Alto
Comissário das Nações Unidas
Programa das Nações Unidas Para os Direitos
humanos
Para
o Desenvolvimento
COMITÉ NACIONAL DOS DIREITOS HUMANOS
PROGRAMA HURIST
SEMINÁRIO DE DEFINIÇÃO
DA METODOLOGIA PARA A ELABORAÇÃO DO PLANO
NACIONAL DE ACÇÃO DE DIREITOS HUMANOS
EM CABO VERDE
RELATÓRIO FINAL DO SEMINÁRIO
Assembleia Nacional
6-7 de Junho de
2002
Praia, Cabo Verde
1. INTRODUÇÃO
A elaboração de um Plano Nacional de Acção de Direitos
humanos foi primeiro sugerida em 1999 pela missão conjunta
do OHCHR (Escritório do Alto Comissário
para Direitos humanos) e PNUD (Programa
das Nações Unidas para o Desenvolvimento)
no relatório da missão de avaliação em direitos
humanos em Cabo Verde. O relatório era o
resultado do convite dirigido pelo Governo
às duas agências das Nações Unidas para
levar a cabo uma missão de avaliação sobre
as necessidades de direitos humanos em Cabo
Verde.
O programa político do Governo eleito em 2001 e o apoio renovado de OHCHR
e PNUD deu nova força ao projecto de elaborar
um Plano Nacional de Acção
de Direitos humanos (PNADH). Como resultado
das negociações entre o Governo, PNUD e
OHCHR, o programa de HURIST provê contribuição
técnica e financeira para o Governo de Cabo
Verde para a elaboração do Plano. Os fundos
foram concedidos depois do Governo e PNUD
terem assinado um acordo no
passado mês de abril.
O HURIST (Fortalecimento
dos Direitos humanos) é um programa para
apoiar e fortalecer as capacidades nacionais
para a protecção
dos direitos humanos. Cabo Verde foi escolhido
como país piloto para ajuda na primeira
janela do programa HURIST que apoia
a elaboração de Planos Nacionais de Acção
de Direitos humanos.
O organismo encarregue
de elaborar o PNADH em Cabo Verde é o Comité
Nacional de Direitos humanos. O Comité
foi criado pelo Governo em setembro de 2001
por decreto-lei, implementando em deste
modo a segunda principal recomendação da
missão conjunta OHCHR e PNUD de 1999. O
Comité é presidido pelo Ministro de Justiça e Administração
Interna, e é composto em número igual por
representantes do Governo (ao nível central
e local)
e da sociedade civil.
2. A ELABORAÇÃO
DO PLANO EM CABO VERDE E O SEMINÁRIO
O desenvolvimento
do PNADH em Cabo Verde é composto de três
fases principais e vai de abril último
a de abril 2003. O Comité Nacional de Direitos humanos organiza e implementa
todas as actividades
necessárias à elaboração do PNADH, beneficiando
do apoio técnico e financeiro do programa
HURIST.
A primeira fase
consistiu no organisação
das actividades
preparatórias para a elaboração do Plano.
Incluiu o organisação
do seminário de dois dias cujo objectivo
era desenvolver uma metodologia para a elaboração
do PNADH em Cabo Verde. O Seminário procurou
fortalecer o Comité
Nacional de Direitos humanos (CNDH) e, capacitar
os membros no processo de elaboração metodologia
de desenvolvimento do Plano. Os participantes
deveriam também definir a metodologia por
colher informação e avaliar as necessidades
ao nível local durante o Seminário. O seminário
definiu os orientações
para a segunda e terceira fase do processo
de elaboração do PNADH em detalhe.
Um número seleccionado de funcionários da administração pública e representantes da sociedade civil, além dos membros do Comité, foi convidado a participar ao Seminário. Esta
participação permitiu aos membros do Comité
começar o processo de sensibilização da
população de Cabo Verde para participar
na elaboração do Plano.
Os resultados
esperados do Seminário de Metodologia eram:
-
Desenvolver um quadro lógico de metodologia
para a elaboração do PNADH;
-
Assegurar a propriedade plena do processo
pelos membros do Comité
e os outros participantes para o Seminário;
-
Desenvolver a metodologia por colher informação
e avaliar as necessidades ao nível local;
-
Elaborar um Plano de Trabalho de actividades aprovado pelo stakeholders
primário.
