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O EDUCADOR E A PRÁTICA DE EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS NA PARAÍBA

 

                                                                         Maria de Nazaré Tavares Zenaide1

 

O EDUCADOR EM DIREITOS HUMANOS, QUEM SOMOS E DE ONDE VIEMOS?

Nós educadores em direitos humanos, viemos em sua maioria, de práticas como militantes junto aos movimentos sociais e organizações da sociedade civil, a exemplo dos partidos, igrejas e organizações não governamentais.

No Brasil, ao longo dos anos 60 e 70, iniciamos nossa aprendizagem em direitos humanos, através das perdas e violações executadas contra a pessoa em nome do Estado. Nos anos 70 e 80, aprendemos direitos humanos saindo do lugar de vítima para a posição de sujeito histórico, engajando-nos nas lutas concretas pelo retorno dos direitos civis e políticos e do regime democrático no país, assim como, nas lutas em torno da cidadania coletiva. Nos anos 90 avançamos e aprendemos com as lutas em torno do reconhecimento das  nossas diferenciações subjetivas, culturais, sociais e políticas.

Como agentes formais e informais fomos construíndo nossa identidade como múltiplos. Como agentes informais fomos nos formando a partir da vivência nas lutas concretas, independentemente da diferenciação de escolaridade. Viemos de diferentes etnias, setores e posições sociais, do campo e da cidade.

Como agentes formais  fomos nos compondo,  conjugando atores e áreas de conhecimento diferenciadas, buscando construir com saberes distintos, práticas interdisciplinares que resultasse como efeito, a promoção, a proteção e a defesa dos direitos humanos e da cidadania democrática.

A massa que moldou a escultura desse sujeito histórico, desse ator social e desse agente institucional foi constituída de materiais diversos e polarizados. De um lado as dores, as discriminações, as violências, as exclusões e as explorações mobilizaram nossas emoções e razões no sentido de formar uma identidade e uma  vontade coletiva em direção ao outro e a mudança da realidade, do outro lado, a utopia de um novo amanhã sedimentou sentimentos e modos de agir em relação ao outro e ao coletivo.

Segundo SALVAT in CANDAU, 1999) a educação em direitos humanos aparece historicamente,

“ como uma utopia a plasmar e promover nos diferentes espaços da sociedade... aparece como um marco ético-político que serve de crítica e orientação ( real e simbólica) em relação às diferentes práticas sociais ( jurídica, econômica, educativa, etc) na luta nunca acabada por uma ordem social mais justa e livre”

 

Sem um referencial ético-social e humanista para aonde a sociedade da exclusão  poderá caminhar? Sobre esse aspecto alerta (COSTA,1997):

 

“ Sem um esforço para conceber novas formas de relações familiares, novas modalidades  de relações afetivas, sexuais  e amorosas; novos estilos de convivência e sociabilidade; novas atitudes diante do progresso científico-tecnológico; novas posturas diante da transmissão do saber e da tradição cultural democrático-humanista, que é a nossa, dificilmente poderemos produzir o encatamento necessário à paixão transformadora capaz de restituir à figura do próximo sua dignidade moral... navegar é preciso, e sem uma bússola na mão e um sonho na cabeça nada temos, salvo a rotina do sexo, da droga e o credit card.”

 

 

A PRÁTICA DE EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS

 

 

A construção histórica da prática de educação em direitos humanos tem revelado que a mesma não combina com a neutralidade política, pois trata de uma práxis essencialmente comprometida com as lutas coletivas e a  promoção, a proteção e defesa dos direitos humanos.

A educação em direitos humanos no contexto da América Latina segundo CANDAU ( 1999) é intrinsecamente ligada ao processo histórico de conquista da democracia, pois como práxis política, ela concretizou-se nas lutas e movimentos pela superação dos regimes ditatoriais e dos processos de exclusão e marginalização.

Historicamente no Brasil, a prática de educação em Direitos Humanos  surge no contexto das lutas e movimentos sociais  pelos direitos civis, políticos, econômicos, sociais e culturais( lutas em torno da anistia, a reforma agrária, o meio ambiente, os direitos trabalhistas, os direitos reprodutivos, os direitos de identidades étnicas, de gênero e opção sexual, os direitos a moradia, desenvolvimento e reforma urbana, e outros), na perspectiva de conscientização dos direitos e conquista da cidadania, avançando para o âmbito público na busca de democratização do Estado e da produção social.

