam solução judicial.
Os acontecimentos posteriores àquela data, assim como informações obtidas a partir de janeiro de 1999, deverão ser incorporados aos próximos relatórios. O relatório ainda é incompleto e insuficiente, uma vez que nem todos os estados tiveram condições de nos enviar informações, e mesmo limitado e resumido, principalmente pela inexistência, na maioria dos estados, de bases de dados sólidas.
O relatório não pode ser considerado como um registro exaustivo das variadas e inúmeras ações da sociedade civil, pois o relevo foi dado às iniciativas governamentais e às ações em parceria visando a implementação do PNDH. Este primeiro balanço está sendo apresentado com a cooperação do governo federal, dos estados, das organizações não-governamentais, sob a inteira responsabilidade do Núcleo de Estudos da Violência da USP. Constitui um marco determinante para incorporação, pelos agentes do governo e da sociedade civil, da necessidade de tornar essa prática de elaborar informes de direitos humanos, ato frequente e fundamental para o monitoramento da situação dos direitos humanos no Brasil.

Além de enfatizar o que foi feito em cada estado em benefício dos direitos humanos desde o lançamento do Programa Nacional de Direitos Humanos, o Relatório registra alguns casos exemplares de violações de direitos humanos que ainda exigem atenção do poder público e da sociedade, para não continuarem impunes.

Cabe ainda um esclarecimento sobre a sistemática de exposição na seção monitoramento dos direitos humanos. Os casos concretos incluídos no texto, necessariamente limitados e distribuídos de forma desigual pelos diversos estados, e a própria publicação do Relatório não visam absolutamente julgar (esse não é o papel de instituições acadêmicas) qualquer unidade da federação nem pretende classificar os estados. A inclusão dos casos e feita à guisa de exemplos que refletem a visibilidade e atenção que receberam no debate público nacional, que foram alvo de ações de seguimento pelas autoridades federais ou estaduais ou pelo judiciário e ministério público, ou que tramitem ou estejam em exame, conforme indicação, na Comissão Interamericana de Direitos Humanos. O NEV/USP crê que desta forma o Relatório poderá contribuir para que a impunidade não prevaleça para os responsáveis por aqueles casos de graves violações.
Este Relatório é mero instrumento de trabalho, que pode vir a se tornar referência para a elaboração de outros relatórios pelos governos ou pela sociedade civil, enfim por todos que estão empenhados na luta pelos direitos humanos. O Relatório de certo modo quer também colaborar, através da ênfase no império da lei e do enfrentamento da impunidade, para a mobilização pela luta contra o crime organizado, a criminalidade, a violência que anima o Estado e a sociedade no Brasil nesse fim de século.

O NEV/USP quer agradecer o apoio dado pela Secretaria de Estado de Direitos Humanos do Ministério da Justiça para a coleta de dados junto às unidades da federação e agora pela impressão do Relatório, em particular ao Secretário de Estado, José Gregori, pela prova cabal de seu engajamento na parceria entre governo, universidade e sociedade civil para a proteção e promoção dos direitos humanos, fielmente cumprindo requisitos do Programa Nacional de Direitos Humanos e da Declaração e Programa de Ação de Viena.

Enfim, deve ficar claro que, apesar desse importante apoio, o Relatório é da inteira responsabilidade do Núcleo de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo, NEV/USP, uma instituição universitária independente, não engajando o Relatório, nas informações e análises aqui expressas, qualquer responsabilidade do governo federal, da Secretaria de Estado de Direitos Humanos, do Ministério da Justiça, dos governos federal e estaduais.

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