Durante a segunda
fase serão organizadas onze missões de informação/avaliação
em direitos humanos. As missões cobrirão
as dezassete municipalidades
de Cabo Verde e cada ilha será objecto
de pelo menos uma missão. Quatro membros
do CNDH comporão cada missão. Durante as
missões será organizado um seminário de
dois dias e representantes locais da sociedade
civil e do governo, como também todos os
cidadãos interessados, serão convidados
a participar. Ao término de cada missão
os membros de Comité em colaboração com o consultor nacional escreverão
um relatório de missão. Os relatórios serão
o material de referência por elaborar o
projecto do PNADH.
A última fase
prevê que o projecto
do PNADH seja discutido durante uma conferência
nacional de dois dias. Todos as organizações
e as pessoas que contribuírem à elaboração
do Plano participarão na conferência nacional.
A conferência nacional também estará aberta
a participação
pública. Serão incluídas
no PNADH os comentários e recomendações
feitos pela conferência. Afinal,
os membros de CNDH aprovarão o PNADH finalizado
e ele será submetido ao Governo e enviado
ao Parlamento.
3. OS PARTICIPANTES
Os organizadores
do seminário quiseram ter uma representação
viva da sociedade de cabo-verdiana e por isso foram convidados aos participantes
de diferentes áreas e proveniências.
O próprio Comité está composto de representantes da sociedade civil,
de ONG's e do
Governo. Porém para aumentar a representação
da sociedade civil, foram enviados convites
a um número seleccionado de activistas de direitos
humanos e representantes de ONG's.
Entre os participantes
havia funcionários do Governo e das municipalidades;
técnicos das instituições governamentais
nacionais; representantes de grupos religiosos,
de ONG's, as forças armadas, jornalistas, assistentes sociais,
sindicalistas e activistas
de direitos humanos.
4. ORGANIZAÇÃO
DO SEMINÁRIO
O seminário na definição da metodologia para a elaboração do Plano Nacional
de Acção de Direitos
humanos em Cabo Verde foi organizado pelo
Comité Nacional
de Direitos humanos, PNUD e OHCHR.
O seminário durou
dois dia, 6 e 7
de junho de 2002. No primeiro dia o seminário
foi focalizado nos princípios básicos que
regem a elaboração de um PNADH e vários
Planos foram analisados. No segundo dia
que os participantes discutiram sobre a
metodologia da elaboração do PNADH, tendo
constantemente presente as necessidades de direitos humanos do País. Foram divididos em três grupos de trabalho e ao término da sessão
cada grupo apresentou suas conclusões.
As secções foram
presididas pelo consultor internacional,
Sr. Paulo de o Mesquita
Neto, e a Coordenadora de Comité,
Sra. Vera Duarte de Pina agiu como moderador,
com a ajuda do ponto focal do Hurist para Cabo Verde, Sra. Geraldine
Becchi. Ao término
de cada exposição houve lugar a debate.
O consultor internacional é perito em assuntos
de direitos humanos e participou activamente
na elaboração do primeiro e segundo PNADH
do país dele, Brasil.
O Sr. Mesquita também fez parte da missão de avaliação de 1999
realizada por OHCHR e PNUD em Cabo Verde
que, entre outros, sugeriu nas conclusões
a elaboração de um PNADH e a criação do
Comité de Direitos
humanos Nacional.
5. RESUMO DO SEMINÁRIO
A. PRIMEIRO DIA
O seminário foi
aberto sob a presidência da Ministra da
Justiça e Administração Interna, Sra. Maria
Cristina Fontes Lima, com a participação
do Coordenador do Sistema de Nações Unidas
e representante Residente dos
Nações Unidas Programa Em desenvolvimento
(PNUD), Sr. Joseph Byll-Cataria,
e o Coordenador do Comité
Nacional de Direitos humanos, Sra. Vera
Duarte de Pina.
O Coordenador
do Comité deu
as boas-vindas aos participantes e os convidados.
Sra. Vera de Duarte de Pina enfatizou a
importância da criação do Comité e a importância das tarefas que lhe são atribuídas.
Ela apresentou o consultor internacional
e brevemente sublinhou o compromisso dele
aos direitos humanos, a experiência dele
na elaboração do plano de acção nacional dos direitos humanos e as ligações dele com
Cabo Verde que data a 1999 quando ele participou
na supracitada avaliação em direitos humanos
no País como parte da missão conjunta de
OHCHR/PNUD. Além
disso, ela focalizou os assuntos principais
relativos a violações de direitos humanos
em Cabo Verde, em particular às mulheres
e a condição das crianças.