Se a prática de educação em direitos humanos é dinâmica pois impõe movimento e novos produtos sociais, ela também é ambígua, pois revela nossas contradições individuais e sociais. Na trajetória das práticas de educação em direitos humanos nos revelamos – indivíduos, grupos e sociedade - com toda a nossa carga histórica, cultural, política e subjetiva, mesclada de contradições e incompletudes como pessoas e atores em permanente construção. Em Direitos Humanos descobrimos: que somos humanos, que aprendemos e educamos uns com os outros ao mesmo tempo e o tempo todo e também que não somos os únicos responsáveis pelo processo de construção da cidadania democrática.

 

 

O CARÁTER INTERDISCIPLINAR DA AÇÃO EDUCATIVA EM DIREITOS HUMANOS

 

A ação de proteção e defesa exige um processo de articulação de saberes e práticas informais e formais, congregando níveis distintos de saberes, experiências, histórias de vida e de conhecimento prático.

A experiência tem revelado como os saberes e as experiências formal e informal se articularam, no sentido de resolver os desafios das lutas concretas. Se essa relação de complementaridade foi sendo forjada na prática resultando em ações verdadeiramente interdisciplinares, a prática revelou também os limites e as possibilidades, as divergências e as  contradições, assim como são as relações dinâmicas e a prática social.

 Os diálogos entre os saberes e os agentes formais e informais  produzem no campo das idéias e das ações um exercício de poder que revigora e torna esta  prática um processo dinâmico e histórico.

Pesquisa realizada em 1995 em dez entidades de direitos humanos em João Pessoa revelou que a equipe de agentes formais que atuam nas ações de promoção e defesa em direitos humanos se caracteriza por uma composição multidisciplinar, com a predominância numérica de advogados, pedagogos e assistentes sociais. As demais categorias minoritárias  são: comunicação, sociólogos, médicos, psicólogos, economistas, filósofos, arquitetos e historiador.

Na prática, a ação de educação é intrinsicamente articulada com as ações jurídicas e políticas. Se o saber jurídico legitima a ação de proteção e defesa, os demais saberes sedimentam a ação educativa e política. Portanto, não poderá ser a posição acadêmica de um saber que gera a hegemonia, mas a capacidade de resposta que os  saberes e as experiências  dão efetivamente a prática de promoção, proteção e defesa dos direitos humanos em cada situação concreta. Qualquer tentativa de imposição de saberes nesse contexto  concretizará uma leitura reduzida da realidade, uma relação de dominação, e não uma ação interdisciplinar baseada no diálogo e na competência prática.

Nas práticas educativas em direitos humanos temos experimentado aproximações de saberes populares produzidos na vivência e na experimentação com um leque de saberes acadêmicos, produzidos a partir da pesquisa e da prática do ensino formal. Ambos relevantes e necessárias. O desafio que se coloca aos educadores em direitos humanos é: qual, como e quando cada um dos saberes poderão exercer relações de competência e complementaridade.

 

 

O  PÚBLICO QUE ENSINA E APRENDE

 

O público usuário e construtor da ação educativa em direitos humanos é misto, envolve indivíduos, grupos, comunidades e organizações, advindos de diferentes setores da sociedade e do Estado. No decorrer da história a sociedade, especificamente os setores subalternos foram os primeiros construtores de uma ação educativa em direitos humanos, posteriormente veio o Estado.

Ao longo das três últimas décadas no Brasil, o público primeiro das práticas de educação para os direitos humanos, foi formado por segmentos sociais que tiveram seus direitos civis e políticos violados pelo Estado.

Posteriormente com o agravamento da situação de exploração e desigualdades econômicas e sociais, esse público  ampliou-se para grupos e coletivos em situação de exclusão social de exploração econômica e social e de limites no acesso à cidadania.

Com a institucionalização dos direitos humanos como política de Estado, esse público estendeu sua ação aos agentes públicos  que atuam na execução de políticas sociais ( segurança, justiça, assistência social, educação).

 

 

OS  OBJETOS DA PRÁTICA EDUCATIVA EM DIREITOS HUMANOS

 

A ação educativa em direitos humanos intervém em diferentes situações e produz diferentes produtos sociais. Os objetos de intervenção dos educadores em direitos humanos dizem respeito ao plano dos sentimentos, das idéias, do comportamento humanos, das relações sociais e das práticas institucionais.

