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PESSOAS PORTADORAS DE DEFICIÊNCIA

(artigo 2 da Declaração Universal de Direitos Humanos)

"Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade,à segurança e à propriedade"

Constituição da República Federativa do Brasil, artigo 5º

SUGESTÃO

Esta atividade pode ser desenvolvida, por exemplo, nas disciplinas de Língua Portuguesa, Educação Física e Ciências Naturais.

Propõe-se nesta oficina uma auto-reflexão sobre a discriminação e dificuldades enfrentadas cotidianamente pelas pessoas portadoras de deficiência.

O professor sugerirá aos alunos que pensem silenciosamente em algo que faz parte do corpo, caráter ou da vida de cada um deles, e que os tornem de alguma maneira diferente dos demais, mas é por estes desconhecida. Outra possibilidade seria sugerir aos estudantes que se imaginem portadores de determinada deficiência.

Pedirá então que os alunos reflitam sobre:

  • Você acha que deveria ser tratado diferentemente dos outros se seus amigos descobrissem que você é portador dessa característica?
  • Como você se sentiria se as pessoas a sua volta passassem a tratá-lo preconceituosamente em razão dessa característica?
  • Vejamos: nada mudaria em você depois que as pessoas descobrissem essa sua característica íntima. Você continuaria tendo os mesmos traços físicos e psicológicos que tinha antes, não é? Então, você acharia correto ser tratado diferentemente?
  • Será que ocorre algo semelhante com as pessoas portadoras de deficiência? Isso é correto?

Também pode ser pertinente a leitura do texto a respeito de estereótipo e preconceito apresentado no Capítulo sobre Discriminação Racial.

Por fim, seria interessante que os alunos lessem o seguinte texto:

"Como você deve comportar-se diante de uma pessoa que..."

Usa cadeira de rodas

Não segure nem toque na cadeira de rodas. Ela como que faz parte do corpo da pessoa. Apoiar-se ou encostar-se na cadeira é o mesmo que se apoiar ou se encostar na pessoa.

Se você desejar, ofereça ajuda, mas não insista. Se precisar de ajuda, ele(a) aceitará seu oferecimento e lhe dirá o que fazer. Se você forçar esta ajuda, isso pode às vezes até mesmo causar insegurança.

Não tenha receio de usar palavras como "caminho" ou "correr". Os portadores de deficiência também as usam.

Quando você e uma pessoa portadora de deficiência física quiserem sair juntos, preste atenção para eventuais barreiras arquitetônicas ao escolherem um restaurante, uma casa um teatro ou outro lugar a ser visitado.

Se a conversa durar mais do que alguns minutos, sente-se, se possível, de modo a ficar no mesmo nível do seu olhar. Para uma pessoa sentada não é confortável ficar olhando para cima durante um período relativamente longo.

Não estacione seu automóvel em lugares reservados às pessoas portadoras de deficiência física. Tais lugares são reservados por necessidade, não por conveniência. O espaço reservado é mais largo do que o usual, a fim de permitir que a cadeira de rodas fique ao lado do automóvel e o portador de deficiência física possa sair e sentar-se na cadeira de rodas, e vice-versa; além disso, o lugar reservado é próximo à entrada de prédios para facilitar o acesso dessas pessoas.

Ao ajudar um portador de deficiência física a descer uma rampa inclinada ou degraus altos, é preferível usar a "marcha ré" para evitar que, pela excessiva inclinação, a pessoa perca o equilíbrio e possa cair para frente.

Usa muletas

Acompanhe o ritmo de sua marcha.

Tome cuidados necessários para que ele(a) não tropece.

Deixe as muletas sempre ao alcance das suas mãos.

É portadora de deficiência visual (pessoa cega)

Ofereça sua ajuda sempre que um(a) cego(a) parecer necessitar.

Mas não ajude sem que ele(a) concorde. Sempre pergunte antes de agir. Se você não souber em que e como ajudar, peça explicações de como fazê-lo.

Para guiar uma pessoa cega, ela deve segurar-lhe pelo braço, de preferência no cotovelo ou no ombro. Não a pegue pelo braço; além de perigoso, isso pode assustá-la. À medida que encontrar degraus, meios fios e outros obstáculos, vá orientando-a. Em lugares muito estreitos para duas pessoas caminharem lado a lado, ponha seu braço para trás de modo que a pessoa cega possa lhe seguir. Ao sair de uma sala, informe o(a) cego(a) pois é desagradável para qualquer pessoa falar para o vazio. Não evite usar palavras como "cego", "olhar" ou "ver": os(as) cegos(as) também as usam.

Ao explicitar direções para uma pessoa cega, seja o mais claro e específico possível. Não se esqueça de indicar os obstáculos que existem no caminho que ela vai seguir. Como algumas pessoas cegas não tem memória visual, não se esqueça de indicar as distâncias em metros (p.ex. "uns vinte metros para frente") Mas se você nãos sabe corretamente como direcionar uma pessoa cega, diga algo como "eu gostaria de lhe ajudar. Mas como é que devo descrever as coisas?" Ele(ela) lhe dirá.

Ao guiar um(a) cego(a) para uma cadeira, guie a sua mão para o encosto da cadeira, e informe se a cadeira tem braços ou não. Num restaurante, é de boa educação que você leia o cardápio e os preços.

Uma pessoa cega é como você, só que não enxerga; trate-a com o mesmo respeito que você trata uma pessoa que enxerga.