O Coordenador
do Sistema de Nações Unidas e representante
Residente do PNUD deu as boas-vindas aos
participantes e expressão
a sua satisfação, vendo o compromisso
de Cabo Verde a assuntos de direitos humanos.
Sr. Byll-Cataria
sublinhou que as Nações Unidas apoiam
as iniciativas nesta área e descreveu a
importância dos direitos humanos para as
Nações Unidas. Em particular, o Sr.
Byll-Cataria renovou
o apoio a Cabo Verde, assinalando a coincidência
do PNUD e o Escritório do Alto Comissário
para Direitos humanos (OHCHR) no programa
de Hurist. Ele falou do programa de Hurist
e do papel em Cabo Verde. O representante
Residente pôs ênfase na importância de elaborar um PNADH em Cabo Verde
e desejou ao Comité
o melhor sucesso em seu trabalho.
A Ministra de
Justiça e Administração Internos pronunciou uma intervenção
longa, e emotiva. A Sr.ª
Maria Cristina Fontes Lima sublinhou a importância
do seminário como a actividade
preparatória para a elaboração do PNADH.
Nessa situação dela ela antecipou a possibilidade
para transformar, ao término da elaboração
do Plano, o Comité em uma Instituição Nacional de Direitos humanos. A
Ministra referiu-se a violação principal
de direitos humanos em Cabo Verde, enquanto
focalizado em crianças, mulher, os direitos
de pessoas inválidas e idosos. Ela sublinhou
a insuficiência e antiguidade do código
penal que limita o desempenho do sistema
judiciário. Isto especialmente é evidente
quando os Tribunais tratam de crimes como
prostituição juvenil, pornografia e abuso
sexual. A Ministra falou da insuficiência
do sistema presente em lidar com alguma
violação de direitos humanos, em particular
não protegendo os direitos de crianças e
mulheres. Ela renovou o compromisso do Ministério
em melhorar protecção de direitos humanos e apoiar a elaboração do PNADH.
As intervenções
asseguradas pelo consultor internacional
foram seguidas de debate na sessão da manhã
e na sessão de tarde.
Durante a primeira
sessão o consultor internacional ilustrou
os conceitos gerais e princípios gerais
que compõem um Plano Nacional de Acção
de Direitos humanos. O Sr.
Mesquita explicou a origem de PNADHs
e o que eles são. Ele também focalizou no
porque e quando os países decidem elaborar
um Plano. O consultor internacional concluiu
a sessão matutina com a lista dos países
que já adoptaram
um Plano e em quais está a
elaboração em desenvolvimento.
Durante a sessão
de tarde o Sr.
Mesquita comparou vários PNADHs adoptados por outros países.
Isto é ele comparou o primeiro e segundo
Plano brasileiro (1996 e 2002), o Programa
em Direitos humanos no Estado do São Paulo
(1997), o Plano Sul africano (1998), o Plano
australiano (1998) e fez referência a outros
planos. A comparação visou os conteúdos,
o formato e a metodologia de elaboração.
As variações do
conteúdo segundo a tipologia de direitos
mencionados para protecção
(por exemplo, no Brasil, foram incluídos
extensivamente só direitos sociais no segundo
Plano.) Outras variações consistem na introdução
de uma explicação da metodologia aplicada
na elaboração, a divisão do PNADH em parágrafos
que interessam direitos específicos, a inclusão
das acções concretas
para realizar, etc.
Formatos diferentes
de PNADHs
foram analisado durante a sessão. Alguns
PNADHs
tem um formato esquemático e outros tem
um formato mais estendido.
O consultor também
visou as metodologias
que foram adoptadas pelos diferentes Estados. A comparação deu aos participantes
as ferramentas para discutir e escolher
as opções que pudessem ser melhores para
o PNADH de Cabo Verde.
Cada sessão foi concluída com um debate onde os participantes
puderam fazer perguntas e poderem compartilhar
os comentários.
B. SEGUNDO DIA
O segundo dia
começou com perguntas pelos participantes
sobre os tópicos discutidos no dia anterior.
Em seguida eles
foram divididos em três grupos com nove
pessoas cada e eles foram convidados a discutir
a metodologia de elaboração, o formato e
o conteúdo do futuro PNADH para Cabo Verde.