O educador em direitos humanos transforma situações distintas como:

-         desinformação e desconhecimento dos direitos e deveres como pessoa humana e os direitos de cidadania;

-         ausência ou baixo nível de reconhecimento social e institucional dos direitos  e deveres da pessoa humana e os direitos de cidadania;

-         não funcionalidade dos mecanismos de garantias de proteção e defesa dos direitos conquistados;

-         desrespeito, restrição e negação dos direitos e deveres da pessoa humana e dos direitos de cidadania;

-         diferentes formas e modos de violações dos direitos civis, políticos, econômicos, sociais e culturais;

-         falta de acesso de bens e serviços públicos;

-         restrição do direito de participação.

 

 

OS  RESULTADOS CONSTRUÍDOS NA RELAÇÃO COM O OUTRO

 

A prática de educação para os direitos humanos e a cidadania tenta produzir processos de: 

-         Informação e socialização sobre os direitos da pessoa humana e os direitos de cidadania;

-         Conhecimento sobre a realidade e suas formas de exclusão, exploração e violações;

-         Sensibilização e mobilização de sentimentos e atitudes éticas e comunitárias;

-         Conhecimento dos direitos e deveres da pessoa humana e os direitos de cidadania;

-         Mobilização das potencialidades para o exercício de ações de conquistas, defesas e proteção, dos direitos da pessoa humana e os direitos de cidadania;

-         Relações afetivas, sociais e formas de convivências comunitárias;

-         Práticas de controle social do Estado.

 

 

ALGUMAS   BARREIRAS E LIMITES  ENCONTRADOS NO PROCESSO EDUCATIVO

 

Várias são as barreiras no campo ético, jurídico, psicológico, cultural  e político-institucional que defrontamos na prática de educação em direitos humanos.

No campo ético-filosófico uma das barreiras encontradas na ação educativa, diz respeito  a  exclusão social, ou, o não reconhecimento  da pessoa humana como sujeito de direitos. Sobre essa questão destaca CHAUÍ citada em BETO( 1993):

 

“não é um fato óbvio para todos os homens que eles são portadores de direitos e, por outro lado, que não é um fato óbvio  que tais direitos devam ser reconhecidos por todos.”( CHAUÍ in: BETO; 1998)

 

 

“ do ódio, da rivalidade explícita, do temor diante do adversário que ameaça privar-nos do que julgamos fundamental para nossas vidas, o alheamento consiste numa atitude de distanciamento, na qual a hostilidade ou o vivido persecutório são substituídos pela desqualificação do sujeito como ser moral (...) a indiferença produziu uma reação igual e contrária. Os desfavorecidos também começaram a negar seu pertencimento a um povo, classe ou nação, e o crescimento do banditismo urbano mostra que aprenderam bem a lição dos mentores. Da mesma forma que para as elites, a vida dos mais pobres não tem nenhum valor, para o” lupen “da cidade, a vida dos privilegiados tornou-se mero objeto de barganha.(COSTA; 2000)

CARDIA define a exclusão moral como uma das barreiras no reconhecimento, o respeito e a  defesa aos direitos humanos. Para a autora, a exclusão moral se define como, a perda da capacidade de indignação com a dor do outro e a aparente aceitação de violações do direito à vida, sem a sensação de que viola regras consensuais de justiça. (CARDIA ; 1995)

 

A  Educação para os Direitos Humanos como afirma AGUIRRE ( 1997) demanda justamente a capacidade de empatia, identificação e solidariedade com o outro.

 

“ a opção pelos Direitos Humanos  não nasce de uma teoria, nem de uma doutrina particular... para que o compromisso ( educativo) seja duradouro, para que não se desoriente, ou se perca pelo caminho ( longo e arriscado), deverá partir, não de uma teoria, mais de uma experiência, de uma dor alheia sentida como própria.... o que chama a mobilização de nossas energias amorosas é a capacidade de ouvir o grito do sofredor e ter a sensibilidade para responder a ele... é o sentimento entendido em toda a sua dimensão, não só como moção da psique, mas como qualidade existencial, como estruturação ôntica do ser humano... não é a mera afetividade, não é a mera passividade que se sente afetada pela existência própria ou alheia, mais que é principalmente atividade, é tomar a iniciativa de sentir e identificar-se com essa realidade sentida... o EROS supõe não um mero sentir, mas  um con-sentir, não uma mera paixão, mais  uma com – paixão, não um mero viver, mas um con-viver, simpatizar e entrar em comunhão.”

