O Parlamentar
e os Direitos Humanos, Manual
Manual
de orientação ao parlamentar municipal,
estadual e federal para a atuação
em defesa dos direitos humanos e da cidadania
Deputado
Orlando Fantazzini
AÇÕES PARLAMENTARES
Relacionamos
exemplos de como a atividade parlamentar pode
ser diversificada quando a luta é pela
garantia dos direitos humanos. Com criatividade,
equipe comprometida e vontade política,
o parlamentar pode constituir uma agenda pró-ativa
em cidadania e direitos humanos.
Muitas das sugestões relacionadas não
podem ser viabilizadas somente pela atuação
parlamentar. Requerem o melhor da ação
política, ou seja, articular e organizar
a colaboração de diferentes instituições
públicas, empresas e pessoas. Quanto
mais se conseguir organizar, melhores resultados
se pode esperar.
CRIANÇAS
E ADOLESCENTES
1)
Estabelecer em leis a prioridade no atendimento
às crianças e adolescentes nos
serviços públicos de educação,
lazer, saúde, cultura e formação
profissional.
2)
Fiscalizar a efetiva aplicação
do caráter sócio-educativo das
medidas constantes no Estaduto da Criança
e do Adolescente - ECA.
3)
Dar suporte e apoio necessários aos programas
dos demais entes federativos destinados a promover
os direitos das crianças e adolescentes.
Ao invés de "colocar azeitona na
empada dos outros", o parlamentar mostrará
que é coerente com os princípios
dos direitos humanos, e sua credibilidade aumentará.
4)
Divulgar amplamente o conteúdo das normas
constantes no ECA.
5)
Constituir, quando for o caso, e fortalecer
politicamente os Conselhos Tutelares, oferecendo
a eles infraestrutura e apoio ao bom desenvolvimento
de suas funções. Liberar um funcionário
para servir ao Conselho durante certo período
da semana, ou atuar para conseguir um espaço
para a instalação do Conselho,
por exemplo.
6)
Fiscalizar permanentemente a qualidade nutricional
da merenda escolar.
7)
Estimular a criação de programas
de prevenção a drogas e alcoolismo
e de centros de tratamento à drogatização
de crianças e adolescentes.
8)
Auxiliar, por meios dos mecanismos legislativos,
na apuração de crimes que envolvam
suspeita de tráfico de órgãos
e de crianças e adolescentes.
9)
Empenhar esforços para a localização
de crianças desaparecidas, como divulgar
cartazes com fotos, anunciar na imprensa local,
oferecer recompensas, disponibilizar números
de telefones para o recebimento de informações,
etc.
10)
Adotar medidas para ampliar o Programa de Erradicação
do Trabalho Infantil- PETI -, do Governo Federal,
e contribuir para combater os focos de trabalho
infantil, contribuindo com o mapeamento das
regiões e ramos de trabalhos que exploram
a mão-de-obra infantil.
11)
Estimular a criação de programas
de assistência à população
jovem moradora de rua.
12)
Combater a exploração sexual infanto-juvenil,
investigá-la por meio de CPIs, desenvolver
campanhas de esclarecimento junto aos estabelecimentos
comerciais, taxistas, agências de turismo,
hotéis e escolas, assim como apoiar as
famílias vítimas da exploração
infanto-juvenil.
13)
Desenvolver projetos de apoio e combate à
violência e pela paz nas escolas.
MULHERES
1)
Desenvolver e apoiar ações e campanhas
de combate à violência contra a
mulher.
2)
Apoiar as casas-abrigo para as mulheres que
estejam sofrendo ameaças.
3)
Incentivar a organização de dados
e informações sobre o perfil das
mulheres no município e suas principais
necessidades.
4)
Estabelecer em leis políticas públicas
específicas para as mulheres.
5)
Garantir que todas as mulheres tenham acesso
à hospitalização e leito
no momento do parto.
6)
Incentivar o desenvolvimento de programas especiais
sobre a saúde da mulher, especialmente
de prevenção ao câncer de
mama, colo e útero.
7)
Apoiar a ampliação da assistência
nos casos de aborto legal.