O Sr. Mesquita
deu aos participantes algumas directrizes
sobre como levar a cabo a tarefa. Ele deslocou-se
então de um grupo a outro provendo ajuda
quando requerido.
Pela tarde um
relator de cada grupo apresentou na sessão
plenária os resultados do discussões do grupo dele. Cada grupo dirigiu de uma maneira
diferente a metodologia de elaboração e
a estrutura de Plano, mas algumas semelhanças
eram notórias.
As três metodologias
e estruturas foram fundidas pelo consultor
internacional e o ponto focal do Hurist
e apresentadas aos participantes. Os participantes
puderam comentar e fazer sugestões antes
do documento final ser adoptado por todos em plenário.
C. CONCLUSÕES
Todos os participantes
adoptaram as conclusões
seguintes no término do seminário
:
Por unanimidade
os participantes decidiram que o Presidente
da República lançará o processo de elaboração
oficialmente e logo após o Presidente da
Associação Nacional de Municípios fará o
mesmo. As mídia
radiodifundirão
na televisão e serão organizados eventos
e um debate para dar a visibilidade máximo
ao processo.
O Comité encarregar-se-á de disseminar informação sobre o próprio
Comité e o Plano.
O Comité fará
um esforço especial explicando a todos os
cidadãos como participar no processo de
elaboração do plano.
O Comité estabelecerá contactos com organizações governamentais,
com organizações da sociedade civil e com
a população por cartas, questionários e
contactos pessoais.
O Comité fará contacto com os presidentes das câmaras municipais.
Serão pedidos as municipalidades
e a todos os organizações de sociedade civil
pertinentes para enviar informação para
a elaboração do Plano ao Comité.
Cada municipalidade receberá informação
sobre o Plano e o Comité
e será convidado a participar nos seminários
das missões. As municipalidades deverão
indicar um ponto focal que agirá como mediador
entre o Comité
e o organizações governamentais, as organizações
da sociedade civil e em geral a população
residente de no território de municipalidade.
O ponto focal proverá ajuda crucial em organizar
as missões do Comité.
Um questionário será distribuído ao ponto
focal visando alcançar a população inteira.
Onze missões,
compostas por membros de Comité
um numero de três/quatro (inclusive o consultor nacional), visitará cada
ilha entre julho e outubro. Durante as missões
os membros de Comité contactarão oficiais governamentais
e municipais, representantes da sociedade
civil, representantes
de organizações e cidadãos. Isto
acontecerá com a realização de um seminário
de dois dias. Um relatório de missão será
escrito ao término de cada missão e será
enviado às municipalidades visitadas para
comentários.
O Comité formará um grupo de redacção
composto pelo consultor nacional e dois
membros de Comité.
Este grupo elaborará o projecto
PNADH com base nos relatórios da missão,
dos documentos pertinentes já existentes
e dos questionários distribuídos às municipalidades.
O Comité aprovará o projecto do PNADH
e enviado às municipalidades através do
ponto focal, para comentários e revisões.
Uma conferência
nacional comentará e sugerirá revisões ao
projecto PNADH.
O grupo de redacção
incluirá as recomendações considerado pertinentes.
O Comité aprovará a versão final do Plano e enviá-lo-á ao Conselho de ministros para aprovação e apropriação.
O Parlamento também receberá uma cópia do
PNADH para apropriação, por um debate, pelos
deputados. A final, o Presidente da Assembleia
apresentará o PNADH oficialmente ao País.
Os participantes
discutiram e aprovaram que os membros de
Comité deveriam
começar por garantir um orçamento para o
Comité no orçamento
de Estado do próximo ano.
O prazo sugerido
de vigência do PNADH poderia ser cinco anos,
mas os participantes concordaram que o grupo
de redacção deveria
discutir o tempo preciso conforme as necessidades
do País.
6. DOCUMENTAÇÃO
Os participantes
encontraram alguma documentação ao chegar
ao seminário. A documentação incluía um
relatório de avaliação em direitos humanos
em Cabo Verde (1999), o Relatório do ano
2000 em desenvolvimento Humano de Nações
Unidas, PNADHs
seleccionados de vários países e uma brochura de Nações Unidas
com instituições nacionais de direitos humanos
(1994).
Informação adicional
sobre direitos humanos, em particular da
Década das Nações Unidas para Educação em
Direitos humanos, e em instituições de direitos
humanos nacionais estava disponível para
consulta no lugar.