 

Outra barreira encontrada na prática da educação em direitos humanos diz respeito a cultura e à prática política, pois é significativa à descrença em relação ao Estado, as instituições democráticas, a legalidade, aos mecanismos de participação e controle social do Estado e na Justiça. Para Benevides ( 1997) a educação para a cidadania em direitos humanos” decorre de uma opção radical pelos valores  valores republicanos e democráticos”, pois, “ as raízes autoritárias e elitistas de nossa formação social permanecem sólidas”, haja vista todas as formas de desigualdades, intolerância e discriminações contra todos aqueles que não se encaixam no padrão excludente de “ letrados e asseados”. Benevides destaca como valores republicanos ( o respeito às leis acima da vontade dos homens, o respeito ao bem público acima do interesse privado, e o sentido de responsabilidade no exercício do poder) e como valores democráticos ( o amor à igualdade,  a aceitação da vontade da maioria com constante respeito aos direitos das minorias,  e o respeito integral aos direitos Humanos). 


1 Professora do Departamento de Serviço Social e membro da CDH/ UFPB.

AS ESTRATÉGIAS  E TÁTICAS DE AÇÕES

 

Os objetivos amplos da educação para os direitos humanos e a cidadania – promoção e defesa dos direitos humanos  e da democracia, erradicação das injustiças sociais  e a construção de um mundo humano e solidário - demandam estratégias e táticas dinâmicas e abrangentes oriundas de várias áreas do conhecimento.

Segundo BETO in ALENCAR (1998),

 

educação em direitos humanos deve humanizar, o que significa suscitar nos educando capacidade de reflexão crítica, bem como a aquisição do saber, o acolhimento do próximo, a sensibilidade estética, a capacidade de encarar os problemas da vida, o cultivo do humor etc.”

 

FESTER in: BETO (ibidem, 1998) aborda o caráter   pedagógico e crítico da educação em direitos humanos, uma vez que reconhece nesta  sua função histórica, que  implica em adotar a pedagogia da indignação e do inconformismo, exercitando a participação, a crítica, a criatividade, o diálogo e os vínculos comunitários.

A extensão e a complexidade dos objetos e do público da prática de educação em direitos humanos implica em diferentes conteúdos temáticos, modos de abordagem e recursos metodológicos.

O relatório do Primeiro Encontro de Educadores em Direitos Humanos (1997) destaca como conteúdos norteadores da educação em direitos humanos:

-         A realidade social e política nacional e internacional;

-         Direitos Humanos e Cidadania: origem, conceito, classificação e evolução histórica;

-         Instrumentos e mecanismos legais de proteção dos direitos humanos: leis, protocolos, pactos, tratados internacionais e programas;

-         Ética, valores sociais e morais;

-         Direitos humanos e mídia;

-         Violência, marginalidade e sociedade;

-         Preconceitos, discriminações e suas diferentes formas de manifestações;

-         Educação em Direitos Humanos na América Latina e no Brasil;

-         Cultura Política, Democracia e Participação;

-         Movimentos Sociais e Direitos Humanos;

-         Instituições de Defesa dos Direitos Humanos

 

São conteúdos de várias áreas do conhecimento que tornam a prática de educação em direitos humanos um processo coletivo e compartilhado, ao mesmo tempo um processo complexo que demanda o olhar de diversos atores e saberes. Como afirma LIMOEIRO in MINAYO (1993) “ o conhecimento se faz à custa de muitas  tentativas e da incidência de muitos feixes de luz , multiplicando os pontos de vistas diferentes”.

No tocante a metodologia reforça BETO, a educação para os direitos humanos implica numa metodologia dialógica e participativa, que considera a relação entre o pessoal  e o histórico e  o subjetivo e o contextual.

Dentre os recursos técnicos utilizados na ação educativa que atuam de modo individual, grupal e coletivo destacam-se: os recursos interpretativos e expressivos( dramatização, psicodrama, teatro popular e outros), os recursos informativos ( boletins, jornais, vídeo, programas de rádio, cartilhas e outros), os recursos sensibilizadores ( vídeo, visita, atividades plásticas, dinâmicas, música e outros), os recursos discursivos (palestras, aulas dialogadas, e outros), recursos artísticos ( fotografias, esculturas, modelagens, desenho, pintura e outros), os recursos   desportivos ( atividades desportivas e recreativas) e  os  recursos lúdicos ( teatro de fantoche, desenho animado, jogos dramáticos, gincanas e outros). Todos esses recursos e outros, demandam dos  educadores, a percepção e a capacidade de comunicação com o público atuante, assim como, estudos e pesquisas que dêem sustentação as demandas de intervenções, com  o  uso de  metodologias criativas, interativas e diferenciadas.

