3. A
luta pelos direitos humanos no período da transição
A articulação da
sociedade civil brasileira em favor da democracia e dos direitos humanos
traduziu-se, depois, durante a ditadura, na participação de suas
entidades mais representativas no processo de transição política.
Além das
organizações de direitos humanos, destacaram-se, nesse processo, as
Igrejas Cristãs com uma caminhada ecumênica, a imprensa alternativa,
as oposições sindicais, a Ordem dos Advogados do Brasil, os partidos
de esquerda (embora atuando de forma clandestina), os setores
progressistas do Movimento Democrático Brasileiro (MDB) e o movimento
sindical urbano e rural.
Esses e outros
segmentos da sociedade civil tiveram participação ativa nos momentos
mais importantes da transição, incluindo, entre outros, a luta pela
anistia ampla, geral e irrestrita (decretada em 1979) e o surgimento do
novo sindicalismo (simbolizado pelos metalúrgicos do ABC paulista).
Mais tarde, esse
conjunto de forças, articulações e alianças voltou a se manifestar
na Campanha pelas Diretas-Já, em 1983 e 1984. Embora frustrada, em
termos imediatos, pela prevalência, na votação do Congresso, da eleição
presidencial indireta, essa campanha representou um dos principais
momentos de afirmação democrática na história do Brasil.
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