
Saúde
Com
o esgotamento do modelo desenvolvimentista, pode-se verificar que as
políticas públicas, tanto no universo da saúde, física e mental,
como no de assistência e previdência social do Brasil, foram
absolutamente desastrosas.
As
ações governamentais nessas áreas redundaram em sucessivos
fracassos, que culminaram com o sucateamento do sistema e a
consequente redução, tanto da qualidade do atendimento, quanto do
volume de benefícios, até alcançar os níveis insuportáveis que a
população brasileira vem experimentando há muito tempo.
A
criação de novos tributos vinculados, bem como o aumento das alíquotas
de contribuição, não vêm sequer mantendo um mínimo equilíbrio,
pelo contrário, tem servido apenas para demonstrar uma crônica situação
falimentar.
Nessa
realidade, é de suma importância compartilhar com a população das
suas expectativas, mesmo que sombrias, procurando constantemente ouvir
e reduzir seu sofrimento através de uma atuação serena e segura,
sempre sob o inafastável império da lei, de tal modo que pretenda o
equilíbrio psicossocial na esfera dos anseios pessoais e coletivos,
estimulando a confiança no futuro e a esperança por dias melhores,
tudo com o intuito de sustentar o moral social frente às crises que
se pretende passageiras, enfatizando e reafirmando o compromisso de
irrestrita proteção ao tecido social já tão esgarçado, cuja
eventual ruptura poderá vir a determinar consequências tão
indesejadas quanto imprevisíveis.
“Os
direitos humanos foram identificados com os valores mais importantes
da convivência humana, aqueles sem os quais as sociedades acabam
perecendo, fatalmente, por um processo irreversível de desagregação.”
(Fábio
Konder Comparato - A Afirmação Histórica dos Direitos Humanos)
“A
receita neoliberal, com seus ingredientes essenciais – a
desconstitucionalização. a deslegalização e a desregulamentação
– poderá resultar no esvaziamento institucional e no retorno ao
‘estado de natureza’ hobbesiano e à barbárie, numa verdadeira
catástrofe social para os latino-americanos.
(Renato
Gomes Pinto - Globalização dos Direitos Humanos?)
Cabe
ressaltar que a ineficácia no combate ao tratamento das doenças
sexualmente transmissíveis, principalmente da AIDS, vêm
intranquilizando os defensores dos Direitos Humanos, na medida em que
suas vitimas se constituem em um contingente cada vez mais expressivo
da humanidade, invariavelmente abandonados, virtualmente condenados ao
destino trágico que a moléstia lhes reservou.