8) Instituir leis estabelecendo punições
aos estabelecimentos comerciais e instituições
públicas que praticarem discriminações
às mulheres.
9)
Incentivar a criação de programas
habitacionais voltados às mulheres carentes
que sejam “chefes de família”.
10)
Estabelecer rubricas e orçamento para
programas específicos para a valorização
da mulher.
11) Incentivar a criação de delegacias
de polícia para investigar crimes de
violência doméstica e de abusos
contra a mulher.
AFRODESCENDENTES
1)
Instituir leis que proíbam e estabeleçam
sanções às práticas
discriminatórias em razão da cor,
raça e etnia.
2)
Fazer levantamento em relação
aos casos de discriminação no
ente federado.
3)
Instituir legislação voltada a
estimular as empresas e estabelecimentos a contratarem
pessoas negras.
4)
Elaborar materiais de divulgação
sobre atos de racismo, as leis e punições
e como a vítima pode apresentar a sua
denúncia.
5)
Incentivar escolas e universidades a contribuírem
com pesquisas sobre a situação
e valorização da pessoa negra
e diversidade racial da população
brasileira.
6)
Estabelecer programas de saúde voltados
à prevenção e assistência
às doenças específicas
da população negra.
GAYS, LÉSBICAS,
TRANSEXUAIS E BISSEXUAIS
1)
Criar legislação que estabeleça
sanções administrativas aos estabelecimentos
e instituições que praticarem
discriminação aos homossexuais.
2)
Adotar incentivos de natureza fiscal às
empresas que contratarem homossexuais.
3)
Incentivar o desenvolvimento de programas educativos
para as instituições policiais
situadas no município, voltados ao respeito
aos direitos dos homossexuais.
4)
Apoiar programas educacionais voltados aos professores,
educadores, pais e toda a comunidade escolar
destinados a respeitar as diferenças
e a pluralidade sexual.
5)
Prever orçamento específico para
programas a fim de combater a discriminação
contra homossexuais.
6)
Incluir nos levantamentos populacionais dados
sobre a orientação sexual.
POVOS INDÍGENAS
1)
Contribuir e fiscalizar a preservação
e proteção das terras indígenas.
2)
Não permitir a abertura de vias públicas,
colocação de iluminação
e urbanismo perto das reservas indígenas.
3)
Promover, através dos meios de comunicação,
a valorização da história
e do patrimônio cultural dos povos indígenas,
bem como a contribuição dos índios
para a identidade nacional.
4)
Combater todas as formas de preconceito e discriminação
contra as pessoas indígenas.
5)
Assegurar a efetiva participação
dos povos indígenas nas instâncias
e fóruns legislativos e outros de discussão
sobre as políticas públicas.
6)
Combater o preconceito e a discriminação
contra os índios, assegurando que a educação
respeite as diferenças e multiculturalismo.
7)
Apoiar os programas escolares destinados à
preservação da língua indígena.
8)
Construir memoriais e obras simbólicas
que valorizem a cultura do povo indígena.
9)
Garantir o atendimento de saúde às
comunidades indígenas.
IDOSOS
1)
Garantir a aplicação da Lei 10.741/03.
2)
Fiscalizar os postos do INSS, estimulando seus
funcionários a tratar com respeito os
idosos, intercedendo contra filas indignas.
3)
Realizar inspeções nos asilos,
fazendo com que se adaptem às normas
legais.
4)
Incentivar os estabelecimentos de farmácia
a promoverem descontos na compra de medicamentos
aos idosos.
5)
Criar e canais abertos para o debate das políticas
públicas voltadas ao idoso.
6)
Garantir o atendimento prioritário às
pessoas idosas nos estabelecimentos comerciais
e demais entidades públicas e privadas
municipais.
7)
Incentivar a criação de centros
de lazer e convivência para a terceira
idade com atividades físicas, recreativas,
pedagógicas, de lazer, etc.
8)
Proceder, por meio de leis específicas,
a adaptações urbanísticas
a fim de facilitar a locomoção
dos idosos no meio urbano.
9)
Promover campanhas de conscientização
sobre os direitos dos idosos e sobre a importância
da lei que instituiu o Estatuto do Idoso.
