Conferência repudia
fim de investigações

IV Conferência Nacional dos Direitos Humanos
Integral
A IV Conferência Nacional de Direitos
Humanos, encerrada na sexta-feira passada, divulgou moção de
repúdio ao encerramento do inquérito do assassinato do
decorador Antônio Lopes, Carla. Pelo documento "tal fato
estimula o silêncio e a impunidade em torno deste e de outros
casos que o vinculam ao grupo de extermínio localizado na
Polícia Civil daquele Estado."
O diretor do Centro de Direitos Humanos e
Memória Popular, Roberto Monte, participou da Conferência e
afirma que todos foram pegos de surpresa com notícia de que o
caso Carla foi encerrado, sem culpados. Segundo ele, o próprio
deputado Nilmário Miranda, presidente do Conselho de Direitos
Humanos da Câmara Federal e representante no Conselho de
Direitos Humanos da Câmara Federal, que esteve em Natal após o
assassinato do decorador não sabia do arquivamento.
Na opinião de Roberto, o caso Carla não vai
ficar sem desdobramentos. "Acho que a partir desta semana
terão novidades neste caso. Acredito, até porque o secretário
Nacional de Direitos Humanos, José Gregori, estava na mesa da
Conferência e disse que ia tomar providências," menciona.
Durante a Conferência, também foi tirada
uma outra moção que dizia respeito ao Rio Grande do Norte. Ela
apóia o ativista James Cavallaro, da Human Rights Watch,
"pela clara tentativa de intimidação perpetrada pelos
integrantes do grupo de extermínio da Polícia Civil do Rio
Grande do Norte na pessoa do Delegado Maurílio Pinto de
Medeiros."
A moção lembra que Maurílio está
processando o ativista, porque este último deu declarações
envolvendo o grupo de extermínio do Estado no assassinato de
Gilson Nogueira, além de falar na participação do filho do
Delegado, Maurílio Pinto Júnior.
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