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Djalma Maranhão e o folclore
José Condé

Não creio que exista em todo o Brasil um cidade onde se cultive nossas tradições populares com maior carinho e seriedade do que Natal. Deve-se isso a um homem forte, ainda jovem, extremamente simpático e inteligente que se chama Djalma Maranhão. Deixemos de lado, porém, o prefeito que, de camisa esporte, chega ao extremo do conceder audiências até em plena rua, misturando gostosamente com o povo que o trata pelo primeiro nome e o estima com sinceridade; preferimos abordar apenas um dos aspectos de sua administração, o que diz respeito à restauração que fez – consciente e honestamente – dos mais característicos folguedos nordestinos. Djalma transformou esta bonita, ensolarada e alegre capital, numa espécie de Passargada do folclore. Também estudioso do assunto (conheci-o há alguns anos em Salvador quando tomava parte num Congresso de Folclore), Djalma oficializou o incentivo de todos os grupos que, em Natal, cultivam danças e autos populares: Camaleão, quadrilha, fandango, boi calemba, chegança, bambelô. Realizam-se esses folguedos duas vezes por ano: em junho e dezembro. E cada época tem suas manifestações características. No ciclo junino por exemplo, foram restauradas as danças dos arraias – que são instalados nos principais bairros da cidade, notadamente nos populares – compreendendo quadrilhas e pastoris; o ciclo natalino – que abrange os meses de dezembro e janeiro – compreende fandangos, boi calemba, coco de roda, congo, cheganças e ainda pastoris. O bambelô (reminiscência africana) funciona, porém, durante todo o ano.

Nome das principais sociedades folclóricas: Camaleão do Igapó, Caranguejo, Araruna, Arraial de Luís Antônio, Pastoril Sempre Viva, Asa Branca. Estia ainda em Natal uma Federação dos Folguedos Populares, dirigida por uma figura popular da terra: O velho Moreira.

Djalma Maranhão conseguiu tudo isso criando uma equipe jovem, inteligente, a qual entregou os principais departamentos da Prefeitura. É o caso, por exemplo, do Departamento e documentação e Cultura, dirigido por uma poetisa que é das melhores de sua geração: Zila Mamede. Possui o D. D. C. biblioteca pública, Discoteca, Museu de Arte Popular; promove conferências e exposições de artes plásticas, patrocina prêmios e movimenta ao máximo a vida cultural da terra.

Vejamos rapidamente, o que o D.D.C. programou para os meses de junho, julho e agosto: a visita do sociólogo Gilberto Freyre e do poeta Mauro Mota, que aqui pronunciarão conferências; visitas de Abelardo Rodrigues, para restaurar o Museu de Arte Popular, transformando-o, talvez no mais importante, do Nordeste, Exposição do Autor – Norte-rio-grandense, documentada e ilustrada com conferências. Essa exposição se realizará na Livraria Universitária, - uma das mais bem instaladas que já conheci em cujas vitrines ficarão expostos os livros de autores de todas as épocas e escolas literárias; e em cujo salão terão lugar conferências diárias alusivas à vida e obra dos autores norte-rio-grandenses.

Ainda no plano do D. D. C. uma exposição de pintura e desenhos de Newton Navarro, excelente artista potiguar.

Antes de minha chegada a Natal, aqui esteve a pintora paulista Cléo, cuja mostra foi visitada – nos dias em que ficou aberta ao público – por mais de duas mil pessoas.

O lançamento do Concurso para escolha do novo Príncipe dos Poetas Brasileiros, foi feito no Palácio Felipe Camarão, onde, num gesto altamente simpático, o Prefeito Djalma Maranhão reuniu em torno do colunista algumas da figuras mais destacadas das letras norte-rio-grandense. Aplaudindo a promoção e interpretando o pensamento das pessoas presentes, usou da palavra o escritor Luís da Câmara Cascudo.

Compareceram à reunião no Palácio da Prefeitura inúmeros inscritos, professores universitários, jornalistas e artistas plásticos.

(Revista JANGADA, julho de 1959, Porto Alegre-RS)

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