10)
Incentivar a criação de programas
específicos na área da saúde,
como os de psicologia e fisioterapia, voltados
às pessoas idosas.
11)
Incentivar a criação de casas-abrigo,
na modalidade de asilo, para os idosos que dependam
de tratamento permanente e que não possuam
familiares.
12)
Incentivar a criação de centros
na modalidade de permanência provisória
e temporária para idosos que necessitem
de cuidados especiais por um período
de tempo.
13)
Criar e apoiar programas voltados ao combate
da violência contra o idoso.
14)
Elaborar leis que combatam a discriminação
ao idoso no mercado de trabalho.
15)
Favorecer o acesso dos idosos a cinemas, teatros
e demais estabelecimentos de lazer e cultura.
16)
Elaborar e estimular programas governamentais
de preparação para a aposentadoria.
17)
Apoiar e incentivar iniciativas que visem promover
a escolarização e o ingresso na
universidade de pessoas idosas.
18)
Manter fiscalizações permanentes
em asilos e centros de recolhimento do idoso.
PORTADORES
DE DEFICIÊNCIA
1)
Adaptar as cidades para a acessibilidade não
apenas ao meio físico, que é de
extrema importância para as pessoas portadoras
de deficiência motora, mas
também à comunicação
e informação, temas fundamentais
para as pessoas com deficiência auditiva
e visual.
2)
Elaborar e apoiar normas urbanísticas
que facilitem o acesso das pessoas portadoras
de deficiência física ao meio urbano.
Instaurar progressivamente equipamentos básicos,
como rampas nas calçadas, semáforos
com sinais sonoros para cegos, telefones e banheiros
públicos adaptados para o uso de paraplégicos
e designar um órgão para proceder
a rigoroso controle do cumprimento das medidas.
3)
Contribuir na instituição do uso
da Língua Brasileira de Sinais –
LIBRAS.
4)
Incluir no sistema educacional a educação
especial como modalidade educativa, abrangendo
a educação infantil e o ensino
fundamental.
5)
Garantir obrigatoriamente vagas nas escolas
para jovens portadores de deficiência.
6)
Garantir o acesso de alunos portadores de deficiência
aos benefícios conferidos aos demais
estudantes, inclusive material escolar, merenda
e bolsas de estudo.
7)
Promover ações preventivas de
acidentes do trabalho e de trânsito assim
como de tratamento adequado às vítimas.
8)
Criar centros e programas de reabilitação
para as pessoas portadoras de deficiência.
9)
Assegurar programa de distribuição
de órteses e próteses, mesmo que
seja através de convênios com instituições
públicas ou privadas, estaduais e federais.
10)
Apoiar e incentivar as práticas de esporte,
cultura e lazer para as pessoas portadoras de
deficiência.
11)
Assegurar nos orçamentos recursos para
a acessibilidade e demais programas destinados
às pessoas portadoras de deficiência.
12)
Criar e apoiar cursos de profissionalização
e capacitação profissional de
trabalhadores e servidores públicos portadores
de deficiência.
13)
Promover campanhas educativas para a integração
da pessoa portadora de deficiência ao
convívio social, assim como sobre seus
direitos.
14)
Apoiar e fornecer estrutura para o bom funcionamento
dos Conselhos e fóruns municipais e estaduais
de fiscalização e formulação
de políticas para as pessoas portadoras
de deficiência.
15)
Investir a capacitação de agentes
públicos e técnicos para que possam
ser também agentes de conscientização
e educação sobre a importância
de se difundir as noções de inclusão,
cidadania e dignidade dessas pessoas.
16) Garantir a carteira do “passe livre”
aos portadores de deficiência, a fim de
garantir, conforme previsão legal, a
gratuidade nos transportes coletivos urbanos,
intermunicipais e interestaduais.
16)
Estabelecer por meio de lei consórcio
intermunicipal destinado a unificar a carteira
do “passe livre” nos transportes
coletivos urbanos em municípios vizinhos.
SAÚDE
MENTAL
1)
Apoiar as iniciativas de fechamento dos hospícios
e hospitais psiquiátricos e sua progressiva
substituição por serviços
diversificados e qualificados de atenção
à saúde.