 

 

AS AÇÕES EDUCATIVAS – CONSTRUÍNDO A COLCHA DE EXPERIÊNCIAS

 

Segundo ZENAIDE e CARNEIRO ( 1995) ao longo da história a educação em direitos humanos na Paraíba, foram realizados por movimentos e entidades de direitos humanos, várias estratégias de ações educativas voltadas para os diversos segmentos sociais e populares, tais como:

- Serviços de Assessoria e Consultoria as lutas e ações;

- Ações de  Formação Básica e  Política dos  militantes:

. cursos de formação política com trabalhadores rurais e urbanos;

. cursos e ações de formação básica, a exemplo de alfabetização de adultos com  trabalhadores e setores populares;

. cursos de cidadania;

- Cursos de diferentes níveis formal e informal para setores sociais e institucionais

 

- Produção e Difusão de Informação e do Conhecimento

. produção de material didático-pedagógico de acesso popular;

. produção de boletins, jornais, folhetos e outros;

 

- Serviço de assistência jurídica e psicossocial;

- Ações de Intercâmbio e Organização

. Eventos articuladores  das lutas(congressos, encontros, conferências municipais e estaduais).

 

Dentre as  ações em direitos humanos na Paraíba voltadas para setores institucionalizados, destacam-se os cursos de natureza formal e informal, promovidos por articulações de órgãos públicos (escolas públicas municipais e estaduais, Universidade Federal da Paraíba, conselhos de direitos ( com destaque a atuação do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos do Homem e do Cidadão), secretarias e  setores do poder executivo( Centro de Ensino da Polícia Militar, Delegacias da Mulher, Secretaria da Segurança Pública, Secretaria da Cidadania e Justiça) e outros, em parceria com organizações da sociedade civil,  a exemplo de cursos para usuários e servidores do sistema penitenciário, de justiça, segurança pública e educação, no sentido de capacitar os agentes do Estado na direção da democracia e dos direitos humanos.

Na UFPB a ação de educação em direitos humanos realizadas pela Comissão de Direitos Humanos, Coordenação de Programas de Ação Comunitária e demais setores e centros, tem se pautado em:

-           cursos a nível de extensão em Direitos Humanos promovido pela UFPB em parceria com o CEDDHC, secretarias de Estado e do Município, com apoio do Ministério da Justiça/Secretaria de Estado dos Direitos Humanos/Departamento Nacional dos Direitos Humanos e do SEFOR/FAT, para servidores do sistema de segurança pública  ( policiais militares, civis, agentes e delegados, servidores das delegacias especializadas da mulher);

-         cursos de qualificação do servidores do sistema penitenciário( agentes, dirigentes, dirigentes, assistentes sociais, psicólogos, dentistas, advogados e enfermeiros), de justiça ( defensores públicos) e educação ( educadores e dirigentes escolares);

-         cursos de qualificação profissional para apenados;

-          eventos de cunho mais abrangentes, voltados para propiciar o debate sobre temas relacionados as políticas sociais específicas, a exemplo da questão urbana, saúde, segurança pública, justiça, saúde pública, educação e  outros. São os  seminários,  os debates e fóruns  sobre reforma Urbana,  Saúde em Discussão, Saúde do trabalhador, Trabalho Infantil, Ouvidorias e Conselhos de Direitos , Minorias Sociais e Étnicas,  Questão penitenciária, Polícia Comunitária, Educação em Direitos Humanos e Cidadania.

 

No plano formal as modalidades de ação educativa aparecem  vinculadas ao ensino, a pesquisa e a extensão.

 

No tocante ao ensino, a UFPB tem atuado com a:

 

-         Criação de disciplinas em cursos de graduação e pós-graduação na UFPB e no Centro de Ensino da Polícia Militar, de modo a sensibilizar futuros profissionais para a temática.

-         Criação de cursos de lato senso ( especialização), destina-se a militantes de direitos humanos e outros profissionais interessados na área, como uma ação de capacitação de multiplicadores a nível de especialização;

-         Cursos de extensão de educação básica em direitos humanos introduz a temática de modo informal para um público diferenciado e abrangente;

-         As experiências no ensino fundamental como tema transversal tem sido realizadas  ainda de modo pontual através de projetos de extensão.

-         Na área do ensino formal fundamental começou-se  em 1999 com uma ação mais abrangente, um seminário aprendendo  e ensinando direitos humanos, o curso de formação para educadores e cursos com dirigentes  de escolas públicas  da rede municipal na semana de reciclagem da secretaria municipal de educação, em parceria com o CEDDHC. O  plano da extensão é portanto, um campo fértil de ações articuladas tanto às organizações da sociedade civil quanto a órgãos do poder público.

