Fórum
Social Mundial - RN
Diário
de Natal, 29/04/2001
Um dos prazeres que trago
na vida é o de desde menino ter descoberto valores como democracia
e socialismo democrático, ecologia e direitos humanos. Tinha doze
anos quando descobri a Teologia da Libertação.
Por que tudo isso agora? Para dizer, para quem ainda não sabe –
pois quem me acompanha pelo rádio, televisão, jornal, livros,
shows e internet sabe muito bem disso – que sou um homem de
esquerda por causa de Jesus e dos pobres. Pronto!
Como representante regional do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs
do Brasil (CONIC-RN) participo do Comitê do Fórum Social Mundial -
RN. Esse Comitê será lançado aqui em terras potiguares na próxima
terça feira, 1º de maio, Dia do Trabalhador e sexto aniversário
da Rede de Direitos Humanos e Cultura - DHnet, às 15h00 no
restaurante Malagueta.
O lançamento contará com uma grande programação político-cultural
que terá depoimentos das pessoas que foram para o Fórum; lançamento
da camiseta FSM-RN; lançamento da homepage do FSM-RN; exposição
de materiais e documentos que foram distribuídos no FSM - Porto
Alegre; audição de músicas comemorativas ao 1º de maio; show
musical com Carlinhos Bem e por fim, a festa do sexto aniversário
da DHnet.
O Fórum Social Mundial realizou-se em Porto Alegre, dos dias 25 a
30 de janeiro de 2001. Escrevi naqueles dias nesta coluna um artigo
intitulado Davos e Porto Alegre. A Comissão de Justiça e Paz da
CNBB fazia parte da organização do Fórum juntamente com mais sete
entidades. ‘‘Um outro mundo é possível’’, era o lema do Fórum.
Em síntese, a discussão central foi o caminho para reverter o
atual quadro de injustiça social, cada vez mais crescente com o
esse sistema econômico perverso de nome neo liberalismo, que tem
como única finalidade a estabilidade econômica em detrimento da
mulher e do homem, do social, da cultura popular e da preservação
do meio ambiente.
Quatro eixos nortearam os trabalhos do Fórum. O primeiro tratou da
reprodução social e a produção de riquezas; o segundo eixo
tratou do acesso às riquezas e sustentabilidade; a afirmação da
sociedade civil e dos espaços públicos foi o tema do terceiro eixo
e por último, foi a temática do poder público e a ética na nova
sociedade. Discutiremos esses temas depois.
Convido você, amigo leitor, a comparecer, pois, no Malagueta para o
encontro. |