Alguns participantes
mostraram interesse nos documentos disponíveis
para consulta e pediram uma cópia.
Os membros de
Comité receberam o relatório de avaliação em direitos humanos
em Cabo Verde aproximadamente dez dias antes
do seminário. Isto para aumentar o conhecimento
dos membros em assuntos de direitos humanos
e necessidades no País e para que eles pudessem
comentar o documento com o autor, Dr. Paulo
Mesquita Neto.
7. ORÇAMENTO
O "Apoio
para a elaboração de um Plano Nacional de
Acção de Direitos
humanos em Cabo Verde" projecto
de PNUD/OHCHR forneceu o orçamento do seminário. O seminário
foi a primeira
actividade organizada
ao abrigo do programa Hurist
em Cabo Verde.
O orçamento disponível
para organizar o seminário incluindo os
custos de materiais fotocopiados e imprimidos, viagens e DAS,
vale de participantes que vieram de outras
ilhas (um da ilha S. Nicolau e um da ilha
de S.Vicente), material de apoio para os
participantes, café, almoço e conta de facturação.
8. AVALIAÇÃO DO
SEMINÁRIO
A. OBSERVAÇÕES
GERAIS
O seminário atingiu
os quatro objectivos
preestabelecidos. O quadro lógico da metodologia
para a elaboração do PNADH foi discutido
e foi elaborado. A metodologia
para recolher informação e avaliar as necessidades
ao nível local foi discutido e aprovado
pelos participantes. O plano de trabalho
de actividades
foi aprovado pelo stakeholders
primário. Os participantes, em particular
os membros de Comité,
graças à participação activa
deles/delas, no
término do seminário estavam capacitados
para o processo.
O número notável
de participação à abertura do seminário
enfatiza o interesse no assunto pelo Governo,
a sociedade civil e organizações internacionais.
A participação da Ministra de Justiça e
de vários outros funcionários estatais para
a abertura mostrou o compromisso do Governo
para elaborar o PNADH. O Coordenador dos
sistemas das Nações Unidas
e representante Residente do PNUD,
Sr. Joseph Byll-Cataria,
participou na abertura do seminário tendo
pronunciado uma intervenção. Os representantes
do programa mundial de alimentação, Sra.
Consoles Ruedas e o Administrador dos Fundo das Nações Unidas População,
Sra. Giléna Andrade,
assistiram à abertura do seminário, mostrando
o interessado do sistema de Nações Unidas
nesta iniciativa.
A participação
dos membros do Comité
foi significada, mas alguns não puderam
assistir ao seminário. A maioria deles enviou
um substituto.
O almoço foi servido
no local e ofereceu aos participantes a
possibilidade para conhecer o consultor
internacional pessoalmente, como também
a oportunidade para conhecer um ao outro
e para continuar discussões sobre assuntos
abordados durante as sessões do seminário.
O estabelecimento de contactos pessoais
com o consultor internacional foi considerado
como um dos critérios determinantes quando
ele foi seleccionado.
Vários participantes mostraram interesse
em manter contacto com o consultor internacional
e foram trocados endereços. Além disso,
o consultor internacional ofereceu a disponibilidade
dele ao Comité
para futura cooperação e apoio durante o
processo de elaboração de Plano.
Cada sessão foi
concluída com um debate onde foram feitas
numerosas perguntas e comentários.
Os participantes mostraram compromisso e
interesse no assunto do seminário.
Os participantes
pareceram geralmente estar
satisfeitos com a organização, local
e logística do seminário.
B. O QUESTIONÁRIO
Em primeiro lugar
perguntou-se aos participantes de que modo
o seminário contribui para a metodologia
de elaboração do documento final do PNADH
Um questionário foi distribuído
aos participantes durante o segundo dia.
No momento, treze participantes entregaram
o questionário.
Foram feitas seis
perguntas aos participantes.
Cinco participantes
responderam que o seminário tinha sido útil
acima de tudo porque abriu um caminho para
elaborar o PNADH. Quatro sublinharam a relevância
da informação que receberam e dois deles
a importância de ouvir falar da experiência
de outros países. Dois participantes responderam
que o seminário forneceu a metodologia para
a elaboração do PNADH. Outros dois participantes
deram ênfase a
importância da disseminação do projecto e um aumento a consciência das actividades
a desenvolver dentro do projecto.