2)
Fomentar a criação de uma rede
articulada de serviços do SUS para atendimento
das pessoas portadoras de sofrimento mental.
3)
Incentivar a conscientização para
que a população conheça
as doenças mentais e como garantir cidadania
aos portadores de sofrimento mental e seus familiares.
4)
Fiscalizar os hospitais e pronto-socorros e
garantir que eles atendam, pelo menos nos casos
de urgência, os portadores de distúrbios
psiquiátricos.
5)
Criar leitos em enfermaria de saúde mental
em todos os hospitais gerais.
6)
Manter e ampliar centros de convivência,
lares abrigados e outros centros de referência
voltados a essa população.
7)
Garantir a aquisição de medicamentos
básicos para a saúde mental.
8)
Realizar seminários sobre saúde
mental abertos a profissionais e a toda a população.
MIGRANTES
1)
Apoiar reformas na legislação
a fim de garantir cidadania aos estrangeiros
que escolheram o nosso país para trabalhar
e contribuir com o desenvolvimento, bem como
aos cidadãos que migram de uma região
a outra do Brasil.
2)
Criar programas de apoio e assistência
aos migrantes e imigrantes, refugiados e asilados
como cursos de português, de legislação
brasileira, cursos profissionalizantes, etc.
3)
Articular-se com entidades filantrópicas
e religiosas para contribuírem com a
assistência aos migrantes.
4)
Viabilizar, por meio de lei, às crianças
e adolescentes migrantes vagas nas escolas municipais
e estaduais, quando for o caso.
5)
Garantir atendimento aos migrantes nos serviços
públicos.
6)
Combater atos de preconceito e a discriminação
contra migrantes.
7)
Desenvolver propagandas nos meios de comunicação
sobre o valor do migrante e refugiado, seu potencial
para a formação de uma cultura
multicultural bem como as razões que
o colocaram nessa situação.
8)
Incentivar políticas de geração
de empregos que integrem os migrantes.
9)
Destinar verbas para a implementação
de ações comunitárias que
favoreçam os migrantes.
10)
Participação dos parlamentares
nos fóruns e discussões sobre
migrações internacionais, entre
os quais, o Fórum da Amazônia,
Encontro Sul-americano dos Governos, Mercosul,
etc.
11)
Modificar as legislações internas
a fim de garantir a igualdade entre os direitos
do estrangeiro aos dos nacionais.
12)
Realizar inspeções e coletar informações
a respeito das reais condições
de vida dos migrantes.
SEGURANÇA
PÚBLICA E COMBATE À VIOLÊNCIA
1)
Constituir conselhos municipais, estaduais e
regionais de segurança pública,
com representação da população,
a fim de debater as questões principais
ligadas à política municipal de
segurança pública. Esses conselhos
também podem sugerir alternativas para
ações contra a violência,
monitorar a atuação dos policiais,
sugerir ações sociais, etc.
2)
Estimular o policiamento comunitário,
garantindo maior proximidade dos policiais com
a população.
3)
Criar guardas municipais com o objetivo de reforçar
o policiamento ostensivo da Polícia Militar
e zelar por bens e serviços municipais
como escolas, instituições públicas,
áreas coletivas de lazer, vias públicas,
etc.
4)
Criar disque-denúncia para o recebimento
de denúncias sobre crimes e reclamações
sobre policiais.
5)
Estimular a criação de banco de
dados a fim de reunir informações
sobre as regiões da cidade que possuem
maior índice de violência, procurando
saber quais os crimes mais comuns, horário
em que acontecem, principais vítimas
e possíveis criminosos.
6)
Incentivar a criação de novas
delegacias de polícia civil e batalhões
da polícia militar em locais de alta
criminalidade.
7)
Propor a urbanização de todos
os assentamentos humanos e principalmente os
loteamentos onde haja criminalidade, não
permitindo expansão dos locais violentos.
8)
Propor que todos os loteamentos tenham iluminação
e aberturas de vias públicas a fim de
facilitar o policiamento.