 

 

 

A RESPEITO DA PESQUISA E DA PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO:

 

  As pesquisas e trabalhos monográficos existentes na UFPB na área de direitos humanos versam sobre temas relacionados a violência contra mulheres e crianças, violações por parte de agentes do Estado, análise de políticas públicas, resgate das lutas  e movimentos sociais, experiências de educação para os direitos humanos, resgate da memória e da atuação de órgãos de direitos humanos, entre outros.

 

 

A EXPERIÊNCIA DE EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS COM OS POLICIAIS MILITARES – LIÇÕES DA PRÁTICA.

 

A experiência com policiais militares tem sido uma das práticas mais significativas em relação ao Estado. De uma relação marcada por preconceitos, dores e conflitos permanentes, ousamos criar uma   possibilidade   de diálogo, crítica,  e construção identidades e pontos de convergências.

Convivemos com o desafio de educar não com nossos pares, mas com agentes do Estado, tradicionalmente vistos como  rivais dos direitos humanos. Nessa tentativa de aproximação convivemos com os policiais, com todas as barreiras culturais e os sentimentos de ambigüidade em relação aos  direitos humanos. Nesse momento enfrentamos como questões teóricas e metodológicas:

-         como abordar temas de  Direitos Humanos considerando a vivência cotidiana do  policial como pessoa humana, cidadão e ator institucional?

-         Como trabalhar os valores éticos e os conteúdos normativos associados a prática cotidiana, a prática policial e a leitura da realidade?

-         Como fazer com que os policiais construam uma concepção de direitos humanos, rompendo com as representações preconceituosas?

-         Como construir com os policiais uma identidade com os direitos humanos que  fortaleça uma cultura democrática?

-         Como colaborar para que os policiais se reconheçam como sujeitos de direitos e como educadores em direitos humanos ?

-         Como refletir com os policiais que direitos humanos não é contra a polícia e a sociedade?

-         Como envolver na ação pedagógica o processo de formação de uma   identidade do policial como  defensor da vida e da cidadania, ao invés de reproduzirmos a relação de vítimas e agressores?  Como construir uma relação polícia e direitos humanos?

 

Foi nesse conjunto de desafios que aproximamos das oficinas pedagógicas – história de vida, construção conceitual de direitos humanos e ética, cidadania e ação policial. As experiências aqui refletidas ocorreram durante o período de 1997 a 1999 junto aos cursos de formação de oficiais do Centro de Ensino da Polícia Militar do Estado da Paraíba e Cursos de Gerenciamento em Polícia Comunitária.

A partir das oficinas pedagógicas Direitos Humanos histórias de vida foi possível desenvolver uma metodologia de fazer  aproximar os policiais da temática direitos humanos, a partir de sua história de vida.

Durante o  exercício de associação livre, o policial  resgata  momentos significativos de sua vida, de modo a encontrar pontos de interseção entre momentos de dores e alegrias, perdas e ganhos, processos de exclusão e inclusão,  que o faz  conectar-se  com o tema dos direitos humanos. A partir destes elos afetivos de conexão, constrói-se com o grupo, pontos de identificação de modo a possibilitar novos processos de entendimentos e de relação com o assunto.

 Como ensina Aguirre (1995), o processo de educação para os direitos humanos, começa por uma mobilização das nossas forças afetivas em relação a um outro. Para que o policial possa se ver e  ver o outro,  precisa que no ato pedagógico possamos vê-los e  senti-los  como sujeitos de direitos e deveres. Se aproximarmos das suas dores vividas ao longo da sua história pessoal e profissional talvez possamos aproximá-los dos direitos humanos. A partir dessa vivência eles compreendem  que direitos humanos não é algo externo, mais faz parte da vida e do cotidiano de cada um. Desse momento então é que podemos apresentar como a luta é de todos nós, e que o caminho é árduo, cheio de ganhos e perdas.

Outro momento significativo desta vivência foi o exercício de elaboração conceitual dos direitos humanos construído a partir das representações individuais espontâneas. A partir do ponto de partida - o que cada um entende por direitos humanos – foram  sistematizadas as dimensões conceituais – dimensão ético-filosófica, jurídico-política, sócio-econômica, sócio-cultural, que articuladas, ampliam a compreensão do tema e possibilitam novos modos de ver e agir. 