A segunda pergunta
investigou os participantes sobre qual a
sessão mais importante para a definição
da metodologia e por que.
A grande maioria
dos participantes, sete, preferiu a exposição
do PNADH na prática onde foram comparados
os Planos de países diferentes. Um grupo
de seis participantes preferiu o trabalho
de grupo e a sessão informando o funcionamento
dos grupos. Três participantes expressaram
uma preferência para a sessão teórica em
PNADHs. Outros sublinharam a importância
geral do seminário inteiro.
Em terceiro lugar,
os participantes expressaram a opinião deles/delas
na relevância da documentação distribuída.
Todos os participantes
acharam a documentação distribuída ao seminário
pertinente. Um participante lamentou que
não houvesse bastante tempo na analise durante
o seminário.
Na quarta pergunta
os participantes deveriam indicar quais
os tópicos que poderiam ter sido discutidos
mais em detalhe durante o seminário.
Quatro participantes
teriam gostado de discutir sobre violações
de direitos humanos em Cabo Verde. Uma pessoa
achou que a implementação do Plano foi um
tema que não foi suficientemente explicado,
outro que a disseminação do PNADH não foi
coberta satisfatoriamente. Dois participantes
preocuparam-se com o futuro do Comité e em como alocar recursos financeiros para garantir
sua existência e efectividade.
Um participante lamentou os prazos do seminário
e disse que se o seminário tivesse durado
mais tempo todos os assuntos poderiam ter
sido focalizados mais em detalhe. Seis participantes
acharam que os assuntos foram apresentados
completamente e discutidos.
Aos participantes
foi ainda perguntado se eles tiveram bastante
tempo para fazer perguntas e o se tempo
permitido para o debate foi o suficiente.
Doze participantes
acharam suficiente o tempo permitido ao
debate. Porém, três pessoas teriam gostado
de ter mais tempo para as discussões de
grupo. Uma pessoa sublinhou que o tempo
era suficiente pois
o processo está em curso e o debate continuará
depois do fim do seminário.
Pediu-se-lhes ainda que escrevessem
sugestões na elaboração do PNADH. Esta pergunta
posterior foi inserida com a intenção para
dar aos participantes a possibilidade para
trazer à atenção do Comité
alguns aspectos que não foram incluídos
nas conclusões do seminário ou que não foram
discutidos durante as várias sessões.
Os participantes
elegeram numerosos assuntos. Algumas perguntas
gerais como educação de direitos humanos
em escolas ou cobertura de mídia de direitos
humanos. Outros preocupações
a elaboração do PNADH: alguns participantes
desejaram que fossem envolvidos todos os
representantes da sociedade cabo-verdiana
no processo, outros que deveriam ser incluídos
trabalhadores ou reivindicações de sociedade
civis. Foram expressadas preocupações na selecção
do grupo de redacção
do PNADH e que direitos humanos deveriam
ser analisados no PNADH como mais importante.
Um participante sugeriu que o consultor
nacional devesse apresentar ao Comité
uma pesquisa dos documentos disponíveis
em direitos humanos e um estudo dos problemas
de direitos humanos actuais.
9. COBERTURA DOS MÍDIA
A cobertura dos mídia permite medir o índice de interesse e importância
dado a um tópico por uma sociedade. Em geral,
a cobertura dos mídia
foi satisfatória, mas houve uma cobertura
mais estendida na televisão de que na imprensa
escrita.
No dia 6 de junho,
antes do seminário começar, uma entrevista
de rádio com o ponto focal do programa Hurist
foi passado no rádio nacional (RTP.)
A Sra. Vera Duarte
e o Sr. Mesquita
foram entrevistados pelo rádio e pela televisão.
Começando no dia 6 de junho e durante três
dias sucessivos, a televisão de Cabo-verdiana
(TCV) informou sobre o seminário durante
o noticiário da noite. RTP internacional,
o canal internacional dos países que falam
portugueses, informou sobre o seminário
no dia 6 e 7 de junho.
Os Jornais informaram menos extensivamente sobre o seminário. São emitidos
jornais de Cabo-verdiana
semanalmente, dois deles ("A Semana"
e "Horizonte") são emitidos na
sexta-feira e um (o Expresso das Ilhas)
na quarta-feira. "A Semana" informou
sobre o seminário no dia 7 de junho e no
dia 14 de junho. O Expresso Das Ilhas fez
a reportagem no dia. "Horizonte"
não informou sobre o evento.