9)
Fiscalizar a ação de policiais
e recomendar o afastamento dos policiais que
atuem contra a própria profissão
e que tenham práticas de abuso de autoridade
e tortura e outras formas de violência.
10)
Fomentar a integração de todas
as polícias que atuem no município
a fim de que possam se complementar e tornar
sua ação mais eficaz.
11)
Investir nos programas sociais profissionalizantes,
escolares, de lazer e cultura destinados à
juventude. Programas como “esporte à
noite”, incentivo ao “hip-hop”,
oficinas de dança, cursos de computador
e internet nas regiões pobres têm
gerado resultados bastante positivos no combate
à violência, porque são
alternativas de lazer e educação
aos jovens que vivem na extrema pobreza.
12)
Promover campanhas pelo desarmamento e apreensão
de armas ilegais.
13)
Incentivar a comunidade a denunciar fatos criminosos
e suspeitas de pessoas envolvidas no crime organizado.
14)
Apoiar programas de Proteção a
Testemunhas e a Defensores de Direitos Humanos.
ADMINISTRAÇÃO
PENITENCIÁRIA
1)
Contribuir na implementação da
Lei 9.714/98, que estabelece as penas alternativas
e restritivas de direito para quem cometeu crime
punido com pena não superior a quatro
anos, sem o emprego de grande violência
ou grave ameaça e não for criminoso
reincidente.
2)
Fiscalizar as penitenciárias e demais
locais onde existam pessoas sob custódia.
3)
Auxiliar os projetos de construção
de novas penitenciárias, disponibilizando
áreas para a construção
e ajustando as normas urbanísticas. A
construção de uma penitenciária
pode significar desenvolvimento e maior efetivo
de policiais, além de significar potencial
de mão-de-obra para as atividades econômicas
do município.
4)
Incentivar a profissionalização
dos presos a partir da vocação
e das principais atividades econômicas
existentes nos municípios ou região.
5)
Esclarecer a população sobre a
importância das penas alternativas e como
a comunidade pode ajudar na implementação
das mesmas, sugerindo serviços e trabalhos
importantes para o município e onde poderia
ser utilizada a mão-de-obra dos condenados.
6)
Organizar cadastros de empresas e empresários
que desejarem empregar ex-presidiários.
7)
Fomentar programas de reinserção
do egresso do sistema penitenciário na
comunidade e no mercado de trabalho.
8)
Incentivar a população e familiares
dos presos a visitarem as penitenciárias
e denunciarem casos de violações
aos direitos dos presos.
9)
Contribuir na capacitação dos
agentes penitenciários.
10)
Viabilizar escolas e professores da rede municipal
para o ensino fundamental e médio nas
penitenciárias.
11)
Criar serviços de saúde específicos
para atendimento aos presos doentes.
12)
Garantir atendimento e assistência aos
presos portadores de doenças infecciosas
e crônicas como as DST/AIDS, tuberculose,
entre outras.
13)
Garantir assistência jurídica e
social aos presos.
14)
Estimular convênios com as universidades
para a realização de estágios
dentro das penitenciárias.
15)
Fazer sugestões e recomendações
sobre melhorias possíveis na administração
penitenciária.
ASSISTÊNCIA A
VÍTIMAS DA VIOLÊNCIA
1)
Criar centros para atendimento às vítimas
de violência com serviços de apoio
jurídico, médico, psicológico
e social.
2)
Criar casas-abrigo para as vítimas de
violência doméstica que necessitem
abandonar suas residências.
3)
Incentivar o voluntariado de profissionais e
estudantes para atendimento nos centros de apoio
às vítimas.
4)
Incentivar instituições e empresas
a criarem serviços de apoio às
vítimas que sejam seus funcionários
e familiares.
5)
Estabelecer convênios com universidades
e faculdades para atendimento às vítimas
da violência.
6)
Criar disque atendimento para o oferecimento
de orientação e apoio à
vítima através do telefone.
7)
Prever incentivos para que as empresas jurídicas
possam apoiar programas de apoio à vítima
de violência.
8) Firmar convênios com os governos estaduais
e federal para a implantação dos
centros de atendimento.
