 |
 |
 |
 |
 |
 |
|
Coleção
Memória das Lutas Populares no RN
MNDH: “Contar nossa história pra ninguém
esquecer” Contar a história dos Direitos Humanos, pela vida dos militantes do MNDH conteremos a história do MNDH e dos direitos humanos no Brasil. Neste ano de 2014 em que se relembra os 50 anos do Golpe Militar, não foram poucas as manifestações para vivenciar a memória da história real no momento em que o terrorismo de estado impactou na vida pública e social, interferindo na política nacional e internacional de maneira a conduzir a nação brasileira e sul-americana a uma vala em que a vida e os direitos não possuía nenhum valor. Contar e recontar a história foi, é e tem sido fundamental para uma reeducação política de todos sobretudo da juventude, e gerações alienadas propositalmente do contato com esta verdadeira história brasileira. No entanto os Movimentos sociais que resistiram e se criaram após o período de abertura, mergulharam numa profunda busca pela reconstrução do sentido de nação e de sociedade com valores principiológicos de proteção a dignidade humana, respeito a vida e a democratização dos espaços públicos e do estado brasileiro. O MNDH foi construído sob esta ótica, e se impulsionou na ação de transformar o modelo societário brasileiro imposto pelos militares e pelos valores capitalistas e formar nova consciência e ciência em prol dos direitos humanos como elemento central da pessoa humana e cidadã, contribuindo ao longo de seus 32 anos na renovação teórica, ideológica e prática para colocar na centralidade do Estado o respeito à dignidade como cerne das políticas públicas. As disputas tem sido árdua contra os pensamentos oficialistas e conservadores da elite que ainda exerce papel dominante na política para manter a desigualdade social e exploração da miséria humana para gerar produtos em que recursos financeiros e humanos são desperdiçados na alta concentração de renda. Contudo o MNDH tem que contar a sua história a partir de seus militantes que não são poucos. Militantes que com grandes ou pequenas ações fizeram impactar na construção do pensamento a necessidade de transformar a sociedade brasileira em um modelo pautado pela justiça, igualdade e solidariedade e que resultou na prática com muitos avanços para os direitos humanos no Brasil. Desta forma, é que se coloca a necessidade de termos uma prática de contar a história de nossos militantes que suaram na pele e exalaram nas veias a luta pelos direitos humanos no Brasil registrando os passos, as ideias, as dificuldades, as alegrias e as conquistas do MNDH. Nossa proposta é construir uma rede de comunicação para resgatar e contar estas histórias que se fundem com a história do MNDH e do Brasil, iniciando com o vídeo do companheiro Dermi Azevedo, quadro político destacado do movimento nas décadas de 80 e 90. Dermi Azevedo foi um lutador contumaz contra a ditatura, que sofreu todas as perseguições possíveis, e na sua resistência ousou a capacidade de ser um dos fundadores do MNDH como respostas aos sonhos da libertação do Pais. Mas muito mais fez como militante e jornalista contribuindo eficazmente para que o MNDH chegasse até aqui com tanta história de conquistas e capital político que coloca o Movimento como ator principal na luta pelos Direitos Humanos no Brasil e uma rede respeitada no cenário internacional. Mas queremos mais, queremos contar histórias de militantes conhecidos e os não tão conhecidos, mas cuja prática para a rede MNDH tenha sido fundamental no fortalecimento da base da nossa teia e que sustentam os avanços conquistados e impulsionando para que mais direitos sejam garantidos e protegidos que impactem nas políticas públicas com a garantia da vida, o respeito a dignidade e a democratização do estado brasileiro. Rildo
Marques de Oliveira |
|
