As
Desigualdades Sociais
A
elevação das desigualdades sociais também vem sendo alvo de
profunda preocupação por parte das pessoas e entidades vinculadas
aos Direitos Humanos, uma vez que se apresenta como fato gerador e
alimentador de um processo de exclusão e desumanização do indivíduo
em face de todas as questões já colocadas.
“Em
sociedades marcados pela exclusão, pelos conflitos, pelas
desigualdades estruturais, vivendo situações de injustiça
institucionalizada, a questão dos direitos humanos se torna central e
urgente.”
(Vera
Maria Candau — Tecendo a Cidadania)
A
perspectiva dos Direitos Humanos diante da globalização econômica e
da hegemonia do neoliberalismo, marcado pelo eficientismo de mercado,
cuja liberdade foi entronizada como regulador social absoluto, e pela
idéia do Estado Mínimo, faz observar uma realidade perversa e
arrasadora, principalmente porque atinge com maior contundência os
mais excluídos e vulnerabilizados.
“A
globalização, ou a mundialização econômica, ou mesmo
internacionalização do capital, reflete a saída mercadológica
encontrada pelo capital para superar a crise advinda do inicio da década
de setenta, após o esgotamento do modelo de produção massiva
pregado pelo fordismo e pelo Estado keynesiano. A rigidez das regras
jurídicas e da produção, com o Estado apontando e terraplenando o
caminho a ser percorrido pelo mercado, esgotou suas tarefas na manutenção
da racionalidade capitalista. Além disso, a contrapartida pela
“pacificação da luta de classes - as concessões feitas aos
trabalhadores – corroeu as bases de acumulação. “
(Alexandre
Luiz Ramos — Direitos Humanos, Neoliberalismo e Globalização in
Direitos Humanos como Educação para a Justiça)