MEIO AMBIENTE
SADIO E EQUILIBRADO
1)
Preservar o meio ambiente, definindo locais
a serem especialmente protegidos (unidades de
conservação) e exigindo estudo
prévio de impacto ambiental para atividades
ou obras que possam causar degradação
ambiental.
2)
Dar publicidade e prestar informações
à população sobre todos
os atos da administração pública
relativos ao meio ambiente.
3)
Promover e incentivar a educação
ambiental e a conscientização
pública para a preservação
do meio ambiente.
4)
Contribuir com as autoridades policiais e do
Ministério Público para que haja
o cumprimento da legislação ambiental
e punição de quem a desrespeita.
5)
Criar estrutura física e de recursos
humanos para uma boa fiscalização
do meio ambiente visando prevenir ou interromper
danos ambientais e impondo ao seu causador o
dever de reparar os danos causados.
6)
Ampliar os mecanismos de proteção
da fauna e da flora, o patrimônio histórico,
cultural, artístico, turístico
e paisagístico.
7)
Vincular as políticas de desenvolvimento
urbano à sustentabilidade ecológica.
8)
Criar e apoiar os conselhos de proteção
ao meio ambiente.
9)
Realizar ações contínuas
para conscientização da população
sobre o bom uso dos recursos naturais e hídricos.
10)
Promover a educação para a coleta
seletiva do lixo em toda a cidade, incentivando
a reciclagem como forma de proteção
ambiental e geração de renda.
CULTURA, LAZER E ESPORTE
1)
Incentivar a criação de políticas
de cultura, esporte e lazer orientadas pelos
seguintes princípios: fortalecimento
dos direitos e liberdades fundamentais; pleno
desenvolvimento da personalidade; incentivo
às práticas de tolerância;
respeito à diversidade de gênero
e cultura, grupos raciais, étnicos, religiosos
e lingüísticos.
2)
Criar conselhos e fóruns para a participação
da sociedade nos processos de decisão
cultural.
3)
Viabilizar recursos orçamentários
para a promoção de políticas
ligadas à cidadania cultural.
4)
Ampliar e distribuir melhor os equipamentos
culturais das cidades, tradicionalmente concentrados
nos centros urbanos, para as áreas com
forte concentração de jovens e
população de baixa renda.
5)
Valorizar e apoiar as manifestações
culturais e os artistas locais, mesmo aqueles
não profissionalizados ou não
reconhecidos, oferecendo-lhes condições
materiais de trabalho.
6) Criar leis de incentivo direto à cultura.
7)
Estabelecer fóruns amplos de debate com
os atores sociais e culturais sobre as identidades
locais e regionais.
8)
Incorporar artes e expressão cultural
nos currículos escolares como tema transversal.
9)
Criar políticas culturais específicas
para os jovens e idosos, especialmente os da
periferia, viabilizando o desenvolvimento da
auto-estima e inserção social.
10)
Incentivar a abertura das escolas municipais
e estaduais nos finais de semana com atividades
recreativas e culturais para a comunidade do
bairro.
11)
Incentivar o tratamento dos temas de direitos
humanos nas produções artísticas,
tais como artes plásticas, vídeos
e peças de teatro.
12)
Propor parcerias com o setor privado e o terceiro
setor na formulação e execução
de programas de educação em direitos
humanos.
ÉTICA NOS
MEIOS DE COMUNICAÇÃO
1)
Procurar comprometer os meios de comunicação
com a educação para os direitos
humanos, na difusão dos valores éticos,
educativos e cidadãos.
2)
Constituir fóruns para a discussão
da campanha “Quem financia a baixaria
é contra a cidadania”, que tem
como objetivo incentivar a comunidade a debater
a qualidade dos programas da televisão.
3)
Propor aos dirigentes dos meios de comunicação
a veiculação da propaganda da
campanha (que pode ser obtida junto à
Comissão de Direitos Humanos da Câmara
dos Deputados).
4)
Propor e estimular programas educativos nos
meios de comunicação.
5)
Incentivar e apoiar as rádios locais,
inclusive as comunitárias e universitárias,
como meios através dos quais a própria
comunidade pode expressar suas idéias
e pensamentos.