A partir desse processo de construção das dimensões dos direitos humanos, é possível exercer a reflexão prática/teoria/prática, tão reclamada na discussão metodológica em direitos humanos. Ao refletir particularmente cada dimensão, é possível descobrir e explicitar nossas contradições pessoais, as ambigüidades culturais e políticas, os limites da democracia, a crise ética do Estado e das instituições, as ambigüidades e contradições da prática dos órgãos de direitos humanos.

 A compreensão e o exercício de conceituação após essa vivência, não serão mais um exercício meramente mental, mas um exercício dinâmico, embasado de elementos subjetivos e cognitivos com significados concretos no real prático.

 A começar de conceitos construídos a partir das vivências e da interação é então que oportunizamos ao policial o contato com a bibliografia especializada, a fim de que se crie um diálogo entre o saber vivencial e o saber formal e teórico.

Se compreendemos que Direitos Humanos, é um modo de sentir, agir e pensar consigo e com o outro a partir de princípios ético-políticos, como vamos viver e construir relações de aproximação, quaisquer que seja o segmento social ou institucional?

Como compreendemos e nos mobizaremos em torno de valores éticos como a paz, o respeito, a igualdade, a justiça... se não compartilhamos com os  policiais suas  vivência de exclusão, violência, injustiças, discriminação?

A construção de pessoas éticas  vem ou não sendo construídas ao longo da nossa história de vida. É preciso revisitar nossas raízes, nossos retalhos de memória para nos ver, para daí então, ver para fora, para o outro e assim poder retornar e viver consigo e com o outro.

A pauta de ação para a construção de uma  polícia cidadã não vai ser cosntruída através de leis, de tratados teóricos, nem só num congresso, num curso... ela vai ser modelada a partir da relação que conseguirmos ousar construir juntos, mesmo que com nossas ambigüidades e desentendimentos.

É preciso estar junto, aproximar- se, aprender que somos sujeitos, todos, inclusive o policial.

Reconhecer-se como pessoa de direito para o policial também é um processo ambíguo, pois é muito contraditório estar na posição de agente da lei e de manutenção da ordem vigente, quando seus direitos básicos não estão sendo reconhecidos e respeitados. Falar das contradições, partilhar nossas  dores coletivas recupera a dimensão cidadã do policial. Refletir e compartilhar com os colegas como o respeito, a dignidade, a igualdade, a justiça, a paz, a solidariedade ou sua  negação, são vividos no seu dia a dia familiar, na corporação e na prática profissional já constitui um novo caminho entre direitos humanos e polícia.

Educar para os Direitos Humanos é portanto, um processo constante de relação entre vivências e processos mentais. Sem a mobilização dos aspectos humanos e éticos do outro com quem compartilhamos a ação educativa muito pouco avançaremos. Um dos momentos que mais vivenciei um sentimento de dor como educadora, foi diante da revelação e da constatação da dor de um policial que participou da chacina do Róger. A chacina do Róger foi um motim de presos onde a polícia cercou por várias horas e um grupo de choque invadiu e invadindo imediatamente recuperou os sete reféns, e também imediatamente trucidou oito apenados com tortura, com metralhadoras, pisoteando, espancando e em seguida a este ato as autoridades públicas da Paraíba  louvaram a iniciativa e conferiram honrarias públicas pelo gesto de bravura e de grande civismo praticado, até que a Pastoral Carcerária denunciou e  o Conselho de Direitos Humanos intercedeu para que houvesse um reexame dos corpos que constatou a chacina. A dor vivida como educadora, foi ouvir e  ver esse outro homem transformado em cão de caça, desmontado como pessoa e profissional, e ao mesmo tempo explicar da necessidade da ação de proteção e defesa.

O policial que está na atividade de rua ou no sistema penitenciário, vive o tempo todo na corda bamba. A qualquer momento, toda sua vida pessoal e profissional pode mudar bruscamente de rumo. Como  então compreender que o policial que exigimos a defesa da vida está com a sua vida por um fio, que assim como os meninos de rua, a vida dura apenas um suspiro?

O discurso nosso de defesa da lei ( devem ser punidos todos os responsáveis para separar o joio do trigo e não incentivar para que outros continuem errando) é uma necessidade para o processo democrático. Mas como exigir punição se esta só se efetiva na direção dos que executam ordens? Quais serão também outros discursos e práticas que poderemos construir para não restringirmos nossa ação apenas após as violações acontecerem?