Quando você estiver em contato social ou trabalhando com pessoas portadoras de deficiência visual, não pense que a cegueira possa vir a ser problema e, por isso, nunca as exclua de participar plenamente, nem procure minimizar tal participação. Deixe que decidam como participar. Proporcione à pessoa cega a chance de ter sucesso e de falhar, tal como qualquer outra pessoa.

Quando são pessoas com visão subnormal (alguém com sérias dificuldades visuais), proceda com o mesmo respeito, perguntando-lhe se precisa de ajuda quando notar que ela está em dificuldade.

É portadora de deficiência auditiva (pessoa surda)

Fale claramente, distinguindo palavra por palavra, mas não exagere. Fale com velocidade normal, salvo quando lhe for pedido para falar mais devagar.

Cuide para que o (a) surdo(a) enxergue sua boca. A leitura dos lábios fica impossível se você gesticula, segura alguma coisa na frente dos seus próprios lábios, ou fica contra a luz.

Fale com tom normal de voz, a não ser que lhe peçam para levantar a voz.

Gritar nunca adianta.

Seja expressivo. Como os surdos não podem ouvir as mudanças sutis do tom de sua voz indicando sarcasmo ou seriedade, a maioria deles(as) "lerão" suas expressões faciais, seus gestos ou os movimentos do seu corpo para entender o que você quer comunicar.

Se você quer falar com uma pessoa surda, chame a atenção dela, sinalizando com a mão ou tocando no seu braço. Enquanto estiverem conversando, mantenha contato visual; se você olhar para outro lado enquanto está conversando, o(a) surdo(a) pode pensar que a conversa terminou.

Se você tiver dificuldades para entender o que uma pessoa surda está falando, sinta-se à vontade para pedir que ela repita o que falou. Se você ainda não entender, peça-lhe para escrever. O que interessa é comunicar-se com a pessoa surda. O método não é o que importa.

Se o(a) surdo(a) está acompanhado(a) por um intérprete, fale diretamente à pessoa surda, não ao intérprete.

Ao planejar um encontro, lembre-se que os avisos visuais são úteis aos participantes surdos. Se está previsto um filme, providencie um "script" por escrito, ou um resumo do conteúdo do filme, se não tiver legenda.

Tem paralisia cerebral

A pessoa com paralisia cerebral anda com dificuldade ou não anda, podendo ter problemas de fala. Seus movimentos podem ser estranhos ou descontrolados. Pode, involuntariamente, apresentar gestos faciais incomuns, sob a forma de caretas. Geralmente, porém, trata-se de uma pessoa inteligente e sempre muito sensível – ela sabe e compreende que não é como os outros.

Para ajudá-la, não a trate bruscamente. Adapte-se ao seu ritmo. Se não compreende o que ela diz, peça-lhe que repita: ELA O COMPREENDERÁ. Não se deixe impressionar pelo seu aspecto. Aja de forma natural... sorria...é uma pessoa igual a você.

É portadora de deficiência mental

Cumprimente a pessoa com deficiência mental de maneira normal e respeitosa, não se esquecendo de fazer o mesmo ao se despedir. As pessoas com deficiência mental são, em geral, bem dispostas, carinhosas e gostam de se comunicar.

Dê-lhes atenção, dirigindo-lhes palavras como: "que bom que você veio", "gostamos quando você vem nos visitar", tentando manter a conversa até onde for possível.

Seja natural. Evite a superproteção. A pessoa com deficiência mental deve fazer sozinha tudo o que puder; ajude-a quando realmente for necessário.

Lembre-se: deficiência mental pode ser conseqüência de uma doença, mas não é uma doença; é uma "condição de ser". Nunca use a expressão "doentinho(a)" ou "bobinho(a)" quando se dirigir ou se referir a uma pessoa com deficiência mental.

Não se esqueça: deficiência mental não é doença mental.

Uma pessoa portadora de deficiência mental é, em primeiro lugar, uma pessoa.

Enquanto for criança, trate-a como criança. Quando for adolescente ou adulto, trate-o como tal.

Você não encontra pessoas com esses problemas? Por quê?

  • Porque não podem andar de ônibus e outros veículos que as conduzam a lugares públicos.
  • Porque não recebem formação profissional para se integrar ao trabalho.
  • Porque a sociedade as esconde.

E você, o que pode fazer?

  • Faça-lhes companhia.
  • Ajude-as a viajar e transportar-se.
  • Ajude-as a estudar e a encontrar um emprego.
  • Inclua-as nos seus divertimentos.
  • Quando você emprega pessoas, dê à pessoa portadora de deficiência o mesmo tratamento que você dá a todos os demais candidatos.

Se você desejar maiores informações sobre essas pessoas procure as entidades de e para pessoas portadoras de deficiência da sua cidade.

Texto extraído do folheto publicado pelo Ministério da Justiça – Secretaria Nacional de Direitos Humanos - Coordenadoria Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência (CORDE), com apoio do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD)

Esse material foi criado a partir do folheto "Handicapés", elaborado pelo Movimento de Mulheres Jovens (Paris - França – Barrier Awareness – Handicapped Access Office – Citizen Action and Public Information Department – 16 de novembro de 1982.

Ministério da Justiça - Secretaria Nacional dos Direitos Humanos – CORDE Esplanada dos Ministérios, Bloco "T", Anexo II, 2º andar, Brasília – DF CEP.70064-900 - Tel.: (061) 226.7715 e 218.3128 – Fax: (061) 225.0440

e-mail: corde@mj.gov.br

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