Não é tão simples assim a realidade político-institucional e a luta de defesa dos Direitos Humanos. Esse exemplo revela como à ação de denúncia, apesar de politicamente e culturalmente necessária, é limitada, pois nós também somos contraditórios e imediatistas. Ao nos limitarmos nas ações emergenciais muitas vezes somos incompreendidos e injustiçados. Agimos tanto quanto a imprensa jogando pedras, talvez por isso, que o conceito de Direitos Humanos para o policial e para a sociedade seja visto como invertido, um direito de um outro que lhe é negado, roubado,  não reconhecido.

A nossa coerência prática como defensor é posta na ação educativa o tempo todo na mesa de discussão. É isso que faz a experiência ser pedagógica para todos. A ambigüidade que eles denunciam muitas vezes, são produtos de nossas atuações:

 

 “ Ah , mas direitos humanos só vai para o jornal para meter o pau na gente, pois quando o policial foi morto não apareceu ninguém dos diretos humanos no enterro para prestar solidariedade”

 

A prática demonstra que para todos, é necessário o reconhecimento e o sentimento da pessoa como pessoa humana a fim de noutro plano poder se constituir como ator social, como sujeitos de construção de direitos. Nesse processo enriquecedor de aproximarmos de um outro, seja sem terra ou agente público, demanda nos aprender a  reconhecer e viver a dimensão humana, exercer nossa capacidade de diálogo, revisitar nossos preconceitos, ouvir o que difere de nós,  mobilizar nossa capacidade de sentir os gritos de dor, a  indignação e a raiva,  aprender a escutar e a expressar a  crítica das práticas, sem com isso, negarmos e esquecer  nossa identidade de defensores dos direitos humanos.

Ao ensinar e aprender direitos humanos com o policial, enxergamos a pessoa policial e o cidadão policial. Primeiramente, aprendemos a vê-lo como pessoa independente da farda, uma pessoa, com rosto, identidade, individualidade, subjetividade e cidadania. Aprendemos como precisamos rever nossas posturas e sentimentos em relação ao policial se quizermos formar policiais como agentes públicos, protetores dos direitos humanos e da democracia.

A distância existente entre a polícia e a sociedade é a mesma que ao longo da história do autoritarismo no país foi sendo construída em relação a sociedade civil. Esta relação mesclada de  preconceitos, desrespeitos, falta de solidariedade, intolerância, violência  é o quadro da relação social mais ampla de uma sociedade que historicamente construiu-se como desigual e injusta.

No processo de aprendizagem vamos aos poucos compreendendo, quanto é  ambíguo para o policial nossos discursos de  proteção e defesa dos direitos humanos, com a realidade social e institucional  que vivência na prática cotidiana, repleta de tensão e contradições e ainda de desigualdades os transforma em rivais dos direitos humanos. Nossa polícia assim como os setores subalternizados, carecem de um conjunto de serviços sociais básicos, como, saúde, seguridade e assistência que garanta ao policial, como servidor público, garantias para poder exercer a defesa da ordem e da segurança pública.

Como falar e exigir uma polícia protetora dos direitos humanos, se na hora em que um policial no exercício da profissão perde a vida, nós dos direitos humanos não nos sensibilizarmos mais com a sua vida perdida?

Como discursar cobrando uma polícia protetora dos direitos humanos se também reproduzimos o processo de coisificação desse relevante ator institucional, na medida em que  reduzimo-os a um objeto de utilidade?

Como aprender a construir uma polícia cidadã, se nos omitimos em apoiá-los  nas suas lutas econômicas e sociais concretas como suas lutas por melhores condições de vida e trabalho?

Como refletir com o policial a contradição entre os valores dos direitos humanos e a ambigüidade da justiça, e da democracia no Brasil? Como não perder a capacidade de sonhar, frente às contradições sociais e a luta permanente na sociedade e instituições?

Como  conviver com a sala de aula ( com o ideal de vida)  e com as contradições das práticas em defesa da vida, ao ponto de sofrermos e temermos em situações de conflitos de terra, com a possibilidade da participação de policiais em  processos de desocupações de terra?

Como relacionar-se com o policial sem medo e sem distinção de hierarquia, mas como pessoa humana , um cidadão e um servidor público?

O processo de formação do educador em direitos humanos é essencialmente prático e permanente. Cada dia aprendemos e ensinamos, nossa ação pedagógica em promoção dos direitos humanos não começa nem termina dependendo dos cargos ou da posição funcional que ocupamos ou exercemos, ela acontece em todas as circunstâncias de nossas vidas, de modo informal e formal.

 

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